Page 37 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1985
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ções, diversas entidades dè pesquisa bra
sileiras atacam o desenvolvimento da mi-
croeletrómca num esforço a ser "coorde
nado pelo Instituto de M icroeletrôm ca do
CTI", segundo folheto do proprio órgão.
A começar pela Umcamp, no LED (La
boratório de D ispositivos E letrónicos),
coordenado por Furio Dam iano, que se
propõe a "desenvolver processos e tec-
nologias para dispositivos m icroeletrôni-
cos". Segundo Pavam Filho, "o LED hoje
se dedica rnais intensam ente a pesquisar
as tecnologias (vide quadro anexo) N-MOS
(analógico e digital), P MOS e I L (digitais)
que atualm ente são m uito pesquisadas, a
nível m undial.
A seguir, explicou que a obtenção de
um integrado inclui as fases de projeto, fa
bricação e teste. Um processo típico se ini
cia pelo projeto e desenho de máscaras
usando recursos com putacionais a fim
de gerar fita de dados e de coordenadas
para obter o desenho da "p la ca ". Em li
nhas gerais, disse ele, esse desenho e f'rototipo do primeiro visor do cristal liquido, desenvolvido inteiramcnte no pais
transferido para um film e de rubiIite por
um processo desenvolvido na Umcamp
passando por m aquinas foto-redutora e fo Colombo" disse Carlos Westphall "e tendo em vista dar suporte aos projetos de
to-repetidora, ate chegar às máscaras que é baseado na diferença do potencial que se redes de teleprocessam ento da umversi
o processo exige (no processo N MOS são estabelece entre o feixe do microscópio e o dade.
5 máscaras). potencial presente no chip. Se for zero volt
— Em seguida, apos operações de lim da uma imagem clara, se for 1 volt a ima Estações gráficas
peza e de alinham ento das mascaras pas gern é escura".
sa-se aos processos de difusão, implanta No futuro, a UFRS projeta efetuar cir Hoje seria inconcebível o desenvolvi
çáo tónica, crescim ento epitaxial, jatea cuitos do tipo "autotestável" com a intro mento da microeletrômca sem o emprego
mento, conform e cada caso exige. Segue- dução de um circuito adicional no chip. de técnicas de projeto e engenharia a u xili
se o teste e o encapsulamento do integrado Também pretendem realizar um integrado ado a computador, PACe EAC. A equipe de
ja pronto. Nossa intenção, ainda em 85, é dedicado em tecnologia N MOS para cons Schmitz, da UFRJ, é uma que se dedica ao
partir para o processo de deposição indu tituir o "coração" de um equipamento mo desenvolvimento de uma estação PAC para
zido por laser, complementado por proces dem a ser desenvolvido. Já na UFRJ, a a produção de integrados constituída de
sos fotolitográficos e de difusão por jatea- equipe de Eber Assis Schmitz desenvolve ferramental (micro, vídeo, plotter, prm ter
mento — afirm ou Pavam. dispositivos N-MOS de alta integração, e m inicom putador) e logicial (editor g rá -|
Dois dispositivos do LED estavam em
exposição no Inform ática ‘84: óxido m e
tá lico transparente e o protótipo do 1. A Fam ília dos Integrados
cristal líquido brasileiro. A deposição de
óxido transparente (e condutor de eletrici N-MOS (3)
dade) encontrou duas aplicações práticas. Unipolares
A primeira na confecção de células solares
mais eficientes que as atuais (as ligações Analógicos C-MOS
também ficam transparentes). A outra na PL
blindagem de instrum entos de medição, Bipolares (1)
como m ostrado no m egóm etro da Yogo-
Linear (4) Legenda
wawa do Brasil.
11) mais antigos
O grupo de pós-graduação em ciência Integrados (2) processo semelhante
da computação da UFRS, dirigido por Tia- N-MOS (5) diferindo no dopping
raju Wagner, é outro que possui interesse Unipolares (2) |p-M 0S 13) pesquisa de ponta
(4) comuns no mercado
em m icrocircuitos. Numa parede do es- C-MOS complementar (6) (5) maior rapide?, menor consumo
(6) baixo consumo e menor rapide?
tande, uma foto ampliada de um integra Digitais 17) Lógica de Dupla Iniecáo
do, com areas claras e escuras, demons PL (7) (8 a 11) projetos diversos porem
de fabricacào semelhante
trava a possibilidade da verificação "m lo ECL (8) |8) Emitter Coupled Logic
co" das tensões elétricas que se desen Bipolares TTL (9) 19) Transistor Trasistor Logic
RTL(IO) (10) Resistor Transistor Logic
volve num chlp através do emprego de m i DTL (11) (11) Diode Transistor Logic
croscópio eletrónico, que passa a consti
tuir nova ferramenta detetora de defeitos. Cada ramificação e uma tecnologia e cada tecnologia e um somatono de ações e uma filosofia do
"0 fenómeno físico envolvido é um ovo de projeto ao processo final.