Page 10 - Telebrasil - Março/Abril 1983

T B — E x i s t e d e m a n d a r e p r i m i d a n a
c e t e l
Roberto Morize Figueiró
T eleb rasil — C o m o e m p r e s a
d o r a d e s e r v i ç o s d e T C s
s e m p e n h o d a C e t e l e m
R oberto M orize Figueiró — Embora
no decorrer de 1982 não tenha havido
acréscimo de terminais instalados, a
Cetel, na realidade, encontrava-se em
"p erío d o de gestação” para ativar
15.600 novos terminais, o que ocorreu
no dia 25 de março últim o, quando
foram inauguradas as estações de A l­
vorada (10.400 terminais) e São Conra-
do (5:200 terminais). Esteve a Cetel,
portanto, empenhada durante o ano de
82 em proporcionar a disponibilidade de
um serviço essencial de infra-estrutura
— o telefone — à população da Baixa de
Jacarepaguá, contribuindo de forma po­
sitiva para a transformação dessa área
num grande pólo de desenvolvimento
urbanístico do Rio de Janeiro. O tele­
fone, como veículo de comunicação, re­
força a tese de que não deve ser encara­
do como "efeito” e sim como "causa” do
progresso. Temos assim a absoluta con­
vicção de que a Cetel está contribuindo
de forma inconteste para o desenvolvi­
mento do nosso Estado.
Convém acrescentar que, além dos
serviços de implantação desses 15.600
terminais, a Cetel instalou 4.652 novos
telefones compartilhados e entregou ao
público o primeiro F o n e S h o p C e t e l , que
modificou totalmente a sistemática de
atendimento ao usuário, com a introdu­
ção do atendimento personalizado. Ou­
tro acontecimento importante consti-
tuiu-se num marco histórico na evolu­
ção das telecomunicações ópticas: a
inauguração do primeiro enlace de fi­
bras ópticas entre as Centrais de Ja-
carepaguá e Cidade de Deus. Isso foi
possível graças ao trabalho integrado de
pesquisa e desenvolvimento da Uni-
camp, do CPqD, da Telebrás e da indús­
tria Condugel. Este sistema foi todo ele
desenvolvido, implantado e operado
com tecnologia inteiramente nacional e
deverá ser, a curto prazo, empregado em
escala comercial. Enfim, a operação do
á r e a d e c o n c e s s ã o d a C e t e l ? E m c a s o
a f i r m a t i v o , c o m o e s t a p o d e r á s e r a t e n d i -
d a ?
RM F — Entende-se por demanda repri­
mida aquela que engloba os conceitos de
acumulação e impossibilidade de aten­
dimento. Não é o caso da Cetel. Existem
casos não atendidos, mas que não se ali­
nham a "nós”. Os projetos em execuçáo e
os recentem.ente concluídos em breve
estarão descongestionando inteira­
mente os pedidos de novas instalações e
de transferências ainda não atendidas.
TB — Q u a i s o s n o v o s s e r v i ç o s c r i a d o s
p e l a C e t e l ?
R M F — A implantação do telefone se-
mipúblico, a Discagem Direta a Cobrar,
a já mencionada F o n e S h o p C e t e l , que se
Área de concessão da constitui numa nòva era em matéria de
Cetel, no Município do comercialização de serviços, o Fone-
Rio de Janeiro, incluindo -Pag, etc.
a estação transportável
p r e s t a ­ existente em Sepetiba,
c o m o f o i o d e ­ que atende também TB — Q u a i s a s p r i o r i d a d e s q u e a C e t e l
1 9 8 2 ? Barra e Pedra de a t r i b u i p a r a o s d i v e r s o s s e r v i ç o s q u e a
Guaratiba. e m p r e s a o f e r e c e ?
ESTAÇAO EXISTENTE
ESTAÇÃO J !
TRANSPORTÁVEL EXISTENTE
Sistema Cetel, em 1982, caracterizou-se R M F — Fundamentalmente, como
por uma melhoria dos índices operacio­ aliás não poderia deixar de ser, princi­
nais, uma atenção especial aos grandes palmente na atual conjuntura, temos
usuários e uma oferta crescente de ser­ dado prioridade aos investimentos que
viços de boa qualidade e em quantidade possam aproveitar, ao máximo, a in­
compatível com o crescimento das áreas fra-estrutura já existente, de modo a ob­
atendidas pela empresa. ter-se maior retomo no menor prazo. Há
três anos que a Cetel vem realizando
TB — A C e t e l , d e n t r o d e s u a á r e a d e seus investimentos sem tomar emprés­
a t u a ç ã o , t e m b o a r e n t a b i l i d a d e ? timos no exterior ou na rede bancária
R M F — É a empresa que tem a menor nacional. E claro que a Cetel também
renda por terminal do Sistema Tele­ não ignora o aspecto social que lhe cabe
brás. Isso se explica pelas peculiarida­ e, por isso, tem procurado dar acesso dos
des da área de concessão. Apesar de ocu­ seus serviços aos usuários mais caren­
par 89% do Município, a Cetel abrange tes, que não podem, por motivo9 finan­
uma área pouco industrializada, onde o ceiros, dispor de um telefone regular
comércio ainda é muito incipiente para próprio. Assim, tem ampliado o número
gerar uma boa receita. Mas isso é com­ de telefones públicos, e lançou o telefone
pensado pela pequena despesa com cada compartilhado e o telefone comunitário.
terminal, a menor de todo o sistema. Por
outro lado, qualquer aumento tarifário TB — C o m o a C e t e l t e m e m p r e g a d o i
que pudesse apresentar maior receita i n f o r m á t i c a p a r a s e u a p e r f e i ç o a m e n t o
para a Cetel traria ônus para o usuário e a d m i n i s t r a t i v o ? í
isto está fora de cogitação. R M F — Para dar conta de seu cresci**