Page 15 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1988
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ria 4 bilhões de dólares, com 57W. devido à in
dustria nacional, que empresa 50 mil pes
soas Também mudou o perfil do mercado. Se
em 77 a informática se caracterizava por ser
um reduto de iniciados, com grandes compu
tadores comandando a cena, hoje em dia vi-
ve-se a era dos micros, da automação ban
caria e industrial Além disto, a indústria de
informática começa a descobrir o mercado in
terno brasileiro, fora dos grandes centros ur
banos, que é comprador para seus produtos.
Atuamos, hoje, em outro patamar em
relação ao passado, ainda que existam custos
relativamente elevados de certos produtos,
porem de caráter decrescente. Desenvolve
mos aqui projetos de que qualquer País se or-
ulharia, como o das centrais Trópico coman-
adas a computador — afirmou Rival.
Perspectivas
A 4' Jornada internacional de Automati
zação Industrial contou com representantes
da Alemanha, Bélgica. Canadá, Inglaterra,
Suíça e Estados Unidos, que trouxeram pers
pectivas do que se pesquisa lá fora. O ex-
funcionário da IBM por 21 anos, H. Gardner Os trabalhos de projetos de engenharia náo poderão, em breve, prescindir do auxilio do com
lEUAi, falou da manufatura global do futuro putador Nu foto: estaçio gráfica du Cornicro.
mostrando que. quanto mais flexível, melhor
resistira às incertezas do proximo século
L Smiths, do Canadá, lembrou que nào existe òes necessárias C Eields, do Hartfield da USP, sobre métodos de medição em manu-
milagre na introdução de robôs e de sistemas ’olytechinic Instituto (UK) falou do esforço ffttUlt flexível.
flexíveis de manufatura, mas sim planeja europeu na estudo de montagens de precisão O palestrante da Altus descreveu um sis
mento e implementação cuidadosos. Reco manufaturas flexíveis, uso da voz para con tema de comando numérico adaptado às con
mendou J Peters, da Bélgica, que a introdu trolar maquinas, manuseio do poças e utili dições do País e o da Maxitec vendeu u idéia
ção de sistemas computadorizados em peque zuçno de robôs dn necessidade do desenvolvimento de uma
nas e medias empresas se faça a parti r da ah Na parte brasileira, o conferencista Mor cultura empresarial apropriada, sem a qual
sorçào da experiência do pessoal que opera cos Cavalcanti, da PUC KJ, mostrou um mo náo se verá grande progresso na implantação
diretamente a linha de produção. dolo (teórico) do uma célula flexível de mariu de automação industrial no Pais. A parte de
A descrição da arquitetura necessária á fatura, empregando linguagem Prolog i segurança do trabalho correu por conta de
integração do sistema de manufatura foi alertou para o perigo do País ficar irrerno J Modesto, da Associação Nacional de ( ipas, e
abordada por R Weston, da Inglaterra, que diavelmentc" para irás so mio se preocupar o sociólogo R Neder. da KGV, pediu mais
identificou três níveis: o de comunicação de soriamonto, com a pesquisa e desenvolvi participação do fator trabalho nas decisões
informações da produção, o das ações e o da mento em automação industrial Outro tru que concernem a uutomaçao.
base de dados que armazenam as informn- bulho teórico foi apresentado por J Liruni A experiência da manufatura just-in-
time conduzida na Cummins do Brasil, onde
se minimizaram estoques, foi relatada por
R Juriate Na áreu de controladores progra
máveis, F Bianchini, da BCM, descreveu a
linguagem descritiva BCM, em uso, desde
O que esperar do Planin 84. por centenas de usuários brasileiros. A
descrição dos robôs de 2 geração, que já po
dem interagir com o meio e são dotados de in-
A cada três anos, a SEI elabora o Plano cados. Ja na área do logicial i software) que teligência artificial, foi discutida por A
Nacional de Informática e Automação representa um mercado mundial de 55 bi D Audenshove, da Villares Uma avaliação
i Planin», que após revisto pelo Conin e en lhões de dólares e cresce a um ritmo anual financeira, que inclui os benefícios "intangí
caminhado pela Presidência da República de 30rr, o mesmo é dominado pelos EUA veis propiciados pelos novos sistemas de
ao Congresso para ser votado em Lx*i O 2 (70''). França e Japão O Brasil tem como manufatura, foi objeto da palestra de R Qas-
Planin se destina a cobrir o triénio 89 92 e, meta atingir 1 bilnao de dólares anuais, sim, do Coppe UKRJ M Cecchini apresen
para a sua elaboração, a SEI ouviu mais de rnas a produção local de software ainda é tou os desenvolvimentos efetuados na Em-
100 entidades representativas de interesse muito artesenal. Para remediar tal situa braer com o sistema PAC (projeto auxiliado a
do setor Como explicou Kival Weber, o do ção encontra-se em curso, no CTI, de Cam computador», com base em programas-fontes
cumento foi preparado levando em conta pinas, programa quinquenal, no valor de 5 adquiridos no exterior, uma condição que
dois eixos: o tecnológico e social Do lado da milhões de dólares, envolvendo dezenas de considerou básica para se ter total domínio
tecnologia, as áreas de logicial. micr »ele especialistas destinado a criar uma "fábri do logicial
trónica e processadores de alto desempe ca de logicial” a semelhança de consórcios
nho foram considerados prioritárias, ao existentes nos EUA e Japão. Feira
passo que. junto ao social, prevaleceu a au
tomação necessana à modernização do par A 5' Expocon cobriu diversos produtos
que industnal brasileiro e as aplicações da brasileiros para automação industrial desde
informática nas áreas de saude e educação computação gráfica até manufatura integra
Prevê ainda o 2r Planin amplo esforço da. passando pelas maauí nasde comando nu
para formação de pessoal através da con mérico, controladores lógicos e robótica
cessão de bolsas de trabalho, aqui e no ex Na área de PAC, a Comicro compareceu
terior. em instituições de grau médio e su com estação gráfica de trabalho 9032, com
perior, para áreas consideradas estratégi tecnologia americana, equipada com novo
cas como infomática. química fina, mecâ processador de 32 bits, mais poderoso. O gru
nica de precisão e novos sistemas informá po para automação industrial (Grucon), da
ticos. Estabelece-se ainda, como meta. a ex UFSC, desenvolveu, com apoio financeiro da
portação de 10 a 15^ da produção global do Sysgraph norte-americana, o sistema de
setor de informática. apoio à produção <Sapro> mostrado em otimi
O 1 Planin, que está em vigor desde zação de moldes de corte para industria do
17 04.88, apresenta como prioridades a mi- vestuário, mas encontrando também aplica
croeletrómca e o logicial Em relação à mi- ção na indústria de couros ou na de oxi-corte
croeletrónica o objetivo previsto e o de atin em chapas de ferro. A UFSC, com apoio da
gir capacitação tecnológica no ciclo comple Embraer. desenvolveu projeto de célula fle
to do silício, com ênfase em circuitos dedi- xível de manufatura, com duas estações de
usmagem e um robô. cujo término é aguar-1
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