Page 25 - Telebrasil - Março/Abril 1981

• garantir ao País a disponibilidade e a produ­

ção de insumos necessários ao setor;

• formar os recursos humanos necessários à

pesquisa, desenvolvimento, produção e em­

prego dos componentes semicondutores e seus

insumos;

• buscar a viabilização tecnológica e econó­

mica da produção de componentes eletrônicos

a semicondutor, tratando-a harmônica e inte­

gradamente, de forma sistêmica, a nível na­

cional.

Entre outras medidas, o decreto 85.790 esta­

belece também os critérios de similaridade de

produtos no setor, sem prejuízo da competên­

cia legal da Cacex. E, ainda, sobre a tarifação

aduaneira de produtos e insumos importados

pelo setor, sem prejuízo da dbmpctência legal

doCPA.

O decreto articula com o Conselho Nacional

de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

— CNPq a implantação de sistema de infor­

mações científicas e tecnológicas para o setor.

Ao Instituto Nacional de Propriedade Indus­

trial (INPI) caberá manifestar-se sobre os pedi­

dos de registro de marcas dessa área, para evi­

tar a superposição de produtos, criando “ uma

desnecessária concorrência no setor’ ’.

A subsecretária de Atividades Estratégicas fi­

cou com a respoi.sabi 1 idade de “ propor medi­

das para o tratamento adequado ao atendi­

mento das necessidades específicas das Forças
Mercado de microeletrônicos é de US$ 200 milhões anuais e cresce 30% ao ano.
Armadas, áreas estratégicas e de Segurança

Nacional, no setor de Informática e supervi­

sionar o exercício das competências relativas
ação de três empresas para produzir compo­ governo bancando as despesas do órgão, orça­
ao setor de microeletrônica’ *.
nentes microeletrônicos e insumos para o se­ das em US$ 10 milhões anuais, a preços

tor, como silício retificado para semicondu­ atuais, durante, pelo menos, três anos. O insti­
Foi também criado um grupo de assessora-
tores. tuto, que deverá funcionar junto à comunidade
mento, com o qual contará a Subsecretária de
científicae, também, à indústria, terá sede em

Atividades Estratégicas, para o planejamento
O mercado é cerca de US$ 200 milhões anuais, Campinas.

e implantação dos programas e projetos no se­
mas com um crescimento de 30% ao ano. Este

tor de microeletrônica. dado serviu de base para a proposta que a SEI Enquanto isso, aTransit Semicondutores S/A.

vai fazer a empresas privadas nacionais — única indústria brasileira com domínio tec­

Além de representantes dos ministérios da Fa­ como Companhia Docas de Santos, Sharp, nológico no setor, completou dia 10 seis me­

zenda e da Indústria e Comércio, do CSN, do grupo Itaú, Monteiro Aranha e Elebra, entre ses de total paralisação nas atividades de sua

SNI, do EMFA e da Seplan, o grupo também outros — para que criem três plantas industri­ fábrica, em Montes Claros.

contará com um representante do Ministério ais, associadas entre si ou de maneira indepen­

das Comunicações. Uma disposição interes­ dente, para produzir semicondutores, fibras O abandono da fábrica c completo, estando

sante do decreto é que o grupo poderá contar ópticas e outros componentes eletrônicos. entregue à poeira e correndo o risco de ser de­

com até mais cinco membros, a critério e por predada, e seus 350 empregados não recebem

designação do secretário-geral do CSN, O plano da SEI para desenvolver a tecnologia desde agosto e entraram na Justiça do Tra­

garantindo que, dos 12 membros do grupo, até necessária consiste na tentativa de comprar as balho.

6 serão designados pela mesma fonte. informações no mercado internacional, mas Construída em 1973. aTransit só veio a operar

esta saída começa a se tomar difícil, na medida em 1977. Após inúmeras dificuldades de colo­

O Plano Básico idealizado pela SEI para de­ em que os Estados Unidos — como informou cação do produto no mercado, decorrente da

senvolver, no Brasil, uma indústria de microe­ Oliveira Brízida — começam a impor restri­ acirrada concorrência por parte das demais 11

letrônica está apoiado num tripé que envolve ções para a venda dessa tecnologia. Resta, en­ produtoras de semicondutores no País (todas

reserva total do mercado para empresas de ca­ tão, tentar desenvolvê-la aqui, como quer multinacionais) c os cortes no credito a ela

pital nacional, desenvolvimento, no País, da Gennari Netto. O caminho é a criação de um concedido pelo BNDE, a Transit acabou por

tecnologia necessária para essa indústria e cri­ Instituto Nacional de Microeletrônica, com o ter de paralisar suas atividades. í í f