Page 52 - Telebrasil - Maio/Junho 1989

T e l e b r á s j á i n i c i o u
t e s t e s c o m T P s
A partir de maio, a Telebrás iniciou
os testes com os novos telefones públicos
a cartão que dentro de um ano começam
a substituir os tradicionais telefones pú­
blicos que funcionam com fichas de me­
tal. A nova modalidade, de início, será
im plantada em Brasília, Rio e Salvador.
Depois de a n a lisa r os sistem as de
telefone público a cartão, utilizados por
vários países do mundo, a Telebrás sele­
cionou duas em presas que oferecem
soluções mais simples e de menor custo,
além de melhor adequadas às condições
específicas do Brasil.
O em pate técnico entre estas duas
em presas — a GNT, da Dinamarca e a
GPT, da In g laterra — será resolvido
num prazo de seis meses após o início
dos testes de campo que a Telebrás fará
em duas fases. A prim eira fase de ex­
periência realizou-se de 1 a 15 de maio
quando foi realizado o treinam ento de
operadores e atendentes na Telebra-
sília, Telerj e Telebahia, as três empre­
sas que receberam e estão instalando,
respectivamente, 18 aparelhos em Bra­
sília, 18 no Rio e quatro em Salvador.
A segunda fase, que também se ini­
ciou em maio, deverá durar seis meses e
envolverá a participação direta da po­
pulação. N esta fase, a T eleb rás irá
avaliar as vantagens, desvantagens e o
desempenho dos equipamentos de cada
uma das três empresas, um a vez que os
aparelhos nas três capitais, metade são
de tecnologia dinam arquesa e a outra
metade de tecnologia inglesa.
T ran sferên cia
Uma vez decidida qual a tecnologia
mais apropriada para as condições espe­
cíficas do Brasil, a Telebrás fará com a
GNT, ou GPT, um contrato de tra n s­
ferência de tecnologia que, posterior­
Bancos aprovam US$ 1 bi
para o Sistema Telebrás
O p re sid e n te da T eleb rás, A lm ir
Vieira Dias, confirmou, em Belo Hori­
zonte, MG, o oferecimento, por parte de
um pool de bancos estrangeiros, de um
em préstim o de US$ 1 bilhão, que de­
pende, agora, da aprovação do Banco
C en tral e da S ecretaria de P la n e ja ­
mento, para ser efetuado. Adiantou que
a iniciativa reflete a confiança na capa­
cidade de absorção do sistem a. Os pri­
m eiros co n tato s com os b an q u eiro s
foram feitos em abril último, logo após a
publicação do balanço de 1988.
Na opinião de Vieira Dias, a dívida
C P q D
a c a r t ã o
m ente, será repassada às em presas n a­
cionais interessadas na fabricação, no
Brasil, dos novos telefones públicos.
As fichas telefônicas, portanto, estão
com seus dias contados. Antes da virada
do século, ou nos próximos 11 anos, toda
planta instalada de telefones públicos
no País — em torno de 500 mil — estará
funcionando com cartões m agnéticos
descartáveis. Assim como ocorre hoje
com as fichas telefônicas, os usuários
poderão adquirir seus cartões com 5, 10,
100 ou 500 créditos, ou seja, o e q u i­
valente ao mesmo numero de fichas.
Para o usuário, a utilização do cartão
m agnético descartável significa como­
didade comprovada em várias partes do
m undo que já utilizam este sistem a,
além da possibilidade de usar o telefone
publico a qualquer momento para liga­
ções locais.
Telefone Público a cartão magnético.
do sistem a é irrisória, com parada à sua
potencialidade, acrescentando que, em
1977, ela era de US$ 2,39 bilhões para
um a planta de pouco m ais de três m i­
lhões de term in ais instalados e, hoje,
para um a planta de mais de oito milhões
de term inais, a dívida é de US$ 1 bilhão,
o que significa que, p ara um a p lan ta
120% m aior, a dívida é 60% m enor. O
balanço do Sistem a Telebrás, divulgado
em ab ril, ap resen ta um crescim ento
real de 120,5% em comparação ao ano
anterior.
i n a u g u r a C a d
O CPqD, da Telebrás, passou a con­
ta r com um a im portante ferramenta
para au x iliar seus projetistas no desen­
volvim ento de peças e equipamentos
mecânicos. T rata-se do Cad Mecânico,
um sistem a autom atizado que conta
com um a série de facilidades para redu­
zir o tem po dos projetos e melhorara
qualidade dos produtos.
Com este novo recurso, os projetistas
poderão m odelar, detalhar e documen­
ta r p e ç a s e eq u ip am en to s, além de
an alisar interferências e tensões mecâ­
nicas através de um terminal de compu­
tador, elim inando grande parte dos cál­
culos m anuais e trabalho de prancheta.
O Cad M ecânico modela as peças em
três dim ensões, permitindo uma visua­
lização bastante completa de cada peça
iso la d a m e n te e a montagem das di­
ferentes partes do equipamento final.
O ( )ad Mecânico vai operar integrado
ao Cad Eletrônico, sistema que projeta
placas de circuito impresso com o au­
xílio de computador. Com os dois juntos
poderá ser feita, por exemplo, a simula­
ção da m ontagem final dos componentes
físicos das placas.
A im plem entação do Cad Mecânico
representou um investimento de USS
276 mil. O sistem a é composto por qua­
tro estações de trabalho Digital (uma
VS 3500 e três VS 2000) ligadas â rede
de com putadores do CPqD. O softwareé
o E uclid-ls. Conforme a demandados
projetos, o núm ero de estações poderá
ser expandido.
Bureaufax vem
complementar
comunicações
P ara fom entar o futuro Serviço Télé­
copias (tipo bureaufax, utilizando-se de
m áquinas de fac-símile) de uso público,
a T elebrás está realizando uma ampla
experiência piloto a nível nacional. Par­
ticipam dos trabalhos a Telesp, Telepar.
Telem ig, Telebrasília, Telerj e Cetel. Os
resultados das pesquisas de mercado es­
tim u laram a curto prazo novas provi­
dências. Inicialm ente o uso interno, ori­
ginando a recente implantação do Ser­
viço Telefax para as comunicações entre
órgãos da m esm a empresa ou entre esta
e as dem ais participantes da experiên­
cia que deverá se alongar até o final do
ano. Ao todo são 91 máquinas do Grupo
III, linhas Itautec e Milmar, as duas de­
tentoras do mercado. A Telesp já conta
com o serviço em Cam pinas, Bauru.
Santos, S. J. do Rio Preto e na capital,
região Leste, Oeste e Paraíso (sede).