Page 20 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1981

O s e x p o s i t o r e s f a l a m

d a f e i r a d e e q u i p a m e n t o s

A F e i r a d e E q u i p a m e n t o s p r o m o v e u c o n t a t o s

c o m e r c i a i s b a s t a n t e b o n s , d i a n t e d o p o u c o

t e m p o d i s p o n í v e l p a r a v i s i t á - l a . O s t e l e g r a m a s

r e c e b i d o s p e l a T e l e b r a s i l , a t é a g o r a , d á o c o n t a

d e u m v o l u m e d e t r a n s a ç õ e s e f e t u a d a s d a o r ­

d e m d e 6 m i l h õ e s d e c r u z e i r o s , e d a e n t a b u l a -

ç â o d e t r a n s a ç õ e s d e c e r c a d e 4 0 b i l h õ e s e 4 3 0

m i l h õ e s d e c r u z e i r o s . A s d e l e g a ç õ e s e s t r a n g e i ­

r a s i n t e r e s s a r a m - s e m a i s p e l o s e t o r d e s e r v i ç o s ,

r e d e e x t e r n a , e q u i p a m e n t o s d e c o m u t a ç ã o e d e

s o m ; e m s e g u n d o p l a n o v i e r a m o s c o m p o n e n ­

t e s e l e t r o a c ú s t i c o s , d e e n e r g i a s o l a r e d e m e d i ­

ç ã o . A b a i x o r e p r o d u z i m o s a l g u n s d o s t e l e g r a ­

m a s r e c e b i d o s . Durante cinco dias, mais de 60 expositores mostraram seus pmdutos na Feira

de Equipamentos de TC.

A s d e le g a ç õ e s d e fora

Alberto Pais de Cardoso, Diretor-Geral dos Correios e Tele­ prias possibilidades, como neste caso, onde todos os países

comunicações de Portugal. têm um nível de desenvolvimento similar e onde as realida­

O Brasil é um país com uma indústria muito desenvolvida des sócio-económicas têm algumas semelhanças; segundo,

e praticamente independente no campo das TC. Na Feira, só ultima mente fala-se no diálogo Norte-Sul — mas para poder

apresentou as novidades, mas a maioria dos países aqui pre­ dialogar bem, é preciso saber elaborar os problemas, usar

sentes não tem ainda aquela indústria mais simples, como uma linguagem precisa. E esta linguagem só poderemos ela­

ferramentas de TC, que o Brasil tem suficiente para si e para borar analisando previamente e em conjunto nossos proble­

exportar. Este tipo de auxílio e melhor que seja dado pelos mas, para poder participar do diálogo mais amplo que co­

que estamos aqui presentes, que o fazemos de forma desin­ meça.

teressada.

Carlos Urquizo Bolanos, Gerente-geral técnico da Empresa

Margarida Pvora Sagna, Diretora dos Correios e Telecom, Nacional de Telecomunicações do Peru.

de Cabo Verde. • Como conceito, o Painel foi muito importante. Estou ou­

Participando deste Painel, tivemos a oportunidade de co­ vindo o enfoque de vários países e com isso, adquirindo uma

nhecer todo o esforço que tem sido feito neste país de forma a maior amplidão de critérios sobre como enfocar e resolver

limitar os custos de importação de equipamentos. É um pro- nossos problemas. Conheci uma série de equipamentos fei­

/ *
blema que gostaria de ver discutido numa próxima reunião: tos no Brasil, muito práticos para nós. O Peru tem pontos

alguma forma de cooperação, no sentido de países com ne­ acima de 4.000m e em condições de acesso muito difíceis,

cessidades similares, necessitando de equipamentos seme­ exigindo equipamentos de peso muito baixo, de manuten­

lhantes, fazerem concorrências internacionais conjuntas. ção simples e com um consumo mínimo de energia — enfo­

Cabo Verde, com uma população de 300.()()() habitantes, não ques que não foram dados pelos países mais industrializa­

pode desenvolver uma indústria de equipamentos de TC. dos, com uma problemática diferente. Por isso, acho que não

Agora, sabendo o que os outros países do grupo Sul produ­ é possível minimizar a idéia, o conceito do Painel.

zem, pode comprar deles os produtos, em melhores condi­

ções de custo e já adaptados às necessidades de nosso país.
Antonio Abello, Ministro das Comunicações da Colômbia.

Em poucos países do mundo pode acontecer o fato de em­
I

Al assa ne Dialy Ndiaye, Presidente da Empresa de Teleco­ presas oficiais associarem-se às empresas privadas, fabrican­

municações Internacionais do Senegal. tes de equipamentos de TC, com o propósito de fundar uma

Eu aprendi aqui muita coisa. Que eu saiba, é o primeiro associação. A simples formação desta entidade constitui, por

Painel organizado só sobre problemas de TC de países em si, um exemplo digno de ser imitado. Por outro lado, é do

desenvolvimento. E isto ó muito importante pelo seguinte: maior interesse a realização de conferências deste tipo. Aqui

prim eiro, uma troca de inform ações só é interessante pudemos debater e apresentar nossas experiências em TC,

quando o que é proposto é bastante próximo de nossas pró­ pudemos verificar que problemas e propósitos são comuns.