Page 26 - Telebrasil - Julho/Agosto 1989

r á d i o , t v & v í d e o
G u e r r a
e m
Relatório produzido, recentemente, pela
Motion P ictures Export Association of
América (espécie de sindicato que reúne as
grandes distribuidoras de filmes dos EUA)
afirma que, na América Latina, em matéria
de “pirataria” de fitas de videocassete pré-
gravadas, o Brasil situa-se em terceiro lugar,
com a “respeitável” cifra de 70%, sendo su­
perado apenas pela Colômbia (80%) e o Pa­
namá, que atinge o índice alarmante de 90%.
Quanto ao contrabando de videocassetes
e de câmeras, a revista Video News (N? 83/
1989), de São Paulo, informa que, em relação
a 1987, a venda ilegal desses equipamentos,
no País, caiu de 70% para 55%, no final de 88.
Segundo a publicação, “não há dados preci­
sos, mas estima-se que, no ano passado, te­
nham sido vendidos, no Brasil, cerca de 600
mil aparelhos, sendo 270 mil nacionais e 330
mil importados”.
Contudo, não são apenas as fitas “pira­
tas” e o contrabando de equipamentos de ví­
deo oue preocupam o mercado legal de produ­
tos eletrônicos. As falsificações de disquetes
para computadores e de fitas virgens para ví­
deo estão proliferando em diversas regiões do
País. A Verbatim, por exemplo, vem se posi­
cionando abertamente contra a entrada de
disquetes falsificados trazidos do Paraguai.
A iniciativa de descobrir falsários é da pró­
pria empresa, que recentemente contratou
uma firma de investigação para apurar a ir­
regularidade. O caso terminou com a prisão
dos responsáveis, indiciados por fraude e es­
telionato.
Agora, a Verbatim entrou com represen­
tação junto às Delegacias da Receita Federal
de São Paulo, Santos, Rio de Janeiro, Ponta
Porá, Paranaguá, Foz do Iguaçu e Recife —
cidades onde a incidência de contrabando é
maior — pedindo fiscalização mais eficiente
no sentido de coibir a entrada de disquetes
falsificados.
As fitas virgens VHS T-120, em algumas
lojas de Pte. Stroessner, no Paraguai, das
marcas TDK, RCA, Sony, JVC, e outras,
também são falsificadas. Somente quando
\ferbatim ,
?S 2 D-UO S4 & 0 » I mãozinho fosse levado
DataLife-
D a t a L i f e
Disquete de computador e Cita
de videocassete da Verbatim,
fabricados na Zona Franca de Manaus.
c o n t r a f a l s á r i o s
d e f e s a d a q u a l i d a d e
abre a embalagem é que o comprador verifica
que foi lesado. Logicamente, os preços são
mais baratos do oue o cobrado por uma fita
legítima importada. As melhores fitas são as
HQ (High Quality) e HG (High Grade), ou
SHG (Super High Grade) como as da RCA e
da Fuji, estas duas últimas fitas regravam
mais de 100 vezes sem qualquer problema,
mas seus preços são bem mais altos.
Dicas
Uma fita de vídeo de boa qualidade (seja
VHS ou Beta) é recoberta com maior número
de partículas de óxido de ferro ou dióxido de
cromo e pode resistir de 10 a 15 regravaçôes.
A fita de má qualidade talvez resista a 1 ou 5
regravaçôes, no máximo. Ainda não mvisi­
taram um jeito de fixar definitivamente as
part ículas metálicas em seu suporte, que é a
própria fita de plástico. O atrito com as cabe­
ças magnéticas desprende várias purtículas,
a cada vez que a fita corre no videocassete,
(-oin o decorrer do tempo, os cabeçotes ficam
sujos ao ponto de provocar os chamados drop-
o u t s (pontos brancos e d isto rçõ es na
imagem).
