Page 19 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1980
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da aceitos para serem propagados. A
partir da fig. 4, verifica-se que um raio
de luz que penetra em uma fibra ótica,
a um certo ângulo “ a” , deve percorrer
uma distância igual a L/cos a, para que
atinja a outra extremidade de uma fibra
de comprimento L. Deste “ Modo” , os
raios que entrarem a ângulos maiores
alcançarão a extremidade da fibra mais
tarde que os raios capturados a ângulos
menores.
Isto é caracterizado de “ dispersão
modal” e constitui um fator que reduz
a largura de banda do sistema. A dis
tância total percorrida por cada um
destes “ Modos” difere, de maneira
que, se um pulso de energia luminosa
for transmitido à fibra, ele será divi
dido entre os “ Modos” e chegará na
A curva mais baixa, na figura 6, repre
outra extremidade disperso no tempo,
senta a atenuação da luz, devido a cer
conforme ilustrado na figura 5.
P u lso tas propriedades do material (curva
D isp erso ideal). Portanto, não podemos esperar
Combate-se a dispersão modal, ten no T em p o .
tando confinar a propagação do pulso jamais poder fabricar uma fibra com
do sinal a apenas “ um Modo” , para Figura 5 — Representação uma atenuação inferior a esta, que é
alargamento de pulso devido t) dispersão em mínima.
lelo ao eixo da fibra. Isto pode ser ob
uma fibra
tido. reduzindo-se o diâmetro da fibra
e a diferença entre os índices de retra faixa de freqüência mais estreita que Note, também, que essa atenuação mí
ção fibra/revestimehto. O problema é um Led normal. nima cresce rapidamente com a fre
qüência. Conclui-se, assim, que não
que a fibrak k Monomodo'' fica mecani — A figura 6 mostra a atenuação para
camente frágil, além de ser mais difícil uma fibra de vidro de baixa perda. Os podemos aumentar a largura de banda
de ser fabricada. Outro método é tentar picos de atenuação são devidos à ab do nosso sistema ao elevar a freqüência
direcionar o feixe de luz ao longo da fi sorção da luz por impurezas (água), da luz, simplesmente.
bra, equalizando os tempos de trânsito principalmente, no interior da fibra.
dos diversos “ Modos de Propaga Dentre elementos que contribuem para
ção” . Isto é obtido fazendo-se fibras É possível também fabricar Led’s que a absorção citada, temos os ions OH,
cujo índice de retração decresça do emitam luz em comprimentos de onda mais comumente conhecidos como
centro para a periferia (fig. 3.b), for próximos a 1,06 fx m (1 |x m = 10 6m). “ água” , e cujas características espec
trais encontram-se na figura 7. Exis
mando o efeito lenticular desejado. Como se pode notar pela figura, a ate
tem, atualmente, evidências que per
nuação da fibra cai para uns poucos
A dispersão material resulta de vários mitem prever que até esta perda poderá
dB/km, a estes comprimentos de onda.
fenômenos secundários intrínsecos ao ser bastante reduzida.
• * • • • | •
vidro, cuja causa principal sao varia
ções químicas e de homogeneidade no
material.
Essa dispersão, chamada de Ray
leigh é provocada por flutuação tér
mica, variações de composição, etc., e
também contribui para o alargamento e
achatamento do pulso transmitido pela
fibra ótica ilustrado na figura 5. A
fonte do pulso de entrada sempre emite
mais de uma freqüência, sendo o índice
de refração função da freqüência. Cada
n •• a • i •
trequencia se propaga com uma veloci
dade diferente e o pulso de saída re COMPRIMENTO DE ONDA Inml
sulta distorcido.
Figura 7 — Perdas de absorção relativas
Para minimizar o efeito utiliza-se um
Figura 6 — Atenuação da luz em uma fibra de v comprimento de onda para certos ions no
semicondutor laser, que opera em uma vidro vidro