Page 18 - Telebrasil - Maio/Junho 1988
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Novembro de 1979 marcou o in í Do ponto de vista de infra-estrutura sen volver o supermíni ABC 2000,líj
cio do esforço da Telesp na área tecnológica não houve problemas maio voltado para as redes de comunicação de
res: a central pública hoje em operação dados, está firmando acordo com a em
da telemática. Dentre os prim ei
em Vila Mariana (SP) é o resultado de presa francesa Steria para a transferên
ros resultados com significado sucessivas expansões da configuração cia de tecnologia Videopac, já utilizado
econômico situa-se o estudo in i piloto iniciada em 82. Compõe-se de um pela Telesp. Na França, este é o soft
cial sobre a viabilidade da infor conjunto de minicomputadores Buli da ware empregado para o serviço de con
série M in iS ix produzidos aqui sob li sultas ao anuário eletrônico. A Elebra
mação distribuída em larga es
cença pela ABC Computadores. As fum Computadores tem também sido ativa
cala, via redes públicas de tele ções exercidas por essa central são as de na divulgação de serviços videotexto
comunicações. Mais de oito anos criação e gestão da base de dados video para seus supermínis, com transferên
se passaram e, ao que tudo in texto; gerenciamento das chamadas, via cia de tecnologia da Digital norte-amo-
rede comutada ou rede especializada em ricana. A Sid Telecom está em fase de
dica, pode ter chegado o tempo do
comunicação de dados (Renpac, por testes na Telesp de uma central video
videotexto, no Brasil.
exemplo); roteamento das chamadas de texto de grande porte, com 450 portas
usuários para computadores externos para usuários. A indústria nacional se
(gateways)', e bilhetamento. movimenta.
dimensão econômica do videotexto
A medida pelos desembolsos a serem
realizados neste ano pelos vários parcei Mercado
ros — operadores das redes públicas,
O desafio real do videotextoéode
fornecedores de serviços, fornecedores
cria r uma quantidade suficiente de
de meios e usuários — deverá situar-se
usuários, de provedores de serviços e de
entre 20 a 25 milhões de dólares, um
meios, regidos pela empresa operadora,
crescimento de mais de 100^ em rela
de m odo a to r n a r o serviço auto-
ção ao ano anterior. A dimensão desta
indústria, medida pelas horas de cone sustentado. Acostumadas a conviver
com a demanda de um serviço tido como
xão às portas de acesso das principais
essencial — o telefone — as empresas
centrais videotexto de São Paulo, pas
operadoras de telecomunicações encon
sou de cerca de 20 mil horas, em janeiro
traram panorama bem diverso ao lan
de 87, para mais de 63 mil horas em ja
çarem o serviço videotexto.
neiro de 88, ou seja, um aumento de
mais de 200% ecom tendência a aumen Tratava-se de encontrar pessoas dis
postas a investir cerca de 900 a 1000
tar. O videotexto é uma invenção cjue co
dólares para participar de um novo ser
meça a decolar, de fato, em nosso País
A n to m o Ig n a cio de Jesus, presid en te dn viço e induzi-los na sua utilização. Dois
sobretudo em São Paulo. I I 1
I elesp. fatores influ enciaram o desenvolvi
Histórico mento do serviço público de videotexto
nos d iverso s países: a resposta dos
A tu a lm en te, V ila M ariuna pode
Ao final de 79, o Brasil já havia ven atender até 216 usuários sim ultanea vários atores da nascente indústriaea
cido o primeiro grande esforço de moder mente. possui 20 canaisgateway cio tipo atuação das administrações para incen
nização de suas telecomunicações. A BSC3 e 15 portas assíncronas para in- tivar o serviço. A França, por exemplo,
Telesp, operadora telefônica da região tcrconectar terminais de editoração re partiu para a consulta à lista telefonia
mais industrializada do País, ressentia motos dos fornecedores de serviços com via terminal de baixo custo — o Minitel
de perto a pressão do mercado causada a base de informações residente na cen
pela nascente indústria nacional de in tral. Proximamente, estes números su
formática à procura de aplicações tele birão para 456 portas para usuários, 32
máticas. Porque não usar, então, a rede portas para terminais remotos de edi Videotexto no Brasil
telefônica comutada, rela ti va mente toração e 30 portas gateway, como re
moderna e bem mantida, para o trans sultante do acréscimo de três M iniS ix à P o r ocasião do fechamento destá ma
porte de dados? Os ingleses já haviam
atual configuração. Também foi contra téria, a Telesp contava com capacidade
demonstrado ser isto possível com o
tado o desenvolvimento de uma máqui para 16 m il usuários e 20 portas de acesso
Prestei, o prim eiro videotexto intera para computadores externos, com ampli
na frontal, comutadora de protocolos,
tivo do mundo ( vide revista TeIcbrasil ação já contratada para 32 m il usuáriose
objetivando aliviar a carga dos M in iS ix
— J/F80;pág. 64). Inaugurado em abril 30 gateway. Em termos de equipamento*,
e melhorar o desempenho global do Sis
de 79, ele usava a rede telefônica como tema. a Telesp adquiriu, em 87, para locação nos
meio de transporte, ao passo que o "v i usuários: 5 m il m icros Hotbit com TV
O parque de fornecedores nacionais colorida.; 5 m il micros com monitor mono
deotexto não-interativo” ou teletexto
de meios para sistemas videotexto, in cromático; 1,5 m il terminais dedicadosda
(não confundir com teletex) já era ofere
cluindo terminais, conta hoje com cerca D igitei; além de kits de adaptação iphica
cido aos telespectadores britânicos pelos
de 25 empresas. Segundo analistas da serial RS-232) para os detentores de mi
canais de TV da BBC. cros da linha Apple ou MSX.
área industrial, o desempenho operacio
Nesta época, a Portaria Ministerial A base de dados da Telesp possui cadas
nal do produto ofertado é satisfatório,
de 05.05.80 autorizou um "serviço-pilo trados não só seus próprios usuários ms*
embora os equipamentos nem sempre
to v id e o te x to ” a ser prestad o pela tam bém os da T elem ig (500 usuários
incorporem os últimos desenvolvimen
Telesp, na cidade de São Paulo. Ficou lo tos tecnológicos, encontrados no ex T e le p a r (500). C R T (470), Telebrasih¦<
go evidente que o desafio a ser vencido terior. Mas é em relação aos custos que a (200), Telebahia (120), Teleceará tlOÚ
E xiste convénio entre operadoras com ¦
pela operadora seria m ercadológico.
coisa pega. Comparativamente aos cus Telesp para fornecedores de serviços. 0-
Como atrair e manter empresas priva tos FOB internacionais, em dólares, o tam-se neste caso: a ) — Jornal Industria<’
das como fornecedoras de produtos in- equipamento aqui fabricado ainda está C om ércio; C uritiba comercial e serviçi*
formacionais, numa atividade até então elevado, mas a tendência é a de sua di videotexto; Videotexto produção e publi
desconhecida? m inuição ao aum entar, p resu m ivel cidade (todos com convênio, via Telepsr
b) — Empresa jornalística "O Povo' I»'i5
mente, a escala de produção.
Teleceará); c) — IT C Turismo. Rhede Tec
(*) Com n colaboração do Dcpto. do Videotexto das A indústria porém não tem ficado nologia (via Telpe).
Telecomunicações de Sá o Paulo S/A Telesp. parada. A ABC computadores, após de-