Page 32 - Telebrasil - Julho/Agosto 1981

O fundo
sem fundo
• O Ministro das Comunica­
ções, H aroldo Corrêa de
Mattos, reafirmou a decisão
do Governo em continuar in­
vestindo em outros progra­
m as fed era is os 30% do
Fundo Nacional de Teleco­
m u nicações, que inicial­
mente deveríam ser aplica­
dos em obras de ampliação e
manutenção dos serviços de
telefonia.
O fundo, criado em 1962,
previa o emprego de 30% da
arrecadação em contas dos
serviços telefônicos, na ex­
pansão e conservação do
próprio sistema. Porém, o
Governo decidiu canalizá-lo
totalmente a outras áreas,
segundo o Ministro das Co
municações, "por determi­
nação expressa da Presidên­
cia da República e Ministério
do Planejamento"
(Jomal de Brasília — 05.06.81)
• Os sistemas de telecomu­
nicação não são, ao contrário
do que se possa imaginar,
um luxo dispensável para
um país em vias de desen­
volvimento e regionalmente
d eseq u ilib rad o , com o o
Brasil.
Foi, aliás, em virtude da cria­
ção de uma consciência so­
bre a gravidade da questão
que surgiu o Fundo Nacio­
nal de Telecomunicações,
mediante taxas aplicadas so­
bre as contas de telefone e
telex e destinadas explicita­
mente à expansão, conser­
vação e aperfeiçoam ento
destes serviços. Mas não
obstante ser tão clara a desti-
nação da taxa, ela vem, há
tempos, sendo inteiramente
desviada para outros fins,
conforme voltou a reconhe­
cer, na quinta-feira, o Minis­
tro Corrêa de Mattos.
djornal de Brasília — Editorial —
06.06.81)
• "A s diretrizes nacionais
prevalecem sobre os interes-
s e s s e t o r ia is " , a firm o u
CPA's - Mais dústria nacional de teleco­
municações. Será com base
uma etapa nessse documento que o Mi­
nistério das Comunicações
• Anunciada, enfim, produ­ identificará os problemas do
ção das CPAs — O secretá­ setor e buscará as suas solu­
rio-geral do Ministério das ções.
Comunicações disse ontem
que até o final deste semes­ (Jom al do Brasil - 06-04-81)
tre poderá ser decidido o iní­
cio da produção industrial • O secretário-geral do Mi­
de centrais telefônicas por nistério das Comunicações
tem o Ministro das Comuni­ programação armazenada R ôm u lo V ilar Furtado,
cações, Haroldo Corrêa de (CPAs) temporais, já que o anunciou ontem a entrada
Mattos, ao responder às re­ governo está reestudando o em operação, ainda este
clamações dos empresários projeto que visa a fabricação ano, de um serviço de radio­
das áreas de eletroeletrônica desses equipam entos no difusão nas estradas, cuja
norma técnica já está pronta.
3 de telecomunicações. país.
Ao participar da X Feira de
Eletroeletrônica, Corrêa de Segundo Rômulo Vilar Fur­
Mattos afirmou que o Go­ tado, se essa decisão for to­
verno, empenhado em com­ mada, as empresas que de­
bater a inflação, vive hoje verão produzir as centrais
um dilema entre atender aos temporais são a Ericsson, a
anseios da indústria, ao Standard Eletric e Nec, que
mesmo tempo que pretende se associaram a em presas
evitar que as empresas esta- nacionais, estas com capital
ta js sejam acu sad as de majoritário, pois essas três
serem os principais agentes empresas venceram concor­
inflacionários da economia. rência de CPAs espaciais em
(O Globo — 25.06.81) 1975.
"A situação da indústria ele­ (Correio Braziliense - 25-04-81)
Uma emissora transmitirá
troeletrônica é tão dramá­ aos veículos informações so­
tica, que se corre o risco de
bre a situação da estrada,
ver um patrimônio já for­ • Com relação às centrais — como desastres, queda de
mado se deteriorar e voltar­
mos uma situação de 15 CPAs — a direção da Tele- postes ou barreiras, trechos
brás prevê que dentro de 24 esburacados e a previsão do
anos." A afirmação foi feita meses estes equipamentos tem po. Também poderão
ontem pelo M inistro Ha­ estarão operando no Brasil,
ser fornecidos dados sobre a
roldo Corrêa de Mattos, das sen d o que as em p resa s
Comunicações, durante a vi­ disponibilidade de cargas
Ericsson/Monteiro Aranha, para fretes.
sita à IO." Feira da Indústria Standard Electric e Compa­
Eletroeletrônica. O Ministro nhia Doca de Santos/NEC
(O G lobo -16-04-81)
disse que tem se esforçado serão responsáveis pela im­
ao máximo para fazer com plementação da produção
que esses recursos voltem •Para o Sr. Haroldo de Mat­
de equipamentos de comu­
para o setor. Este ano, o tos, a grande preocupação
Fundo Nacional de Teleco­ tação espacial (CPA) até que de seu Ministério é garantir a
a CPA temporal venha a ser
municações deverá arreca­ realidade tarifária para a
industrializada. Ela será de­
dar 60 bilhões de cruzeiros, telefonia e lembrou que sua
dos quais um terço será des­ senvolvida pelo centro de inexistência é a principal
pesquisa da Telebrás, em causa que levou o sistema
tinado à indústria eletroele­
São Paulo (CPqD). Telebrás a acumular uma in-
trônica.
s u fic iê n c ia tarifária de
Depois de admitir que as (Jornal do Brasil - 05-05-81) Cr$ 70 bilhões nos últimos
diretrizes nacionais devem
sete anos.
prevalecer sobre os interes­
ses setoriais, o Ministro da*
T em os de receber, pela
Comunicações salientou que Minicom
C onstituição, uma remu­
gostaria de encomendar um
neração de no mínimo 12%
milhão de novos terminais
• O Grupo Executivo Inter- para os nossos investimen­
telefônicos, o que geraria
ministerial de Componentes tos e a média de retorno tem
muitos empregos, mas tal
e Materiais — GEICOM está sido de apenas 6% — res­
medida não "está ao seu
fazendo, a exemplo do que saltou.
alcance".
fez em 1979, um diagnóstico
o n - (O Estado de Sáo Paulo — 25.06.81) c o m p le to da s itu a ç ã o d a in - (Jom al do Brasil - 24-04-81)