Page 37 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1981

Uma faixa do mercado, que merece
No tocante à PL a que se pode ter aces
consideração especial, é a dos micro­

processadores, nos quais parte da pro­ çõeas(aPLnad3 ‘elecomunica-

gramação lógica já vem memorizada no de b ts rnH9 r 3 T S ? d0 ^ue uma séfie

próprio componente. Neste caso, o n n n f - C? ddlcados)' será criado um

componente é praticamente o equipa­ saída d T tT defCont,role Para entrada e seco m

mento, como por exemplo, acontece saída da teleinformática do país As li­

numa máquina de calcular. gações permanentes de teleinformática

internacumaL terão que ser previa­

mente autorizadas pelo estado F
A SEI reservou este mercado para a in­

dústria nacional, que a nível internacio­

Os Componentes Políticos
nal é explorado por empresas como a

1 erante o modelo brasileiro de infor­
Xerox, HP, Olivetti, Texas e agora pela

mática, existem vários posicionamen­
própria IBM.

tos. as multinacionais clamam que a re­

serva de mercado e as restrições à im-
A Programação Lógica
portação limitam sua capacidade de
A programação lógica envolve duas
produção; as empresas nacionais já es­
áreas distintas: a básica e a de aplica­
tabelecidas dizem que a entrada de no­
ção. A PL assume cada vez maior im­
vos parceiros, (como no caso dos micro­
portância, pois seu desenvolvimento
processadores) ameaça pulverizar o
representa um custo proporcional­
mercado; os usuários se preocupam

mente superior ao dos próprios equipa­
com o perigo de custos altos, devido à

mentos. Uma série de problem as,
criação de cartéis e aos problemas de

como o direito autoral e a inviolabili­ escala; e as autoridades que estudam

dade dos dados, é ainda objeto de dis­ como fiscalizar efetivamente a trans­

cussão e análise nos círculos internacio­ ferência de tecnologia. Enquanto isso,

nais, o que torna difícil equacioná-la. a Abicomp estima que a indústria na­

cional e a nacionalizada ou radicada no

A orientação, ainda em estudos, é a de país — que produz computadores de

deixar vir do exterior a PL básica incor­ todos os portes, componentes e peri­

porada aos com ponentes, cadastrar féricos — deverá faturar este ano Cr$

toda PL sendo comercializada no país, 110 bilhões. A participação da indústria

dar incentivos a quem importá-la ofi­ nacional deverá crescer de 16% em 80,

cialmente e promover o desenvolvi­ para 35% em 81. ^ j| jp

mento nacional da PL na área de aplica­

ções. (JCF)

DEBATE! O professor Nogueira Faria, catedrá­

tico da Faculdade de Administração e

Finanças da UFRJ, disse em Recife que

o computador foi criado para cobrir o

desnível entre as pretensões do ho­

Os robôs ou máquinas sjuperauto- mem e sua capacidade cerebral. Existe,

máticas comandadas por microproces­ no entanto, uma "doença computacio­

sadores diminuirão a m ão-de-obra nal", transmitida aos que trabalham

com a máquina, que os faz pensar que
direta. As fábricas que os utilizam, diz

têm poderes sobrenaturais ...
o presidente da Prodenge, E. Ângelo,

visam aumentar os níveis de produção, a
_ já se prevê que com a telemática ocor­
reduzir os custos e consolidar e ampliar
rerá o que aconteceu com a televisão.
seus mercados. Para o Cel. J. Brizida,
Quando criada, muitos julgaram que
da SEI, a introdução da automação no
jamais seria comercializada e seu custo
Brasil vai se fazer gradual e lentamente.
seria altíssimo; depois transformou-se

num gênero de primeira necessidade,
A reserva de mercado, afirmou E.
mesmo para as famílias pobres, (JB em
Landim da ADP Systems, dá aos fabri­
Editorial de 08.11.81.).
cantes nacionais uma situação privile­

giada, que acaba gerando produtos
• Apesar do Brasil contar com mais de

caros e de tecnologia obsoleta.
600 doutores em física, estes pouco

contribuem para o desenvolvimento 5 se ico m

Octavio Gennari Neto, secretário da
industrial do país, segundo S.M. Re- S e r v i ç o s , E n g e n h a r i a e I n s t a l a ç ã o d e

SEI, declarou que o empresariado não zende, coordenador de informática do C o m u n i c a ç õ e s S . A

deve temer a pulverização do setor, de­ R u a S à o J o s é , 3 7 S a n t o A m a r o - S é o P a u l o • Brasil
CNPq. O país tem um parque indus­

vendo ocorrer no futuro fusões, incor­ trial que não procura desenvolver tec­ C E P 0 4 7 4 0 P A B X ( 0 1 I I 5 4 8 9 2 2 2 T E L E X ( 0 1 1 1

porações e até desistências, a exemplo 3 2 7 4 S C O M B R
nologia própria.
do que ocorre no mundo.