Page 36 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1981
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O m o d e l o b r a s i l e i r o d a i n f o r m á t i c a
O Brasil, como outros países, está con cesa da Logabax), a Sisco (com emula dos, como a mecânica-fina, a SEI ado
vencido da importância estratégica, so ção da tecnologia da Data General ame tou a estratégia de aprovar os projetos
cial e econômica advinda do processa ricana) e a Cobra (com tecnologia ingle de desenvolvimento, e depois, os de fa
mento eletrônico da informação. Para sa da Ferranti). bricação.
tanto, delineou um modelo brasileiro de
inform ática, que considera três ele A transferência de tecnologia, a ser efe Através de atos normativos, a SEI re
mentos básicos: os componentes ele tuada em 5 anos, prevê uma importa servou o mercado para dezoito produ
trônicos, os equipamentos e a progra ção inicial do equipamento seguida de tos, visando sua produção no país. A
mação lógica. uma fase de montagem de módulos lista inclui mini e microcomputadores,
(SKD), depois de componentes (CKD), diversos tipos de terminais, modems,
O s C om ponentes Eletrônicos e finalmente o desligamento do forne processadores de comunicação, multi-
No tocante a componentes, dois fabri cedor original. A maioria dos fabrican plexadores digitais, concentradores,
cantes— o Grupo Itaú ea Cia. Docas de tes encontra-se na fase CKD, desenvol teleimpressores (acima de 75 bauds),
Santos — deverão instalar um pólo ele vendo seus equipamentos a partir de fac-símile, equipamentos de sigilo e
trônico em Campinas, apoiado por um componentes microprocessadores. A para controle de processo.
Instituto de P&D em microeletrônica, Cobra, empresa estatal, enfatizou a
com a participação da USP e da Uni- pesquisa própria, evoluindo para o mo A análise dos pedidos para a fabricação
camp. delo 400, baseado no Sycor e para o 500 de produtos levará em conta se a em
(da ordem de 1 megabite) baseado no presa possui capital que se ajuste ao
O s Equipam entos G-10, desenvolvido na PUC. projeto, se o controle do capital social
Os equipamentos correspondem aos está sob titularidade de pessoas físicas
processadores eletrônicos de dados e A área dos grandes e médios computa residentes e domiciliadas no país e se
aos seus elementos periféricos. Quanto dores (ácima de 2 megabites) ficou com será utilizada tecnologia desenvolvida
aos primeiros, o mercado de minicom as transnacionais, tais como a IBM, a no país (o que poderá ser relevado em
putadores (até 1 megabite) foi reser Burroughs e a Univac. alguns casos). Uma série de outros cri
vado para cinco empresas nacionais: a térios foram fixados para avaliar os pe
Labo (com tecnologia alemã da Nyx- Para os equipamentos periféricos, ou didos, tais como: qual o índice de nacio
dorf), a Ldisa (com tecnologia japonesa que alguns requerem alta tecnologia e nalização previsto, qual a disponibili
da Fujitsu), a SID (com tecnologia fran outros necessitam requisitos sofistica dade de programação lógica etc...
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V
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EQUIPAMENTO
OS COMPONENTES PROCESSADORES PERIFÉRICOS ' PROGRAMAÇÃO
ELETRÔNICOS ELETRÔNICOS LÓGICA
Importação • Grande e médio • Reserva de Importação
controlada portes com as mercado controlada
transnacionais
• Fabricação • Progressivo Criação de
nacional em • Minis: desenvolvimento cadastro
Campinas — Reserva de mercado de tecnologia nacional.
— Absorção de tecnologia Adaptação de
Desenvolvimento e — Desenvolvimento nacional micros com PL
pesquisa apoiada progressivo
pela USP e Unicamp Nó internacional
• Microprocessadores: para controle da
— Reserva de mercado teleinformática
Incentivos à PL
de aplicação, de
produção nacional