Page 69 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1982
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Parábolas de alto ganho exigem
                                                       tolerâncias mecânicas precisas; na foto
                                                       refletor com alimentação do tipo
                                                       Cassegrain, com movimentação azimutal
                                                       de 360° e em elevação de 180.°.




                                                          D e s e m p e n h o  d o  T e r m in a l
                                                        O desempenho do terminal terrestre
                                                       é função da expressão G/T (Ganho sobre
                                                       Temperatura de ruído):
                                                                   otpGx
                                                       G/T
                                                            «T a  +  (1  -   T„)  +  (N - 1) T„
                                                       em que:
                                                       t0 — temperatura de referência
                                                       a — perdas de acoplamento
                                                       TA — temperatura efetiva da antena
                                                       Gt — ganho efetivo da antena
                                                       3 — erro de polarização ou de aponta­
                                                       mento
                                                       N — figura de ruído do receptor
                                                        A relação G/T deve ser especificada
                                                       para uma determinada freqüênçia e ân­
                                                       gulo de elevação da  antena.  Ângulos
                                                       baixos significam temperaturas de ruí­
                                                       do mais altas. A relação G/T depende da
                                                       potência efetiva irradiada pelo satélite
                                                       (EIRP) e da largura aceitável do feixe da
                                                       antena (significa ganho), para não errar
                                                       a "pontaria” do satélite.  Recomenda-se
                                                       um  mínimo de 2”, sendo que a antena
                                                       deve ficar apontada para o satélite com
                                                       uma precisão maior do que 0.5“. As ante­
                                                       nas, a que nos referimos, são constituí­
                                                       das geralmente de  refletores parabóli­
                                                       cos e alimentadas diretamente no foco
                                                       primário ou via um sub-refletor secun­
                                                       dário (Cassegrain).  A superfície do re­
                                                       fletor deve ser precisa e não deve des-
                                                       viar-se mais do que X./10 do perfil ideal,
                                                       sob pena de perda de ganho e de diretivi-
                                                       dade (\ é o comprimento de onda em que
                                                       opera a antena).
                                                        Para os primeiros estágios de baixo
            Cálculo típico de um enlace satélite-terra.  ruído empregam-se diversos dispositi­
                                                       vos, que por si só conduzem a tempera­
                                                       turas de ruído típicas de:  10°K  (Maser
                ITEM                  DESEMPENHO       criogênico); 35”K (amplificador paramé­
                                                       trico refrigerado); 120° a300°K (amplifi­
    G/T 30“ de elevação                       11.8 dB'K  cador paramétrico  não refrigerado);
     EIRP do Satélite                         47.2 dBw  530°K (diodo de túnel).
    Atenuação do trajeto                      205.4 dB   O ângulo de elevação de uma antena
    Perdas por efeito tropo                   0.2 dB   é função da posição relativa da estação
     Atenuação chuva 199.9% por mês)          2.0 dB
    Ganho de antena de recepçáo               40 5 dB  terrena e do satélite.  Uma antena,  no
     Perda de direcionalidade                 2.0 dB   Equador, em baixo do satélite, terá um
     Energia da portadora recebida nos terminais da antena  ângulo de 90°, ao passo que nas regiões
     Temperatura de rufdo do Equipamento Externo (4dBi   -  121.9 dBw  árticas tenderá a ver o  mesmo satélite
     Temperatura de ruído do sistema (inclui 30K para lóbulos  sob um ângulo rasante. Ângulos baixos
     secundários recebendo ruído da Terra)    438 K    (menores que 10’) não são convenientes,
     Relaçáo (PortadoraT)                              por aumentarem a atenuação na atmos­
     Relaçào sinal/ruído balanceada           500K     fera, além de acrescentar o perigo de in­
                                             -   148.9 dBw/K
                                              39 dB    terferências com os sistemas de  micro­
                                                       ondas terrestres.       |
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