Page 64 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1981

5.2.4. Redes Digitais de Comutação de Circuitos As redes de comutação de pacotes, além de apresentar uma

versão de serviço que suporta o protocolo CCITT X-25, ofere­

Ainda existem controvérsias quanto à instalação de redes mo­ cem outras opções que suportam outros protocolos, assíncro­

dernas de comunicação de dados, alguns optando por comu­ nos ou síncronos, mormente aqueles anteriormente utilizados

tação de circuitos, outros por comutação de pacotes, existindo pela IBM em seus terminais, como, por exemplo, a série 3270.

até redes híbridas, onde coexistem essas duas tecnologias.

Dentro dessas opções, torna-se possível a conexão da rede de

Na Europa, existe a rede Nórdica, utilizando comutação de comutação de pacotes à rede telefônica e à rede telex.

circuitos.

Existem norm alm ente duas form as de acesso via rede

No Canadá, a CNCP implantou a rede Infoswitch, que com­ telefônica:

bina as duas tecnologias. • Acesso discado público;

• Acesso discado privado;

Tal rede oferece os seguintes serviços:

No acesso discado público, qualquer terminal pode acessar

• Infoexchange (Comutação de circuitos). qualquer computador host, bastando discar um código de uso

• Infogram (Comutação de pacotes suportando o protocolo geral. Essa forma de acesso só permite conexões do tipo circui­

CCITT X-25). to virtual comutado.

• Infocall (Comutação de pacotes, suportando outros proto­

colos, assíncronos ou síncronos). O acesso discado privado está associado à utilização da opção

"grupo fechado de usuários", que é a entidade responsável

A Bell Canadá, aproveitando-se da sofisticação operacional pelo pagamento dessa facilidade.

das novas centrais telefônicas (DMS-100), em fabricação pela

Northern Telecom, sua associada, pretende introduzir o ser­ Assim, os terminais da rede telefônica só podem atingir, atra­

viço CSDDS — Circuit switching digital data Service, — que vés um acesso discado privado, um determinado computador

deverá operar a partir de 1982. host (ou a um grupo determinado de computadores host).

•
E no acesso via rede telefônica que as redes de comutação de

5.2.5 Redes de Comutação de Pacotes pacotes encontram, atualmente, uma grande utilização, no

atendimento a sistemas timesharing e a bancos de dados.

A comutação de pacotes geralmente opera dentro do conceito

de "circuito virtual", isto é, uma conexão lógica entre os termi­ Na conexão direta de terminais à rede de comutação de paco­

nais, em oposição à comutação de circuitos, onde ocorre, tem­ tes, podemos citar diversas aplicações, como controle de esto-

poral ou fisicamente, uma conexão fixa bidirecional entre os ues, verificação de créditos, perguntas e respostas, pontos-

dois pontos.
e-venda e controle de ordens de compra, dentre outras, que

podem ser classificadas dentro dos sistemas funcionais intera­

Existe também a forma de operação denominada Datagram, tivos on-line e entrada remota/coleta de dados.

*
onde os pacotes são endereçados individualmente, e seguem

trajetórias dentro da rede. E uma opção pouco utilizada inter­ Algumas aplicações interativas on-line mais críticas, como,

nacionalmente. por exemplo, sistemas de caixa bancária, informações de pre­

gão de bolsas de valores e reservas de passagens aéreas, não

estão ainda sendo atendidas satisfatoriamente por redes pú­
Na conexão por circuito virtual, os pacotes atingem o terminal
blicas de comutação de pacotes, permanecendo o seu atendi­
de destino, mas transitam por facilidades que são automatica­
mento por redes privadas.

mente alocadas a outras chamadas, quando não há tráfego.

Assim é que, quando não há transmissão, as facilidades desti­

nadas ao percurso inverso são aproveitadas por outras chama­ A par dos serviços de comunicações de dados acima apresen­

das, otimizando a sua utilização. tados, vale mencionar separadamente um novo serviço, o Vi-

deotex, no qual as empresas de telecomunicações podem as­

sumir funções antes desempenhadas por outras entidades.

Existem dois tipos de circuitos virtuais:

• Circuito virtual comutado; 5.3. Videotex

• Circuito virtual permanente.

O Videotex é um serviço que utiliza a rede telefônica normal

para permitir o acesso interativo de terminais televisores a

O circuito virtual comutado é aquele em que o circuito é defi­ uma grande variedade de informações disponíveis em um

nido livremente entre dois terminais, quando do estabeleci­ banco de dados.

mento da chamada.

Há quatro elementos compondo o sistema:

No header do primeiro pacote transmitido, vão as informa­ • Os terminais de usuários;

ções que possibilitam o estabelecimento do circuito virtual. • Os terminais dos supridores de informação;

• O banco de dados;

Na opção "circuito virtual permanente", o terminal de origem • A rede telefônica.

se encontra permanentemente associado ao terminal de des­

tino, e vice-versa, como em um circuito ponto-a-ponto. Os terminais são televisores normais, providos de uma uni­

dade de controle, que funciona como uma interface para a re­

Há uma opção intermediária, conhecida como "Cham ada de telefônica.

direta", onde apenas o terminal de origem está associado ao

de destino, podendo este último se conectar com outros termi­ As informações contidas no Videotex provêm de várias fon­

nais. tes, sendo que, essas fontes são conectadas diretamente ao }