Page 21 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1983
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Entrevistas concedidas
ao diretor-geral
da Revista Telebrasil,
José Raul Allegretti.
Russos, poloneses, ucranianos, húngaros, romenos, bálticos,
italianos, alemães e, naturalmente, portugueses compunham o
painel de povos que se transformara a população dos Estados
de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. O Paraná que
até meados do Século XIX pertencia à Província de São Paulo
e possuía menos de 30 mil habitantes começou, a partir de
1880, a receber imigrantes das colônias de Santa Catarina.
Em contraste com o Norte e Nordeste, as telecomunicações na
região Sul do País — como os demais setores da economia
também se desenvolveram num índice bem maior,
nacional—
obviamente para onde foram carreados maiores
investimentos, principalmente tecnológicos e de recursos
humanos. A Telebrasil visitou, recentemente, os Estados de
Santa Catarina e Paraná e pôde constatar pessoalmente o
progresso das TCs na região. Esse desenvolvimento
entusiasma Douglas de Macedo de Mesquita e Gilberto
Geraldo Garbi, respectivamente presidentes da Telesc e
Telepar. Para o primeiro, tfenfrentar a atual crise econômica
por que passa o país é preciso ter-se reservas. Uma delas a
Telesc tem comprovada e abundantemente: é esse espírito de
equipe, a certeza da unidade de propósitos, que anima todos
os escalõesff. Para 1983, o presidente da empresa prevê a
instalação de outros 2 mil canais interurbanos, que irá
totalizar quase 8 mil deles. Além disso, a Telesc vai investir
cerca de 1 bilhão de cruzeiros na continuidade
do Plano de Telefonia Rural.
apesar
Já o presidente da Telepar, Gilberto Geraldo Garbi —
de dirigir uma das mais organizadas empresas-pólo do
não
Sistema Telebrás e de ser um entusiasta do setor —
comunga do mesmo otimismo demonstrado pelo seu colega da
Telesc. Para ele, a restrição de investimentos impostos pela
Seplan é a responsável pela limitação de um maior
desenvolvimento das TCs no Paraná. Em sua entrevista à
Telebrasil, Garbi também dá sua opinião pessoal sobre a atual
política salarial e se diz temeroso de que o setor trvenha sofrer
interferências políticas nefastas”.