Page 8 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1988

"Poucos países no mundo exigem, externos, quando estes representam ano, quando será criado o segundo nó in­

como o Brasil, a permanente moderni­ maior produtividade e eficiência. As­ ternacional RNTx. Um ano depois, mais

zação de seus sistemas de comunicações, sim, no que tange a pesquisa e desenvol­ uma unidade será ativada para substi­

por ser imperativo atingir, como eficiên­ vimento defendemos a troca de experi­ tu ir a atu al central internacional de

cia, o duplo objetivo de integrar a vasti­ ências com os países de vanguarda, para telex no Rio de Janeiro, operando ainda

dão territorial e assegurar a dissemina­ que não fiquemos à margem das mais com tecnologia inportada e obsoleta.

ção do processo”. A afirmação é do Mi­ recentes conquistas do progresso”.

nistro das Comunicações, Antonio Car­ Ainda com o objetivo de agilizar as H Rede Digital

los Magalhães, por ocasião da palestra comunicações nos grandes centros urba­

aos alunos da Escola de Comando e Es­ nos, o Minicom prevê implantar, a par­ Em 1986 foram estabelecidas as dire­

tado Maior do Exército, no Rio de Janei­ tir do 2.° semestre de 1989, a telefonia trizes p ara a introdução da RDSI no

ro, quando fez uma exposição sobre a móvel. Tal decisão, além de criar novas Brasil, a partir de 1990. Graças a ação

atuação do Minicom e o desenvolvi­ perspectivas para a indústria, proverá a conjugada do CPqD e da indústria de

mento do setor. geração de empregos, e as receitas adi­ equipam entos, já se fabricam no País

Ao falar sobre o congestionamento do cionais, geradas na exploração de um vários produtos dedicados à digitaliza­

serviço telefônico do País, o Ministro serviço voltado para a camadas sociais ção. A meta prevista é de o Brasil atin­

das Comunicações explicou que ele é de maior poder aquisitivo, perm itirão gir o ano 2000 com 67% da rede já digi­

fruto da drástica redução de investi­ repassar mais recursos para programas talizada.

mentos no setor, verificada principal­ de cunho social. A partir de 1990, a Telebrás irá reali­

mente entre 1977 e 1985, ano em que as­ zar experiências-piloto de RDSI, empre­

sumiu a pasta e adotou como prioridade, gando centrais CPA-T. A experiência se

para a sua gestão, a alocação de recur­ estenderá, na primeira fase, ao Distrito

sos. Disse que, a partir de dezembro pró­ Federal e às cidades de São Paulo, Rio

ximo, os usuários começarão a sentir os de Janeiro e Belo Horizonte. A digitali­

reflexos das medidas adotadas pelo go­ zação, além de introduzir nas futuras

verno Sarney, considerando que a ma­ redes um a nova série de serviços, impli­

turação normal de um projeto de teleco­ cará em substancial melhoria da quali­

municações consome, ern média, 30 me­ dade já existente.

ses. Lembrou que o governo vem im­ A partir do próximo ano, os usuários

plantando um arrojado programa de 1 de telefone passarão a contar com uma

milhão de novos telefones por ano para série de serviços suplementares aos já

reverter a tendência decrescente que se existentes. São as centrais de comuta­

verificava desde 1978. ção telefônica Trópica RA, desenvolvi­

Antonio Carlos Magalhães - ao falar das no CPqD/Telebrás, com tecnologia

sobre o setor de radiodifusão disse que in teiram en te nacional, e capacidade

com a eliminação da censura prévia para 20 mil term inais. O Trópico RA, da

para diversões públicas (haverá apenas mesma família do Trópico R, oferecerá

o desaconselhamento por faixa etária), m últiplas facilidades, tanto às empre­

como consta do texto Constitucional, sas operadoras (com a melhora na quali­

cresce a responsabilidade dos concessio­ dade dos serviços) quanto aos assinan­

nários de radiodifusão na formulação de tes. Trata-se do início da digitalização

suas programações, diante da reconhe­ da rede.

cida e indiscutível capacidade - espe­

cialmente da televisão de influir sobre

hábitos, comportamentos e costumes da Fibras ópticas

população.
Por outro lado, com o objetivo de

atender à crescente demanda de linhas
Desenvolvimento telefôncias, o M inistro das Comunica­

Antonio Carlos Magalhães defende a troca ções, Antonio Carlos Magalhães, ho­

A política de desenvolvimento indus­ de experiências com os países de vanguarda. mologou, recentemente, a concorrência

trial e tecnológico implantada pelo Mi­ internacional para importação de 35

nicom objetiva adotar o País de Indús­ mil quilômetros de fibras ópticas. A em­

tria própria, capaz de fornecer os produ­ Segundo o Centro de Pesquisa e De­ presa vencedora foi a Philips holandesa

tos necessários á realização dos projetos senvolvimento da Telebrás (CPqD), si­ que, de acordo com a Comissão de Lici­

de TCs. Trata-se de uma aspiração co­ tuado em ('ampinas, SP, possivelmente, tação da Telebrás, apresentou a melhor

mum a todas as nações em desenvolvi­ a partir de março de 1989, o Brasil irá proposta técnica e melhores condições

mento, para as quais a busca de capaci­ dispor de tecnologia totalm ente nacio­ de financiamento, com preço quatro ve­

tação tecnológica e industrial reveste-se nal para suprir 100% das necessidades zes inferior ao da concorrente nacional.

decapitai importância: da Rede Nacional de Telex (RNTx), a 5l' A dem anda dos serviços telefônicos

Entendemos, porém - disse o Mi­ maior do mundo, hoje com cerca de 100 continua em vertiginoso crescimento,

nistro , que tal conquista se efetue sob mil assinantes. O CPqD colocou à dispo­ não apenas porque os preços estão com­

critérios flexíveis, visto que a condicio­ sição da Embratel, a operadora da rede, patíveis com a capacidade de investi­

nante de imprimir modernidade ao seg­ a prim eira central telex nacional de mento das em presas operadoras, como

mento industrial recomenda, m uitas grande porte, o Cetex. também porque o mercado se conscien­

vezes, a absorção pura e simples de tec­ Com capacidade para suportar até 10 tizou definitivamente sobre as grandes

nologia estrangeira, destacando-se nes­ mil assinantes, o Cetex pode funcionar vantagens oferecidas pela substituição

tes casos o desenvolvimento interno. como central nacional ou internacional, dos tradicionais fios de cobre pela tec­

Para Antonio Carlos M agalhães, bastando que se troque o seu sofhvnre. nologia da fibra óptica.

não se pode desprezar, em plena era da Assim, está prevista a sua instalação E n q u an to no final de 1985 a de­

informática, a incorporação de modelos em São Paulo, em meados do próximo manda era de oito mil quilômetros por