Page 24 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1981

B R A S I L I N V E S T C O M P R A A S E S A

M a r i o G a r n e r o f o i l í d e r e s t u ­

d a n t i l , d i r e t o r - j u r í d i c o d a

V o l k s w a g e n e a t u a l m e n t e

p r e s i d e o B r a s i l i n v e s t , c r i a ­

ç ã o b a s i c a m e n t e s u a , u m

b a n c o d e i n v e s t i m e n t o s q u e

a p l i c a e a r r i s c a s e u c a p i t a l n a

i n d ú s t r i a à m o d a d o s

" b a n q u e s d ' A f f a i r e s " e u r o ­

p e u s . O c a p i t a l , t a n t o o n a ­

c i o n a l q u a n t o o i n t e r n a c i o ­

n a l , é p u l v e r i z a d o . E n t r a n d o

n a á r e a d e t e l e c o m u n i c a ç õ e s ,

o B r a s i l i n v e s t c o m e ç o u l o g o

a d q u i r i n d o o c o n t r o l e t o t a l

d a S t a n d a r d e 5 1 % d o c a p i t a l

v o t a n t e d a N E C d o B r a s i l .

Mario Garnero: "O mercado brasileiro de TC tem um passado que recomenda o futuro. ti

TB — O que levou o Brasilinvest a com­ passado que recom enda o futuro — en ­ graçáo d o com putador com as comuni-

prar a Standard? tão este espírito nos leva a acreditar que caçóes será o grande passo do futuro,

o setor d e TC m ereça em preendim en­ uma convergência total. E achamos que

MG — A confiança numa política que, tos e investim entos maiores. o brasil, com as distâncias que ainda

eu acho, deu certo — a série de m edi­ tem a vencer, tem um passado curto

TB Km 79, o Sr. disseque, nos EUA., d ia n te d a s n ec essid a d es todas que
das ad otad as pela TELEBRÁS e p elo

numa pesquisa relativa aos últimos 30 ainda aí estão. Estamos fazendo agora
Min. das Com. que deu forças a em pre

anos, as TC' tinham surgido como a in­ um investim ento para o futuro, um in­
sas nacionais para com prar internacio­

dústria que dera maior retorno. 1 louve vestim ento que terá certamente efeito
nais. O qu e houve, no fundo, foi só ala

vancagem . Quando, em 70, nós vimos algum estudo prévio do mercado bra­ nas g erações futuras, inclusive sob o

sileiro, alguma extrapolação, que levou aspecto d e em presa.
a possibilidade de aquisição do contro­

o Brasilinvest a escolher esta área?
le da Standard d o Rio, e o fizem os con
TB — E porque o Brasilinvest, uma ins­
ju n tam en te com o gru po Pereira l.o-
tituição bancária?
pes, estávam os vendo que esta política MG — H ouve duas

estava fadada a dar certo. A Ericsson coisas im p ortan tes

tam bém foi nacionalizada e a NEC do n essa d ecisã o . Pri­ MG — N ós som os um banco sui ge­

brasil passou a ser controlada pelo pró­ m eiro, h o u v e um a neris. N ão som os um banco no sentido

prio brasilinvest. As condições de ala­ análise cuidadosa do p u ro d e a p lic a r d in h eiro , mas um

vancagem foram criadas pelo Min. das m erca d o brasileiro, banco qu e corre os risêos do empreen­

Com . e pela Telebrás, no sentido de qu e com o eu disse, dim ento d e que participa. Em sua con­

perm itir que em presas que vendam um tem um passad o que justifica um fu­ cepção, o Brasilinvest é um banco de

grande volum e para o governo brasilei­ turo. Hoje, está se falando que certos negócios. Tem os um braço financeiro

ro tenham seu controle em m ãos nacio­ países, com o a Arábia Saudita, estão que ajuda estas operações, mas funda-

nais. Eu acho que esta brasilinização foi d esen v o lv en d o g ra n d es e colossais mentalThente som os um banco onde o

aceita p or todos os em presários estran­ program as d e um m ilhão d e linhas tele­ risco inerente às atividades industriais

geiros que aqui estavam — não houve fônicas, mas nós estam os saben do que está presen te d esd e os primórdios das

desapropriação nem ação indevida do o brasil fez isto durante três anos con­ nossas atividades.

Estado — foi m uito mais uma posição secutivos e não teve nenhum a linha na

0
d e estím u lo a q u e eles am p liassem im prensa internacional. E este passado
TB — A Standard é uma empresa que o
su bstan cialm en te seu s m ercad os no que justifica o investim ento visando o mercado sabia estar no vermelho. Por­

brasil, dentro, é evidente, d e outras re­ futuro, p orqu e é real m en te um m er­ que foi esta a empresa escolhida?

gras. De m odo que a conjunção desta cado explosivo. E explosivo nesta área

política com um espírito em presarial d e TC, com o será no futuro na área de

aberto, que acredita qu e o Brasil está telem á tica — e n ós já esta m o s e n ­ M G — A idéia básica, ao comprar a

passan do p or épocas difíceis m as que trando, cuidadosa m en te, nesta área, Standard e com pletar a operação com a

tem um potencial extraordinário, prin­ com outros gru pos m as com m aioria NEC, foi a d e criar a Brasilinvest Tele­

cipal m en te na área d e TC — te ve um nossa — porque acham os que esta inte- com u n icações, qu e deterá 100% das