Page 18 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1988
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VIII SBC
















                                                                                             Neurônios, transputadores e










                                                                                                             capacitação tecnológica











                                                                                                                                                                                                                                               João Carlos P. da Fonseca













































































































                                                                              É só teclar instruções e o computador muda o rosto digitalizado de Mnrylin Monroe, disseram


                                                                              Nadia e Daniel Tnalmann, do MlRALab, da  Universidade de Montival (Can.).










                          ”0  objetivo primordial da política de                                                                             perando-se, este ano, pela introdução de                                                                                  diretor de P&D da Sid, Moysés Plucien-


                  informática é o da capacitação tecnoló­                                                                                    nova família de produtos.                                                                                                 nick, "o país precisa manter mais con­

                  gica do País e não o da criação de car­                                                                                            Em relação ao software, o subsecre­                                                                               trole sobre o software básico”


                  tórios nacionais, com existência de con­                                                                                   tário Américo Rodrigues, da SEI, disse


                  trafação e contrabando, e ausência de                                                                                      que esta é uma área na qual o Brasil tem                                                                                                                      Capacitação


                  pesquisa”, resumiu o tom dominante no                                                                                      reais possibilidades em se tornar profi­


                  Congresso, Luiz Henrique da Silveira,                                                                                      ciente.  Não faltaram opiniões comple­                                                                                            A indústria da contrafação com base


                  ainda como Ministro deC& T, acrescen­                                                                                      mentares. Francisco Ramalho, da As-                                                                                       em similares estrangeiros tem seus dias

                  tando que há necessidade de se criar es­                                                                                   sespro, acha que o esforço de P&D deve                                                                                    contados, pois os chips estão cada vez


                  cala de produção, ainda que pela fusão                                                                                     ser mais integrado e que o setor gover­                                                                                   mais complexos e difíceis de serem co­


                  de empresas, e de melhorar a qualidade                                                                                     namental deve dar preferência, na prá­                                                                                    piados e é preciso, no mínimo, defender


                  dos produtos aqui fabricados.                                                                                              tica,  ao produto nacional,  coisa que                                                                                    o poder de pesquisa dos grupos existen­


                          Como palestrante convidado, Edson                                                                                  ainda não faz. Ivan Marques, da Cobra,                                                                                     tes nas Universidades. A propósito, per­


                  Fregni, professor da  USP e diretor da                                                                                    julga que é preciso dar ao técnico bra­                                                                                     guntou Clésio Saraiva, da UFRS: "Até


                  Scopus, relembrou as fases da política                                                                                     sileiro oportunidade de trabalhar em                                                                                       quando vamos formar PhDs lá fora para


                  brasileira de informática: o período da                                                                                    projetos, tal como existe para seu cole­                                                                                   na volta promoverem cursinhos a 100

                  Capre  (76/79),  o do Conselho de Se­                                                                                      ga, lá no estrangeiro. Realisticamente,                                                                                    OTNs a hora ou irem tomar conta da lo­


                  gurança Nacional (79/85) e o da Lei de                                                                                     Edson Fregni constata que "a preocupa­                                                                                    ja do irmão?” Mais otimista, Ramalho


                  Informática (85/88).  Decorrido estágio                                                                                    ção, hoje, da indústria é apenas uma: ob­                                                                                  Aragão, do CNPq, disse que dentre as 76


                  inicial, quando  nasceu a idéia da re­                                                                                     ter uma boa joint-venture com um par­                                                                                      atividades que são contempladas com


                  serva de mercado, sucedeu uma fase in­                                                                                     ceiro estrangeiro”.                                                                                                        bolsas, computação leva 1,9% para pes­

                  termediária na qual se viu o desgaste da                                                                                           Já pela ótica de Luiz Antonio Coucei-                                                                              quisa, o que não é tão ruim assim.


                  empresa nacional com a política de su-                                                                                     ro, da Empresa Brasileira de Computa­                                                                                               Benedito P. de Oliveira, da Finep, re­


                  permínis, a criação da Suframa e a con­                                                                                    ção, o mercado de hardware está pul­                                                                                       conheceu a existência de críticas ao mo­


                  trafação generalizada de produtos es­                                                                                      verizado, a grandeza de escala inexiste                                                                                    delo de informática sobre contrabando,


                  trangeiros. A fase final consumou o des­                                                                                   (é 2% do mercado norte-americano), a                                                                                       cartórios, produtos de má qualidade e


                  gaste já existente incluindo aprovação                                                                                      microeletrônica, onde se agrega mais                                                                                      descompromisso da indústria com pes­


                  de uma lei de software influenciada, tor-                                                                                   valor, se arrasta sem solução e sofre con­                                                                                 quisa, mas o que acha mais preocupante

                  temente, pelo interesse externo e com                                                                                       corrência da Suframa, e adotam-se mul­                                                                                     é a erosão dos recursos para pesquisa em


                  regressão  do  apoio  da  sociedade  às                                                                                     tiplicidade de padrões estrangeiros. A                                                                                     informática que caíram de 75 para 69


                   idéias iniciais, disse Fregni, cuja empre­                                                                                 últim a estocada de Couceiro: "faltou                                                                                      milhões de dólares, entre 87/88. Luiz


                   sa desenvolveu  tecnologia  nacional,                                                                                      coragem política no parecer do Conin,                                                                                      Martins, ex-PR da SBC, sugeriu a volta


                   mas apresentou, em 87, prejuízo equi­                                                                                      no caso da luta entre o MSDOS da Mi­                                                                                       do Plano Integrado de Computação que,

                   valente a 40% de seu patrimônio, recu­                                                                                     crosoft e o Sisne,  da Scopus”.  Para o                                                                                    em  84,  apresentava 65 projetos e foi
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