Page 10 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1989
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capacidade maior. No entanto, a demanda tante grande em baixa velocidade. Em alta 1988. Estamos batendo recordes de implan
está sendo trabalhada também nas estações velocidade estamos também com várias re tação no Transdata, colocando equipamentos
terrenas. Estamos passando a usar técnica des sendo implantadas: a da IBM está sendo na Renpac e no sistema de alta velocidade,
digital nas estações de telefonia, em vez de complementada, assim como a de vários via satélite, e tudo o que falamos sobre o uso
analógica, o que possibilita a utilização mais usuários de grande porte, por exemplo, Ger- do satélite para dados em baixa velocidade*
otimizada do satélite, por causa do maior dau e Banco do Brasil. também está acontecendo. Então, tais colo
aproveitamento da faixa. cações são de pessoas que não estão querendo
TB — Os usuários de uso exclusivo traba ver a realidade das coisas.
TB — Quais são os planos prioritários na lham apenas na faixa de baixa velocidade?
Embratel, para 1989? Guisard — Sim, apesar de já estarem em TB — Qual será o orçamento desse ano, na
Guisard — Em telefonia, é o de concluir os contato com a gente para também adquirir Embratel?
projetos em andamento, referentes à expan algumas centrais em alta velocidade. Nesse Guisard — Ainda está em negociação com a
são do entroncamento nacional, da Rede Na campo da alta velocidade já contamos com 10 Telebrás.
cional de Telefonia. Na rede telex, nosso tra ou 12 usuários, e acho que o grupo ABC já se
balho estará voltado para o atendimento da inclui entre eles. Esperamos liberar o má TB — E como serão distribuídos os investi
demanda reprimida, e queremos ver se conti ximo possível todas essas estações neste ano mentos?
nuamos batendo recordes de instalações de de 89. Em relação ao Transdata teremos ba Guisard — Todas as áreas são como filhos.
equipamentos. Também aguardamos a en sicamente a tarefa de tratar dos contratos Você não pode dar prioridade a um ou a ou
trada em operação da Cetex, o equipamento com empresas-pólo. Cremos numa transição tro. O rateio será feito de acordo com as ne
nacional. São nove centrais, em fase de con bastante harmoniosa, planejada, discutida. cessidades.
tratação. Esperamos ativar mais de 17 mil Quanto à Renpac, para 1989, teremos as ex
terminais em 1989. Na parte de dados nosso pansões da Sesa francesa que estão che TB — As tarifas, o Sr. as considera de
trabalho envolve todas as áreas. Via satélite gando, e do Compac, os dois visando utender acordo?
estamos agora com novos usuários de dados à demanda da rede. Guisard — As tarifas, em 1988, acompa
em baixa velocidade. Já assinamos contrato nharam u inflação em todos os setores. A
com o Bradesco para acerto de sua rede priva TB — O Sr. concorda com o ponto de vista de única coisa que precisamos a nível tarifárioé
tiva, de acordo com a categoria de usuários que a descentralização dos serviços de dados, manter o acompanhamento da inflação. Cor
exclusivos, e já temos mais dois usuários da junto ás concessionárias, poderia significar reções tarifárias que deveriam ser feitas, no
família dos bancos, dentro dessa mesma cate uma redução da influência da Embratel? meu entender, já o foram.
goria, mas prefiro não citar quem são, apenas Guisard — Acho que este é argumento de
que estamos em adiantado estado de negocia quem está querendo destruir u Embratel. A TB — Mesmo na telefonia?
ções. empresa tem uma tarefa imensa a ser feita, Guisurd — Mesmo nu telefonia. Talvez, não
muito trabalho pela frente, recursos huma em ulguns setores, mus aí não abrange dire
TB — Eos usuários da categoria de uso com nos, enfim condições para realizar tal tarefa. tamente u Embratel, e sim as empresas-pólo,
partilhado? Naturalmente que, vista dentro de um con com atuações locuis.
Guisard — O edital de licitações já está na texto "Brasil", ela possui os seus problemas.
rua para a compra do equipamento que virá No entanto, não podemos dar ouvidos a pes TB — Qual o im pacto que o üecreto
atender ao uso compartilhado, criado para soas que queiram colocar clima de desânimo n." 97.057 (regulamenta o Código Brasileiro
suprir as necessidades do usuário de menor dentro da empresa. Gostaria que se deixasse de TCs) pode trazer pura a Embratel?
porte, que não têm condições, por tamanho, de falar de coisus subjetivas e se olhasse, ob Guisard — Essa é uma matéria que ainda
de obter uma máquina isolada. Essas duas jetivamente, para o que está sendo realizado. está sendo devidamente analisada. »
categorias significarão um trabalho bas Nunca investimos tanto quanto no ano de
A c o r d o e s t i m u l a s e t o r d e T C s , n o R i o
• Maria Aríete Gonçalves (Tclerj)
“Aprimorar o setor de telecomunica Janeiro, nos setores de eletrônica e de talou em nosso Estado”. E completou:
ções no Estado do Rio de Janeiro”. Com telecomunicações. “Nós sabemos que “Essa iniciativa, que vincula a Agência
esse objetivo, o ministro das Comunica ela existe. Queremos, realmente, que o de Desenvolvimento Econômico à ini
ções, Antônio Carlos Magalhães, e o go Rio não perca a sua condição de cidade ciativa privada e ao Minicom, firma a
vernador Moreira Franco assinaram, no cultural, mas que também seja visto mobilização em torno do projeto de am
Palácio G uanabara, um protocolo de como uma sustentação industrial indis pliação industrial na área de telecomu
cooperação técnica, que dará origem ao pensável ao País. Um pólo industrial nicações, fazendo com que o Centro de
desenvolvimento de pesquisas e estudos su sten tará, tam bém , o grande pólo Pesquisas da Telebrás possa ter aqui ra
relacionados à produção de materiais e turístico e político que o Rio representa mificações nas nossas universidades.
equipamentos de telecomunicações. — disse o ministro. Hoje, demos um passo importante para
Após a assinatura, o ministro Anto- O governador Moreira Franco agra que possamos im plantar o pólo de tele
nio Carlos Magalhães fez um breve dis deceu a “mais essa manifestação de con comunicações”.
curso, destacando que o protocolo busca fiança à produção científica e tecnoló O protocolo de Cooperação Técnica
encontrar a vocação industrial do Rio de gica que, ao longo de décadas, se ins- entre o Grupo Executivo Interminis-
terial de Componentes e Materiais (Gei-
com) e a AD-Rio, com interveniência do
Governo do Estado e do Ministério das
Comunicações, foi assinado também
pelo secretário-geral do Minicom, Rô-
mulo Villar Furtado, o secretário Esta
dual da Indústria e Comércio, Rodrigo
Paulo de Pádua Lopes, o secretário exe
cutivo do Geicom, Salomão Wajnberg e
o secretário-geral da AD-Rio, Paulo
Fernando Brame. Estiveram presente à
cerimônia, os presidentes da Telebrás,
Almir Vieira Dias; da Telerj, Joost van
Damme; e da Em bratel, José Eugênio
Guisard Ferraz, além de diversas au
toridades do Estado e empresários dos
E/D: Rómulo V. Furtado, Antonio Carlos Magalhães, Moreira Franco e Rodrigo Paulo de Pá setores de eletrônica e telecomunica
dua Lopes, após a assinatura do protocolo de cooperação técnica. ções. v