Page 56 - Telebrasil - Julho/Agosto 1983

s a o e s s e n c i a i s

a o d e s e n v o l v i m e n t o

e c o n o m i c o

-

Discurso de abertura do Secretário

Geral do Ministério das Comunicações,

Rômulo Villar Furtado.

A Telebrasil vem se afirmando a

cada dia como uma organização, uma

entidade representativa dos anseios da

comunidade de comunicações no Brasil,

náo só no seu segmento ligado à explora­

ção dos serviços de telecomunicações, ' \

t
mas também no seu importantíssimo

segmento industrial que representa,

sem dúvida nenhuma, uma das maiores

conquistas estratégicas do setor das

telecomunicações, ou seja, a consolida­ t

ção alcançada no setor de indústria 6 i D E B A T E

deste país, na área de telecomunicações.

E uma vez mais reafirmando a oportu­ T E L E B R A S IL TELEB

nidade e a propriedade da escolha dos

tem as de debates, a Telebrasil nos

brinda agora, uma vez mais, com temas

da mais alta importância como nos in­

dica o programa: As Telecomunicações e

a Agricultura; as Telecomunicações e a

Produtividade; as Telecomunicações e a "A política industrial do setor de comunicações vem sendo e é, ainda hoje,

Indústria; e as Telecomunicações e o extremamente bem sucedida” , afirmou Rômulo Villar Furtado, Secretário Geral

do Minicom, no pronunciamento de abertura do 6.° Debate. Na mesa (E-D), Hélio
Momento Político Nacional.

Há poucos segundos, me referi a Estrella, do Minicom, e Alencastro e Silva, presidente da Telebrás.

enorme conquista estratégica que re­

presenta a consolidação de uma indús­

tria nacional de telecomunicações no tica que pode ser considerada como ex­ tituem na infra-estrutura básica e es*

Brasil. Eu me estenderia apenas por tremamente bem sucedida, tendo atin­ sencial para o processo de desenvolvi­

mais alguns instantes sobre esse tema, gido plenamente os seus objetivos, náo mento econômico do país. E, mais do que

para reafirmar, nessa oportunidade, apenas na produção no país dos equipa­ isso: nele se apoiam a difusão da infor­

que o modelo industrial de telecomuni­ mentos, mas pela produção no país de mação que se processa através de outro

cações e a política industrial do setor de equipamentos por indústrias controla­ setor sob a responsabilidade do Minis­

comunicações vem sendo e é, ainda hoje, das por capitais brasileiros, que foi um tério das Comunicações, a radiodifusão,

uma política extremamente bem suce­ objetivo desde logo incluído na Lei n.° que se apóia nos meios de comunicação

dida. A nossa política industrial permi­ 4.117 de 1962, a lei básica de telecomu­ públicos e privados e se constituem num

tiu que, no curso dos últimos 15 anos — nicações. elemento fundamental neste processo

e essa política encontra as suas raízes O ternário desse encontro também de evolução política. Eu acredito, por­

ainda no nosso velho Contei —, se pu­ aborda o momento político atual. Eu en­ tanto, que a conscientização nossa para

desse consolidar no país uma indústria tendo que de todos os setores de ativida­ as responsabilidades do momento polí­

capaz de atender a todos os itens de con­ des no Brasil é demandada uma parcela tico atual é uma obrigação que se im­

sumo do nosso setor. Temos, portanto, de responsabilidade crescente em rela­ põem a cada um de nós e a todas as nos­

capacidade de produção no país de prati­ ção à evolução política e social de nosso sas entidades, porque temos uma res­

camente todos os itens, elementos e país. Mas, eu entendo que o setor de ponsabilidade a cumprir neste processo

equipamentos necessários ao setor de telecomunicações tem uma parcela de consolidação democrática que vem

comunicações. Mais do que isso: em muito significativa neste processo. Por sendo implantado e implementado pelo

anos mais recentes foi possível, com esta um lado é um setor que hoje congrega Presidente João Figueiredo em nosso

política realista, assegurar a nacionali­ mais de 100 mil empregados. Isso fala país.

zação do capital e do controle acionário por si só, é uma parcela da comunidade Eram essas as palavras iniciais que

de grandes empresas transacionais aqui brasileira, não apenas numericamente, desejaria endereçar a esta audiência no

im plantadas. Sem nenhum traum a, mas qualitativamente muito represen­ momento mesmo em que se iniciam os

com objetividade e com resultados que tativa. Porém, os meios de comunicação, trabalhos deste 6.° Debate da Tele­

aí se apresentam. É portanto uma polí- pelos quais somos responsáveis, se cons­ brasil.