A única maneira de se verificar a falsifi­
cação é comprar apenas uma fita. Retira-se o
cartucho da embalagem. A fita legítima
acompanha o auto-adesivo do fabricante, a
falsificada não. Na parte de cima do cartu­
cho, na TDK, por exemplo, tem o logotipo do
fabricante seguido de letras prateadas “TDK
Avelyn High Standard HS”, ou HQ, se for o
caso. Na legítima JVC vem escrito em letras
brancas foscas no lado esquerdo (em cima) do
cartucho plástico: “JVC Dynarec HR”.
As fitas VHS-120 falsificadas apenas ins­
truem o usuário a colocá-las corretamente no
videocassete e, geralm ente, têm menor
tempo de duração (cerca de 01 h45min). As le-
ítimas possuem duas horas. A fita legítima
a Sony traz a sua marca e código junto do
dispositivo anti-apagamento. Até as embala­
gens de papelão são falsificadas no Paraguai,
mas só os experts terão “olho clínico” de cons­
tatar.
VideoLife
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M i n i d is c o
I r\
s mo de televisores. A vendedora é a empresa
J. de Paiva
C U R T A S
• Mais uma fita de fan­
tásticas aventuras é
lançada pela Globo Ví­
deo: “O Guerreiro de
Aço* (foto), que conta a
história de Halgor, um
guerreiro itinerante, fi­
sicamente indestrutí­
vel, mas espiritual­
m ente atormentado
pelas visões de seu ir­
mão gêmeo, que, ainda
criança, foi enviado
para outra dimensáo
por Phedra, uma feiticeira diabólica que as­
sume diferentes formas para conseguir uma
estratégia de espalhar o caos para depois do­
minar. 1987. 88 minutos. Hi-Fi Stereo. le­
gendado.
• A CCE lançou, há alguns meses, trés novos
televisores: os modelos HPS-1415, 1430Re
2015. ( )h pontos fortes desses receptores sáoa
alta definição de imagem eoseletordecanais
que reúne VHF e UIIF, conjuntamente.
• Já está no ar, em Sáo Paulo, a primeira
TV A. Trata-se do Canal -< TV 29, que se de­
dica ao esporte em geral, retransmitindo a
programação da ESPN - a rede americana
qtn* se especializou só em esportes. O Capai
+ abriu caminho para novos canais por assi­
natura em UHF. Outra emissora de SP. a TV
Alpha, Canal 50-UHF, anuncia seu lança­
mento para outubro próximo. Segundo seu
diretor Lauro Fontoura, ainda náo existe
uma programação definida.
• “Labirinto, a Magia
do Tempo” (foto), distri­
buída pela Mundial Fil­
mes, é uma fita do gé­
nero infanto-juvenil,
que também pode agra­
dar aos adultos que gos­
tam de fantasia e mis­
tério. De acordo com a
sinopsis, “Sarah tinha
acabado de fazer um
terrível desejo: ela que­
ria que seu pequeno ir-
por duendes e sua vontade se tornou real. Um
mundo onde todos os tipos de truques e de en­
cantadoras criaturas travessas desaparecem
por todos os cantos”. Duração: 120 minutos.
Dublado em português. Hi-Fi Stereo.
T i
• A colunista Consuelo Badra, do “Jornal de
T i B rasília” (13/06/89), publicou que o jor­
nalista Antonio Martins, presidente da Ra-
diobrás, prometeu e cumpriu: os funcionários
do órgão tiveram seu plano de cargos e salá­
*
rios, e foram reclassificados. Segundo ela. "a
Radiobrás foi a única empresa do Governo a
obedecer as ordens de enxugamento de sua
T i máquina administrativa, além de negociar
emissoras deficitárias e vender terrenos inú­
T i T teis”.
T i V • O presidente da Gradiente, Eugemo Staub,
1 « assinou a compra da Telefunken brasileira
após longas negociações entre as duas em­
presas. A Gradiente entra, finalmente, no ra­
alemã AEG, que desde 1982 vem se desfa­
zendo das fábricas da Telefunken em todo o
mundo.