Page 33 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1988

DaED: Mauro V. Furtado(Abecortel); Lázaro J. Bnto(Telebrasil), Edwaldo Com um auditório integrado especialmente de empresários de redes exter­

1 Sarmento (Aberimest); e Rui L. Alvarenga (Abeprest). nas e empreiteiras, o I ? ENAEI foi considerado sucesso absoluto

Alfredo Menezes (Furnas)— Nos temos em Fur­ Algumas empresas já estão fazendo grupos de margem dos fabricantes, operamos 2 9 0 mil

nas um dos maiores serviços de telecomumca- trabalho junto á Telebrás no sentido de que pos­ troncos, só no Estado de São Paulo.

ões do Brasil e sempre contratamos o proprio samos fazer isto em conjunto Ary Nisenbaum (Telesp) — Torna-se interes­

Iabricante para os serviços de instalação e mon- Participante — Queria sugerir que a Telebrás sante fazer algumas ponderações: Há algum

tagem (aliás não temos cadastro da Abeprest). O criasse alçum convênio, talvez até com alfiuma tempo, seja 20 ou 30 anos atrás, o aparelho

fabricante sempre ajuda quando há algum pro­ das associações presentes, para formação de telefónico era o que existia de mais complexo e

blema de peça, ou algo semelhante Gostaria de mào-de-obra especializada na construção de re­ misterioso na casa de uma pessoa Pelas men­

saber como a associação encara o problema? des telefônicas, pois a dificuldade é muito sagens transmitidas na lista, uma mexida no

Rui Leme Alvarenga - Quanto a avaliação que grande na formação de pessoal e o mercado telefone poderia dar cadeia. Hoje, talvez seja a

você fez do cadastro pode ficar tranqüilo. Agora, carece de cursos. coisa mais trivial no ambiente doméstico.

e bom esclarecer que a presença de uma empre Mauro Furtado Dr Almir, presidente da Tele Alcides Annibal — É verdade A lista telefônica

sa independente, neste processo de implanta brás, anunciou há pouco tempo a necessidade também registrava que mexer com serviços que

çâo de equipamentos de telecomunicações, do setor captar cerca de US$ 400 milhões para envolvessem telefonia tornaria o responsável

acaba por agilizar e facilitar o processo. As pro­ se fechar o orçamento deste ano Qual seria a re­ passível de um processo policial. E eu, muito jo

vidências são tomadas com mais agilidade, percussão deste capital sobre os níveis progra­ vem, um dia me propus a realizar algo neste sen­

mesmo no que tange a algum contato com o fa­ mados de investimento em relação ao setor de tido, em 1960, e quase fui preso. Um dos dire­

bricante que sabe de suas responsabilidades serviços de redes telefônicas? tores da CTB me aconselhou, na época, a aban­

contratuaise também objetiva agradar a seu cli­ Joel Simão - Nós ainda náo conseguimos este donar a idéia.

ente dinheiro, mas também estamos preocupados Ary Nisenbaum — Annibal tem razão Mas eu

Participante (Inteca) — Isto levanta a proble em obter uma melhoria tarifária, que parece náo queria complementar meu pensamento O tele­

mática de convivência dentro da Aberimest en­ vai ser conseguida a curto prazo. Outras tentati­ fone hoje e altamente desmistificado. Na me­

tre fabricantes e empresas independentes (re­ vas de investimentos estão sendo tentadas dida em que o domínio tecnológico passa a ser

presentantes, distribuidores e fabricantes). como o lançamento de debèntures, a conversão absorvido pela população ou por empresas de

Edwaldo Sarmento — Esta é uma luta que esta­ da dívida e empréstimos externos O problema assistência técnica, o fabricante vai se afas­

mos travando com os fabricantes. Estamos ten­ da distribuição de investimentos no sistema náo tando da ponta do produto mas retendo sufi­

tando lhes dizer que somos a maior rede da está resolvido, mas encaminhado. ciente conhecimento tecnológico a fim, inclu­

