Page 85 - Telebrasil - Maio/Junho 1984

r á d io e i v _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
D e n t e i d e s c o b r e e s t a ç õ e s
Cerca de 300 estações terrenas de recep­
ção de s in a is de T V , v ia s a té lite , e s tã o
operando clandestinam ente no País. A infor­
mação é do D iretor-G eral do D entei, Antonio
Neiva Fernandes, para quem o problem a já
está assumindo proporções preocupantes,
pois apenas cerca de 45 estações foram licen­
ciadas pelo órgão. A grande proliferação de
estações c la n d e s tin a s está ocorren d o no
Maranhão, Pará, Piau í, Am azonas e, princi­
palmente, em M ato Grosso. Nesses Estados,
segundo denúncias chegadas ao D entei, es­
tão funcionando irregu larm en te cerca de 200
estações.
Para algum as indústrias fabricantes de
antenas e outros equ ipam en tos para esta­
ções terrenas receptoras de sinais de T V (Ví-
deosat), essa clandestinidade é conseqüência
das dificuldades impostas pela atual legisla ­
ção que regu lam en ta a instalação de esta­
ções terren as em pequ enas com unidades.
Elas são geralm en te instaladas por p refei­
turas que não obedecem os procedim entos
exigidos por lei, além de não terem condições
de arcar com o p a g a m e n to d as ta x a s de
operação e fiscalização cobradas, respectiva­
mente, pela Em bratel e Dentei.
Exigências
R obinson C a p u tto , d ire to r da L in ea r,
uma pequena indústria de TCÍs localizada em
Santa R ita de Sapucaí, M inas G erais, expli­
cou que a m aioria dos prefeitos de pequenos
m u n icípios não e n te n d e m p orqu e cria m
tanta burocracia para a instalação de uma
pequena estação receptora de sinais de T V .
As exigências para o licenciam ento des­
sas instalações estão contidas na P ortaria do
Ministério das Com unicações n.° 068. de 13/
04/83, que em seu artigo IV estabelece que o
pedido de autorização será acompanhado dos
seguintes documentos:
a) ato constitu tivo da en tidade e a lte ra ­
ções, se h ou ver, d evid a m en te registrad os
na repartição com petente;
b) declaração da em issora geradora de
programas concordando com a recepção de
seus sinais por terceiros;
c) cópia do term o de adesão às condições
de prestação do serviço, firm ado com a E m ­
bratel;
Abert já tem Código de Ética
para punir abuso
As rádios e TVs de todo o país estarão
sujeitas agora ao cumprimento do Código
de Ética da Radiodifusão Brasileira ela­
borado pela Associação Brasileira de
Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).
O Conselho Superior de Ética já está em
pleno funcionamento e tem como presi­
dente Maurício Sirotsky Sobrinho, presi­
dente da TV Gaúcha. Os vices são Oscar
Bloch e o ex-Senador Paulo Brossard.
Segundo o presidente da Abert, Joa­
lelebfosil Maio Junho 84
J. de l^iii vu
p i r a t a s Funtevê cria Centro
de Informática
Fundação Centro Brasileiro de TV
A Educativa — Funtevê — criou em
sua estrutura o Cenifor — Centro de In­
formática — , visando utilizar a informá­
tica na educação. O Cenifor é o reflexo do
MEC no avanço da informática e procura
conduzir um programa que assegure ao
país absorção, produção e distribuição da
tecnologia educacional de informática.
O Centro terá como papel específico
servir de órgão mediador, indutor e exe­
cutor da política nacional de informática
da educação, orientando o desenvolvi­
mento da tecnologia educacional da in­
formática dentro de diretrizes que asse­
A ntonio N eivu . d ire to r do D entei, está p re ­ gurem a redução de defasagem entre a
ocupado coin us estações terrenas clandes­ potencialidade de uso de tecnologia de in­
tinas
formática e sua concreta aplicação como
instrumento de ensino.
e) núm ero do certificad o de h om ologa­
ção ou registro dos equipam entos que com ­
põem a esta gio terrena receptora.
Segundo os prefeitos, as m aiores barrei­
ras têm sido criadas pelas em issoras gera ­
doras de program as, principalm ente a TV- O N O V O T A P E -
Globo. O argum ento apresentado para não
autorizar e sem pre o mesmo: com ercial re­
gional versus comercial naeional. Os prefei­ D ECK SO N Y
tos não se convencem e dizem que o sinal do
sa télite é igual à chuva: ’’caiu é para todo
mundo” .
O utro industrial que não concorda com a
atual legislação é o presidente da Am plim a-
tic Telecom unicações, M árcio Machado Ka-
bello. E le lem brou que, com o advento do
Brasilsat, deverá haver um crescimento ex­
plosivo nesse setor de recepção via satélite. E
acrescentou:
— M eu tem or é que o Governo dificulte ao
m áxim o o uso desse potencial. Se começar a
proibir a recepção aqui e ali vai prejudicar o
investim ento das indústrias do setor, porque
prende os nossos negócios e proibe os serviços
para os usuários. O M inicom deve definir os Sony lança no mercado mun­
parâmetros, os deveres, os direitos e as puni­ A dial um novo ta p e-d eck, tendo
ções e não querer ficar com o monopólio de se­ como um dos destaques o cassete es­
gu ra r os serviços que o satélite dom éstico
pode oferecer. téreo criado pela empresa. O equi­
pamento possui controles toque de
pluma (Feather Touch) e seletor au­
tomático de fita com indicador. Tem
sistema de redução de ruído Dolby B
e controle totalmente lógico. É equi­
pado com sensor automático de pro­
cura de música (AM S) e medidor de
quim Mendonça, com a aprovação do Có­ nível por LEDs, além de controles
digo vai haver uma sensível mudança na independentes de nível de gravação
programação das rádios e TVs de todo o do tipo deslizante e tecla R e c M u te
país. "Com o Código — ressaltou — mu­ para inserção de espaço em branco
dará o tipo de programação porque no
entre as gravações. Possui ainda to­
momento em que a Abert começar a rece­
mada para fones de ouvido e duas
ber reclamações de entidades do próprio
Governo e julgar que é procedente, a tomadas para microfone. A foto
emissora que cometeu a infração será pu­ mostra este novo lançamento da
nida”. Sony.
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