Page 49 - Telebrasil - Maio/Junho 1989

A PHT — Sistemas Eletrônicos S.A.,
uma empresa do grupo Promon, testou e
demonstrou publicamente, no Inpe, em
Sâo José dos Campos (SP), um sistema
de quatro nós Compac destinado a ser­
vir de rede privada de comunicação de
dados a longa distância, por tecnologia
de pacotes. Uma vez instalada, a rede
dará suporte a Missão Espacial Comple­
ta Brasileira (MECB) que visa colocar
em órbita, entre 1989 e 1993, dois satéli­
tes para a coleta de dados am bientais —
levantados por postos meteorológicos,
em terra — e dois satélites para o sen-
soriamento remoto do territó rio n a ­
cional.
“O contrato, turn-key, para forneci­
mento de quatro nós Compac, no valor
de 950 mil dólares (contados os aditivos
contratuais), foi adjudicado pelo Inpe à
PHT, em agosto de 87", informou Sebas­
tião Esteves Alpha, diretor de O pera­
ções e Mercado da PHT, acrescentando
que “o primeiro nó foi entregue ao Inpe
em abril de 88 e os demais em dezembro.
Todos rigorosamente dentro do crono-
grama previsto".
Márcio Barbou* (2:nu trente, E Dl, Pin tor
Geral do Inpe, no Indo de St'bnstino. \ Iphn, di
retordu PHTe demais convidados
Os nós da rede Compac para a MEC 7í
ficarão instalados: no centro de controle
do Inpe, em São José dos ( ’ampos (SP);
no centro de missão, em ( -achoeira Pau­
lista (SP); na estação terrena de coleta
dc dados, em Cuiabá (MT); e na base de
lançamento do foguetes, em A lcântara
(MA). De acordo com Maurício Noguei­
ra Barbosa, diretor-geral do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)
- entidade que tem a seu cargo o desen­
volvimento de satélites artificiais
rede Compac terá duas aplicações es­
senciais.
Uma das aplicações da Compac, na
MECB, será a troca de informações en­
tre Alcântara, Cachoeira Paulista, Cui­
abá e São José dos Campos quando do
lançamento dos satélites brasileiros.
Outra aplicação será passar, ao centro
de São José dos Campos, dados recolhi­
dos pelos satélites e captados pelos esta­
ções de Cuiabá e Alcântara. Com pare­
ceram â demonstração da Compac, no
dia 15 de maio, no Inpe: Fernando V.
"com base na participação do colaborador
C fi Ijütiüí r fotografias dc ('ciso L de Faria (Inpe).
f a i A h r r r c i l M o , / I n n
Souza, Romualdo M. de Barros, Paulo brasileiro, descendente da tecnologia
Xavier F.°, José Roberto Leite, Bruno S. inicial francesa (da Sesa), emprega
Vianna, Hélio M. Graciosa, Artur Pei­ ehips microprocessadores 8086/88 e cir­
xoto, todos pelo CPqD, da Telebrás; cuitos lógicos TTL, LS, DMA e PAL. A
Márcio S. Faria, George Fukui, Jelsias linguagem de programação do Compac
M. Barros, Iza Finoti, José Simões Ma­ é o Modula 2 e o equipamento aceita
chado, pela Telesp; Luiz Berardo, pela configuração mínima de 32 portas (3 es­
E m bratel; Sebastião Alpha, Roberto tações) e máxima de 1.200 portas (41 es­
Caldeira, Guilherme Nunes, Jorge Si- tações). A rede Compac opera com paco­
meão, Carlos Hiromoto, Sérgio Bonfá, tes de 256 bytes de informação e pode
Paulo Nascimento, Fernando Loureiro, ser ligada à rede publica de pacotes,
pela PHT, além de jornalistas e do pes­ Renpac, que é operada pela Embratel.
soal do Inpe, com o diretor-geral Maurí­ Para isto, o sistema Compac emprega
cio Barbosa, à frente. enlaces de 64 kbit s ou de 9.600 bit/s,
acessando a porta síncrona X.25, da
Com pac Renpac.
O Sistema Compac — de comutação
de pacotes — é um desenvolvimento do
CPqD, da Telebrás, que contou com a
participação da PHT, na sua segunda
fase de implementação. Além da PHT,
Icatel, Splice e SI D participam do mer­
cado Compac, com tecnologia do CPqD.
Tecnicam ente, a arquitetura Compac
compreende nós de comutação de paco­
tes (PSN), concentrador multiprotocol©
(CMC1) e cen tro de controle de rede
(NCUi. O PSN se comunica com outros
elem entos da rede, coleta dados para
tarifaçáo, e opera com circuitos virtuais.
\<> centro, Fernando Vieira de Souza, Supe­
( ) CM (1 permite acosso á rede Compac, rintendente do CPqD da Telebrás, no salão
via telex, via protocolos X 28, X.25<* via de controle de satélites no Inpe.
rede telefônica O N('( * fornece os recur­
sos computacionais do supervisão e con­
trole de um conjunto de PSN» e CMCs,
A PHT — Sistemas Eletrônicos ini­
via enlace X.25 com até 19,2 kbit/s. O ciou suas atividades em 79, sendo con-
N( ( ' emprega um minicomputador con­ t ratada pela Telebrás para participar do
figurado com I Mbyte de memória, disco desenvolvimento do projeto Trópico, a
ríg id o de 96 M bytes, e o u tro s peri- cargo do CPqD. Atua a PHT nas áreas
féricoft de comutação digital, comunicação de
( ) sistema ( ompac, que e um produto dados, sistemas de supervisão e de con­
trole e automação. Na área de comuta­
ção digital a PHT produz centrais CP As
da família Trópico, em capacidades até
20 mil terminais. Em comunicação de
dados os principais produtos da empresa
são: o CD-2400 (concentrador TDM
switching), o Cetex (central telex até 8
mil linhas), o Transdata (comunicação
ponto-a-ponto) e, natural mente, o sis­
tema Compac.
A PHT oferece ainda como produtos o
Sitasu, sistema digital de supervisão e
controle de centrais telefônicas, que faz
o upgrade de centrais eletromecânicas
do ponto de vista de operação e manu­
a tenção. O Salcom é um sistema digital
para supervisão e controle de redes de
transmissão, operando em diversos ní­
veis hierárquicos. O Sisu-RD é dirigido
para a área de energia elétrica e para
acionar telecomandos. A diversificação
mercadológica de produtos da PHT é
completada com o Automic II, um sis­
tema digital para controle de processos,
empregando micros da linha IBM PC-
XT AT interligados a registradores se­
quenciais de eventos e a controladores
lógicos programáveis. Com o sucesso do
Compac, a direção da PHT consolida
Compac mais um produto para competir no cres­
cente mercado de comunicação de da­
dos. (JCF) v
/ « O