Page 17 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1980
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Alfredo Sirufo Colosimo
S i s t e m a s Ó t i c o s e m Engenheiro Eletricista — EEVA. Chefe da
Seção de Rádio e Multiplex do Departamento de
T e l e f o n i a Equipamento da CETEL/KJ.
Pedro Miguel Latiria Meira e Sá
Engenheiro Eletricista — EEVA. Atualmente na
P r i m e i r a s E x p e r i ê n c i a s d a Divisão de Comutação e Transmissão da
C E T E L — KJ.
C E T E L - R J e m M a n u t e n ç ã o
Este artigo visa, essencialm ente, a p re se n ta r as prim eiras
experiências práticas adquiridas pela CETEL/RJ, na manutenção
de equipamentos óticos aplicados à Telefonia. Para tanto, foram
reunidos alguns a s p e c to s te ó ric o s da Fibra Ó tica e dos
equipamentos óticos a ela acoplados, de modo a possibilitar a
perfeita compreensão do sistema como um todo.
Embora a CETEL/RJ só tenha um sis
tema ótico instalado em sua Planta, po
de-se prever sua aplicação em maior RI:VESTIMEN1 0 (NYL0 N|
escala sem necessidade de mandes al-
teraçôes na estrutura ele manutenção
hoje existente. Esta previsão baseia-se
no fato da CETEL/RJ possuir bastante
experiência em manutenção de equipa
mentos de Transmissão Digital em ca-
V .
bos multipares e que quase todos os
parâmetros de manutenção destes são
utilizados na dos equipamentos de
Transmissão Digital cm cabos de Li
bras Éticas.
1. Introdução Teórica 0,2 mm
. Fibra Ótica
/ . /
Tendo em vista as limitações de pro SEÇÁO TRANSVERSAL OE UM CABO COM QUATRO
TUBO COM FIBRA ÓTICA FIBRAS ÓTICAS
jeto dos meios de transmissão conven
cionais, largura de faixa e atenuação,
foi desenvolvido um meio de transmis Figura I — Constituição Je uni mbo óticas
são que minimizasse os problemas ci
tados anteriormente. As fibras óticas As fibras de vidro têm, ueralmente, um menor que C. A razão das duas veloci
apresentam ampla largura de faixa e núcleo de 0,06 mm, por onde a luz é dades é definida como o índice de re
baixa atenuação, ampliando, assim, as transmitida. Tais fibras, feitas de síli tração “ n” isto é:
limitações de projeto. ca, são muito resistentes; uma fibra, ao
ser terminada, é mais forte que o aço
? n = C^> I
— Características das Fibras Óticas: (para forças perpendiculares à seção
V
As fibras óticas são feitas tanto em vi reta da fibra). A figura 1 mostra a cons
dro como em plástico. As fibras plásti tituição de um cabo com quatro fibras De uma forma geral, n depende da fre-
cas tendem a ser mais baratas que as de óticas, que possui também dois pares qüência (cor) da luz.
vidro, mas também possuem uma de condutores de cobre (para alimenta Sabe-se ainda que:
maior atenuação. As fibras de vidro ção dos regeneradores de linha). A se V = \ f
são as comumente usadas em sistemas ção do tubo é vista de maneira a mos Onde:
de comunicação. trar o núcleo e o revestimento da fibra \ = compimento de onda
orcai: •• a
•
ótica. f = trequencia
Estas fibras de vidro (Si 02) possuem V = velocidade de propagação da luz
diâmetro da ordem de 0,2 mm e podem — Princípios de Propagação em Fi num meio qualquer. Observando-se a
ser fabricadas em componentes de até bras Óticas: fig. 2 e a partir da teoria eletromagné
1 Km. Para fibras mais longas, esses A luz percorre o vácuo sempre a velo tica, determina-se que a luz será total
pedaços de 1 km devem ser conectados* cidade constante C; a velocidade da m ente refletid a, se n2 > nl e se
entre si. luz, V, em qualquer material, é sempre 0 ’ < 7 < 90 %