Page 34 - Telebrasil - Março/Abril 1981
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A tendência e evolução da indústria eletrônica através de contrabando, bastando ler os classi uma faixa de usuários muito limitada e carac-
japonesa mostra que o carro chefe é o video- ficados dos grandes jornais do Rio e São Pau teristicamente elitista.
gravador (VTR), cujo interesse e crescimento lo, onde proliferam os anúncios desses equipa Por tais razões, o Geicom e o CDI sempre se
são cada vez maiores, encontrando lugar em mentos, supostamente vendidos em caráter negaram a incentivar tais iniciativas que, na
todos os lares do mundo. Embora tenha 16 ocasional por particulares, mas cuja repetição, verdade, trazem em seu bojo uma acentuada
anos de idade, e somente há 6 anos esteja co nos mesmos endereços e telefones meses a fio, dependência às importações.
Já para o atendimento dos serviços profissio
mercializado, já existe uma gama enorme de caracteriza a operação comercial desses pro
nais de radiodifusão, ensino e valorização da
produtos paralelos disponíveis, que o coloca dutos.
como o produto mais importante da indústria Nas TABs— Tarifas Aduançiras Brasileiras, mão-de-obra, entre outros, o CDI e o Geicom
eletrônica de entretenimento do Japão, com o videogravador está, para fins de impor incentivaram e aprovaram a instalação no
um faturamento previsto em US$ 1.3 bilhão tação, classificad o segundo o código Brasil, ou mais precisamente, em Curitiba,
para 1981. Em 1978, a Sony e outras interes 92.11.04.00— “ Aparelhos de registro ou de de uma fábrica de equipamentos semiprofis-
sadas encomendaram ao Gallup uma pesqui reprodução de imagens e do som em televisão sionais. Mesmo assim, para esses aparelhos,
sa que indicou, para 1985, um potencial de por processo magnético’ ’— e sua importação indiscutivelmente mais elaborados e com
vendas nos Estados Unidos para 5 milhões de sempre esteve suspensa, agora renovada pelo tolerâncias mecânicas mais exigentes, foi im
domicílios e 2 milhões em 1980, o que de fato comunicado 80/35 — Cacex, de 29.12.80, à posto um índice de nacionalização inicial de
se confirmou. exceção do uso próprio das concessionárias 51 % e que no final do quarto ano atingirá
Outra pesquisa, conduzida, também nos Es de televisão ou para uso específico em proje 83%.
Tais aparelhos utilizam a mesma técnica de
tados Unidos, por Arthur Little, predisse que, tos de ensino em geral, ensino profissionali A
gravação e reprodução, porém com fitas de
por volta de 1985, os cinemas estariam ob zante, treinamento e desenvolvimento de re
3/4“ , ao invés das de 1/2“ , próprias dos
soletos, como resultado da preferência ma cursos humanos, com aprovação expressa do
aparelhos domésticos.
ciça do público pelos filmes da TV, através Ministério da Educação ou do Conselho Fe
A demanda nacional verificada até agora so
dos videogravadores, CATV e videodisco. A deral de Mão-de-Obra. No momento, são es-
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previsão também acusa uma queda violenta ses órgãos, e mais o Ministério das Comuni mente pode ser visualizada através das impor
nos preços dos videogravadores, como con cações, as únicas entidades autorizadas a per tações realizadas por esses usuários específi
sequência do crescimento acelerado das ven mitir a importação de videogravadores. cos que, para os equipamentos semiprofissio-
das. Os acontecimentos estão mostrando o Os videogravadores do tipo doméstico não nais, e, apenas como ilustração, é mostrada
acerto dessas previsões. são adequados ao interesse de qualquer dos no quadro desta página.
No Brasil, como nos demais países onde a serviços mencionados, por se tratar de apare O projeto em implantação da Sony prevê a fa
TVC já é uma realidade, a adesão aos VRC lhos sem os recursos exigidos pelas necessi bricação, no Brasil, de 4 tipos básicos de vi
está sendo um modismo rapidamente absor dades profissionais c sem a roubustez neces deogravadores, a saber:
vido. Embora não exista fabricação local, sária ao uso constante. São aparelhos destina VO-2850 PM
nem sua importação seja permitida, conta-se dos exclusivamente ao lazer, c cuja essencia- • Gravador/reprodutor com todas as facilida
aos milhares o número desses aparelhos, dos lidadc deve ser encarada, como aliás «empre des para edição telefônica, ideal para jor
mais diversos mexidos c marcas, já instalados foi, como absolutamente desnecessária e su nalismo eletrônico, equivalente ao BVU mais
nos lares brasileiros. Sua entrada no país é feita pérflua. acessíveis apenas ao consumo de sofisticado e que tem sido o modelo mais im
portado pela TV brasileira.
Importações cie videocassetes para uso em emissoras de TV
VO-3800 PM
Unidade portátil acoplada a uma câmera,
ideal para reportagens externas.
modelos ________ 1978 1979 1 totais
VP-2000 PM
• Apenas reprodutor de fitas gravadas — não
41 60 101
permite gravação.
Videocassete profissional de estúdio 37 BVU-200 BVU-200
(Fita de 3/4“ ) 4 HR -1060 VO-2600 PM
— Gravador/reprodutor, não dispondo de re
cursos de edição — ideal para programas de
17 24 41
Videocassete profissional portátil 15 BVU-100 BVU-100 ensino e treinamento.
(Fita de 3/4“ ) 2 HR-1020
Uma vez completada a implantação, as im
Videocassete scmiprofissional 30 64 94 portações brasileiras deverão ser bastante ali
de estúdio VO-2850 VO-2850-20 viadas, e os projetos na área de comunica
(Fita de 3/4“ ) VO-2610-44 ções, educação e empresarial poderão ser me
lhor desenvolvidos. O VTR a ser produzidoé
Videocassete semiprofissional especial mente concebido para uso em esta
portât i I 13 1 ções de TV, campo educacional e industrial.
(Fita de 3/4“ ) VO-3800 VO-3800 1 4 Por esta razão, seu uso é inadequado para fi
nalidades domésticas, como instrumento de
Videocassete só reprodutor entretenimento familiar, principalmente em
semiprofissional função do seu custo mais elevado e às carac
(Fita de 3/4“ ) 2 4 2 4 terísticas de precisão, desnecessárias ao uso
VP-2010
domiciliar. i f
totais
173 274 (Pesquisa e E ditoria Telebrasil Fonte
GEICOM )