Page 64 - Telebrasil - Março/Abril 1983
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DO SILÍCIO AO INTEGRADO e recursos hum anos para estes pro
cessos.
A - OBTENÇÃO DO MONOCRISTALINO Além dos processos planar e epita*
xial clássicos que operam no cristal
m in é rio ---------------- ? silício m etalúrgico (95%)
como um todo estão sendo desenvolvidos
purificação----------------? tricloro silano e eletrólise
processos especiais como o da implanta
policristalino (99% )-----------------? fusáo zonal
ção iônica (40 keV, mas passando a 340
m onocristalino (99,99% de pureza)
keV), limpeza com uso de plasma e epi-
Fig. 6.1 — Os processos de purificação e de fusão zonal desenvolvidos na Unicamp permitem taxia induzida por leiser. Este último
obter silício, ouro e alumínio de alto grau de pureza. processo permite trabalhar em peque
nas áreas e criar estruturas localizadas,
com o por exem plo regiões P e N no
mesmo nível de um substrato. A epita-
xia por leiser elimina os processos foto
gráficos e de oxidação, permite criar ca
madas monocristalinas em substratos
amorfos como o quartzo e faculta a auto
B - OBTENÇÃO DAS MÁSCARAS mação do processo de obtenção de semi
condutores usando espelhos e micropro
Idealizar circuito: Via software, empregando PA C (projeto auxiliado por computador).
cessadores.
Toda pesquisa é documentada atra
Dimensionar geometria: Via LPG (linguagem de procedimento gráfico); processa figuras
(área, componentes, ligações) geométricas planas no vídeo. vés do sistema Codex e das Instruções
para a Execução de Processo que sáo
Confeccionar máscara: GAM - gerador automático de máscaras; controla mesa coordena- verdadeiras "receitas de bolo”, permi
(uma máscara - 50x50 cm - para cada dora gráfica; grava película de rubylith; pode gravar 1x1 mm com tindo duplicar os experimentos já efe
etapa) precissão de 10 pm. tuados.
O estande do LED, organizado pelos
1.° nível de reduçào: Foto redução entre 20 a 25 vezes; placa fotográfica alta resolução alunos graduados, Taveira, Behreus e
2500 linhas/mm.
Foto repetidora: Traz a máscara para tamanho final; opera com geometrias de até 8 Leão, deu uma mostra didática de como
pm. se fabricar os semicondutores.
Outro laboratório da Unicamp é o de
Fig. 6.2 — Os laboratórios da Unicamp desenvolvem software e máquinas para obtenção de pesquisa em dispositivos — LPD, que
máscaras. O tamanho da maior linha está em torno de 5 pm, tendendo para 2.5 pm, mas no integra o Dept.0 de Física Aplicada do
exterior já se utilizam dimensões de 1 pm. Instituto de Física. Criado em 71 e coor
denado por José E. Ripper Filho tem um
corpo de cerca de 40 pesquisadores, alu
nos de mestrado e doutorado; o labora
tório dá mais ênfase ao estudo dos pro
cessos físicos em dispositivos semicon
dutores de fibras ópticas.
C -IOBTENÇÃO DA PASTILHA GRAVADA A partir de 73 o LPD passou a receber
apoio da T elebrás num programa a
Sensibilizar o silício com ultravioletas: Depositar resina foto sensível na lâmina de silício; resina possui longo prazo de desenvolvimento para a
dois tipos: positivo e negativo. fabricação de fibras, cujo processo de fa
bricação foi posteriormente transferido
Empilhar silício, resina e máscara utilizando uma foto alinhadora para o CPqD, passando o laboratório a
se dedicar ao estudo das propriedades
Oxidar o silício ou difundir impurezas: Forno de alta temperatura; controlar temperatura 1000.° ± 0.2.°C;
controlar tempo com precisão; controlar espessura das camadas de das fibras inclusive as denominadas
óxido por calorimetria ± 50 A°; difusão de boro P ± , fósforo N monomodo e de núcleo líquido.
O laboratório já possui mais de 13 pa
Limpeza: Química; dependendo da máscara conserva ou retira material. tentes registradas intemacionalmente.
disse Francisco Mecchi Neto, como é o
Repetição: Repete-se "n " vezes o processo para cada máscara. caso do leiser de janela transversal
utilizando estrutura PN-PN.
Fig. 6.3 — Os laboratórios da Unicamp desenvolveram "know-how” que permite garantir a Outro centro de atração do estande
continuidade da pesquisa.
da Unicamp foi a demonstração de um
leiser gasoso de CO2, com 30 watts de po
tência, desenvolvido com recursos do Fi-
pec. Segundo Jorge Humberto Wiola.
este leiser tem aplicação para uso cirúr
gico e já foi utilizado com sucesso em
operações de otorrinolaringologia da
D- - OBTENÇÃO DA CÁPSULA Santa Casa. O dispositivo permite cau
terizar vasos de menos de meio milíme
Interligar transistores e form ar contatos A brir janelas para contatos; depositar alumínio por metalização a tro com alta precisão e assepsia, cau
externos: vácuo, usando processo de máscara, etc... sando um mínimo de lesões ao paciente
O leiser de CO2, disse Wiola, opera con
Teste: Sistema de medição com microscópio e "ponteiras" especiais. 10.6 p (infravermelho) e tem seu raio re
fletido pelos metais, mas pode ser ate
Encapsulam ento: Corte da pastilha; solda da lâmina no soquete; solda dos contatos nuado utilizando cristais de cloreto àe
por ultra-som; encapsulamento.
sódio (sal de cozinha).
Noutra parte do estande encontr ¦
Fig. 6.4 — A interligação e a metalização ainda são baseadas em processo importado, mas o
teste já é desenvolvimento brasileiro. va-se em demonstração, por Álvaro
. Mofço'Aty -