America Latina de representantes e de distribui­ Kleber Castilho (Aberimest) — Empresas asso­ sive, de estabelecer normas e padrões de como

dores de equipamentos. Eles ganhariam muito ciadas da Aberismest começaram a projetar e agir, para que se mantenha a qualidade. Não ve­

mais desenvolvendo novos produtos Acho que construir redes internas em prédios As associa­ mos porque a oficina da esquina, que faz a ma­

deveria haver uma convivência mais harmonio­ das da Abecortel a revender, instalar e manter nutenção de outros eletrodomésticos, também

sa entre empresas que representam e instalam CPCT (KS, PABX). Esta havendo uma diversifi­ náo poderá fazer, futuramente, a de um telefone

equipamentos, e entre fabricantes e revende­ cação de atividade empresarial. ou de um outro tipo de terminal de assinante

dores Afinal, quanto mais pessoas estiverem Mauro Furtado — As empresas associadas à Logo, este mercado é muito propício à iniciativa

vendendo um produto, mais chance ele tera de Abecortel não estão impedidas de ter outras ati­ privada. Claro que a depuração do mercado

penetrar no mercado. vidades. O que vejo nesta dualidade é talvez a sempre vira através da qualidade

Márcio Lacerda (Abecortel) — Temos notado necessidade de que nossas associações se com­ Alcides Annibal — Como iniciador destas ativi

que ao longo do tempo se deu uma atenção mui­ plementem para que se evite o partilhamento dades ligadas à rede, instalação de equipamen­

to grande à qualidade dos serviços de cabos e as Acredito que este encontro terá esta consequên­ tos, telefones, gostaria de dizer aos jovens que

estatísticas demonstram que a qualidade de cia muito benéfica: um maior entrosamento en­ estão iniciando e que possam estar em dúvida

mão-de-obra das empreiteiras nesta área de ca­ tre as associações para que, em seguida a estes quanto à evolução destas atividades, que eles

bos melhorou muito Gostaria de saber o que se debates, seus dirigentes se reunam e possam devem “ir fundo" com coragem, honestidade e

passa no campo de rede externa7 estabelecer uma convivência fraterna ou. pre- espírito empresarial Os que tiverem apenas es­

Joel Simão — Queremos obter a melhoria de ferencialmente, uma simbiose mais lucrativa. pirito de comerciante não irão, todavia, obter

qualidade e neste sentido estamos, inclusive, Participante (Sitepro) — Gostaria de colocar grandes resultados. As novas empresas devem

pagando melhor às empreiteiras. Mas existem também neste debate a questão de que o setor investir e treinar mão-de-obra, porque atual­

muitas coisas a serem feitas, como melhorar a privado das telecomunicações náo possui repre­ mente existe o respaldo das autoridades que tra­

instalação de fio externo, e a qualidade de al­ sentantes em Brasília e nem mesmo junto à As­ balham para náo deixar aviltar os preços e a qua­

guns materiais de TPs. No entanto, também es­ sembléia Legislativa de São Paulo lidade, temas tão debatidos aqui entre nós.

tamos modificando os critérios de entrada de Edwaldo Sarmento — Parece-me bastante ade­ Ary Nisenbaum — O mercado está ai e, segura­

empreiteiras no mercado, fazendo uma pré- quado para efeito de lobby político ter um repre­ mente, ao longo do tempo, empresas surgirão e

qualificaçáo quanto ao nível de qualidade. A sentante em Brasília É o que almeja toda enti­ desaparecerão. Assim como existirão pessoas

preocupação da Telebrás visando a qualidade dade classista. Esperamos que, em 1990, al­ interessadas apenas em bons negócios e outras

da rede externa é considerável, tanto no que guns companheiros das associações aqui pre­ nteressadas em conquistar mercado, lançando

tange a material, quanto ao desempenho da sentes tenham uma representação bastante ra­ r» ízes para maiores empreendimentos. É desta

mão-de-obra. Estamos seriamente empenhados zoável em Brasília, pois somos, de certo modo. a fo ma que vemos este cenário (NPR) I

em realizar projetos de redes por computador. arquitetura das telecomunicações brasileiras. À

Hl