Page 46 - Telebrasil - Maio/Junho 1989
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P a d r o n i z a ç ã o : O s g r a n d e s s e m o v i m e n t a m
O presidente da Digital do Brasil, DEC do Unix) e MS-DOS. feito por um a diversidade de meios,
Koenraad Visser, disse que a em A DEC chegou há 15 anos no Brasil como correio, telefone, máquinas e pes
presa adota, desde há muito, arquite com o PDP-11, que é uma máquina ori soas. A moderna empresa se vale cada
tura aberta e interfaces padronizadas entada para processamento científico, e vez mais da Manufatura Integrada por
para seus produtos que podem, virtual depois transferiu tecnologia de sua ar Computador {CIM) que integra funções
mente, se interligar a computadores de quitetura VAX/VMS que resultou na li de engenharia, planejamento, controle
ualquer outro fabricante. Enfatizou nha MX da Elebra, com uma base ins financeiro, produção, marketing, alrno-
ÿ isser a necessidade de padronizar soft talada de cerca de 200 m áquinas. A xarifado e possui interfaces com o CIM
ware para que o usuário, ao combinar DEC entrou, junto à SEI, com pedido de de outras empresas, sob forma de clien
computadores e programas de diversas fabricação, no Brasil, de computadores tes e fornecedores.
procedências, tenha a garantia de fun de m aior porte, que se aprovado virá
cionamento harmônico do conjunto. acrescer ao parque existente, que já in
clui a IBM e a Unysis.
DEC Demonstrando senso de humor e res
saltando a comunicabilidade do equipa
O ponto que o presidente da Digital mento DEC, Visser afirma que “a me
— uma empresa de 150 mil empregados lhor maneira para interligar dois com
no mundo e a maior concorrente da IBM putadores de concorrentes é certamente
— levantou, traduz a pressão que gran através de um Vax da Digital”.
des usuários de teleinformática e com Faye Allen, gerente de redes e comu
putação, como bancos ou o D eparta nicação da Digital, analisou as diversas
mento de Defesa norte-americano, exer m aneiras da interligação da arquite
cem sobre a indústria ao lutarem pelo tu ra proprietária DNA (Digital N et
direito de comprar bens e serviços de in Work Architecture) — que data de 1975
formática, sem ficarem atrelados à pa e hoje está partindo para a fase V com
dronização de determinado fornecedor. a arquitetura ISA. “O ideal da interco-
nexão ISA é que todos os fabricantes de
computadores (Digital, Honeywell, IIP,
IBM, ICL, Sun, Wang) tenham arquite
turas de sete níveis, todos eles compatí
veis”, form ulou a especialista lem
brando, porém, que os fabricantes já
possuem suas próprias arquiteturas.
Existem, então, várias soluções para
interconectar sistemas ISA, com náo-
ISA (arquiteturas proprietárias), ci
tando ela: colunas de níveis duplos;
colunas híbridas, interligadas por gate- Fred Sztajnkycer, da ISO/1ECA, JTC-1 eda
way; protocolos m ultirrotas; portas Lore Informatique.
multiprotocolos; interfaces em progra
mas aplicativos; repetidores, ao nível de
transporte. Faye Allen defendeu como Explicou o palestrante que a IBM
solução mais viável o uso da pilha du iniciou o esforço EDI, em 84, passando a
pla, em que cada nível é constituído de dar suporte, desde 86, aos padrões Ansi
im plem entação ISA e náo-ISA e que X.12 (EUA), Edifact (Europa) e TDCC
permitem chegar a informação neces (para comunicação nos EUA). Ele prevê
sária ao usuário, qualquer que seja a re que o esforço EDI deverá envolver, só na
de empregada. Ela distinguiu o conceito IBM, m ais de 2 mil fornecedores, no
de gateway (onde ocorre mudança do mundo, e trará uma economia de 60 mi
formato dos dados) do de portais (que lhões de dólares. A EDI empregará sis
mantêm inalterado o formato dos dados, tema de código de barras, para identifi
criando um envelope lógico, externo, cação de mercadorias; TEF (Transferên
Koenrad Visser, presidente da Digital do para encapsulá-los). cia Eletrônica de Fundos) para transa
Brasil. — A fase V da arquitetura DECnet ções on-line entre bancos, fornecedores
suportará a arquitetura ISA. A interli e usuários; rede fax para troca de docu
gação entre computadores está cres mentos; e Correio Eletrônico para cor
Em maio de 88, sete grandes fabri cendo m undialm ente. Em 1975 exis respondência, de formato livre. 0 con
cantes de computadores (inclusive a Di tiam apenas 32 nós DECNet/ISA, agora junto forma uma rede interligando uni
gital) criaram , nos Estados Unidos, a são mais de 1 milhão de nós, em funcio dades tais como fábricas, escritórios
Open Software Foundation (OSF), com namento. O objetivo ISA e o da DEC é centrais, centros de transporte e almo-
um dote inicial de 90 milhões de dólares, estabelecer uma rede heterogênea, com xarifados, depósitos, revendedores, ban
para desenvolver um ambiente integra interoperabilidade — conclui a con cos e vendedores a varejo.
do para a programação de máquinas. O ferencista. — No entanto, o mundo real dos ne
am biente da OSF incluirá programas gócios é heterogêneo, com diversos tipos
aplicativos com interfaces padroniza de documentos, equipamentos e proce
das, extensões entre sistemas e novo sis IBM dimentos, daí ser necessário padronizar
tema operacional com base no X/Open e os elementos das mensagens eletrônicas
Posix (padrão quase-Unix), que especi Roberto Howell da IBM é adminis a serem compatíveis em Caixas Postais
fica como programas devem ser escritos trador do programa de Intercâmbio Ele Eletrônicas e o Padrão X.400 de Correio
para serem executados, em máquinas trônico de Dados {EDI), que é uma filo Eletrônico — esclareceu o especialista
de diversos fabricantes. Exemplo da sofia global do emprego de computador e da IBM, que a seguir citou os diversos
nova filosofia OSF é o DEC Windows — de TCs para aum entar a produtividade organismos internacionais que tratam
uma interface gráfica e de programação das empresas que participam da econo da padronização EDI, como a Edifact
entre ambientes VMS, Ultrix (versão mia mundial, integrando o que hoje é (Electronic Data Interchange for Admi-