Page 32 - Telebrasil - Março/Abril 1987
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Brasilsat III poderá subir em 92
Na visão do presidente da Embratel, provável, porém, que os transponders com (um a cooperativa da United Press»,
Castelo Branco, as comunicações, via dos Brasilsat fiquem ociosos. Há enten esta ú ltim a perm itindo transmissões
satélite, representam a solução ideal dim entos da E m bratel e do Minicom em velocidade de até 4800 bps.
para um País de dimensões interconti com a Bolívia, Equador, Peru, A rgen — N o ssa d ú v id a em relação ao
nentais como o Brasil. Mas, ele não é o tina, Colômbia e Venezuela para alugar sp read spectrum é se valerá a pena
único que pensa assim. A m aioria das ou vender transponders (a venda à vista operar o serviço com uma tarifa, inicial-
ad m in istraçõ es m undiais dos países é de 4,8 milhões de dólares), m as se m ente deficitária, para "abrir” o mer
mais adiantados tem interesse em lan gundo Castelo Branco, a Em bratel pre cado, visto não sabermos quanto tempo
çar m ais satélites e ocupar mais espaço tende lim ita r as negociações envol levará até term os usuários suficientes
orbital. vendo até um total de 4 repetidoras es para recuperar o investimento — expôs
Como se sabe, a órb ita síncrona é paciais. Castelo Branco, acrescentando que o
aquela na qual o artefato espacial pare CPqD não se encorajou a investir nesta
ce ficar estacionário em relação à terra. S p read S pectrum te c n o lo g ia p o r a c re d ita r m ais no
Tal órbita representa um bem físico li AMDT" (vide Revista Telebrasil M J
mitado e, por isto mesmo, muito dispu O spread spectrum (espalhamento de 86; pg 16), que está desenvolvendo com
tado internacionalm ente. Desejando faixa) é uma tecnologia antiga e que to a Microlab.
garantir o futuro, a Em bratel anunciou mou novo impulso com as comunicações Ainda na fase de estudos, a utilização
que deu entrada oficial a uma solicita de dados, via satélite. No entanto, sua da tecnologia spread spectrum por parte
ção junto ao IFRB (International Fre ap licação ficou, de c e rta m a n e ira , da Em bratel, ficara, segundo seu presi
quencies Registration Board), um órgão aquém das expectativas comerciais — dente, condicionada ao controle da em
da UIT, para reservar uma terceira po presa, sobre o m eio de comunicação
sição orbital. Para isto as bases de dados dos fornece
dores de informação serão conectadas à
Faixa K Em bratel, que levará a informação ao
satélite e deste para os diversos usuá
Segundo informou o presidente da rios espalhados por todo o território na
Em bratel, o processo de reserva de posi cional, configurando o que se chama
ção orbital é lento, visto depender de uma rede "em estrela”
consultas aos países membros da UIT. É na ligação terra-satélite i up link>
Uma vez obtida esta reserva segue-se que resid irá o controle da Embratel,
uma fase de coordenação, quando o país visto que no caso da comunicação spread
suplicante tem prazo de até 5 anos, para spectrum os u su á rio s não dialogam
colocar o artefato em órbita Trocado em diretam ente entre si, mas sim. voltando
miúdos, isto significa que o 3.* satélite n ecessariam en te a um ponto central
doméstico brasileiro deverá ir ao espaço (base de dados ou caixa postal eletró
em torno de 1992/94. nica), via E m bratel. O mesmo sucede
Em term os estratégicos, a posição quando a topologia da rede for do tipo
dos a tu a is sa té lite s b rasileiro s é de "tram a” imesh), tal como nos contratos
65 W, para o B rasilsat I, e 70'W para o que a E m b ratel firm ou com o Itau. a
B rasilsat II com tempo de vida útil, pre IBM, a Gerdau, a Petrobráse Usiminas
visto, respectivam ente, em 9 e 11 anos. situações nas q u ais os usuários com
Já o Brasilsat III deverá ficar em 61 W pram a estação, mas é a Embratel que
(d eb ru çad o um pouco m ais sobre o opera e m antém o serviço Quanto ao
Atlântico) e Castelo Branco prevê (vide uso do Intelsat por outros, não via Em*
gráfico) que poderá ser um sa té lite bratel, isto não seria possível por ela ser
operando nas bandas C (6/4 GHz) e K Pedro Jorge Castelo Branco, presidente a única signatária, do governo brasilei
(11/14 Ghz). da Embratel ro, junto àquela organização.
É bom lem brar que os atuais satéli — E stes detalhes operacionais pas
tes domésticos operam, apenas, na faixa sam a crescer de im portância, na me
C, sendo que a operação na faixa K per disse Castelo Branco — devido ao custo dida em que a questão do monopólio das
m ite o emprego de antenas terrestres de relativam cnte elevado das estações te r telecom unicações passa a ser questio
m enor diâm etro, o que é um a vantagem renas, da ordem de 20 mil dólares. Nos nada, com o advento de novos serviço> e
do ponto de vista da comercialização dos Estados Unidos sua aplicação é da or situações — registrou o presidente da
serviços. O B rasilsat I tem, hoje, 18 de dem de 30 mil pontos, quando se espera Em bratel.
seu s transponders com prom issados, va um mercado 10 vezes maior.
sendo 6 para TV (Globo, SBT, Bandei Não obstante, a Em bratel está pro Joint-venture
rantes, programação, TV Executiva, TV curando identificar um mercado em po
credenciada); 2 para uso m ilitar; e 10 tencial para a tecnologia spread spec D entre os planos futuros revelador
para tráfego em geral. trum, tal como vêm fazendo os grupos por Castelo Branco inclui-se a possibil’
O B rasilsat II — teoricam ente na re- privados Victori (Bradesco e Rede Glo dade da Em bratel se associar com umi
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serva •— possui 24 transponders livres, bo) e Promon. A Victori tem a exclusivi em presa operadora am ericana (a ser
mas uma nova antena, a ser inaugurada dade para o Brasil da tecnologia am eri selecionada oportunam ente) para part:
até o final deste ano, em G uaratiba, o cana da Equatorial e a Promon se apre cipar, m inoritariam ente. de suas ativi
colocará no ar, dividindo o tráfego com senta com as tecnologias da Adcom (Fló dades» no próprio Estados Unidos Isto
seu irm ão gêmeo B rasilsat I. É pouco rida, USA), para a banda K e a d a Tel- está se tornando possível, segundo ele
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