Page 7 - Telebrasil - Julho/Agosto 1980

o programa for transferido para o hard­
ware do usuário não ná maneira de
controlar seu fluxo. A única maneira
de um engenheiro saber o que está
acontecendo é interpretar os zeros e
uns que trafegam no bus. Isto pode ser
um exercício de alto consumo de
tempo. Uma boa ferramenta de desen­
volvimento tal como o in-circuit-
emulation estenderá o controle com­
pleto disponível do programa de deb-
bugitig para o programa inserido no
hardware do usuário. Isto reduzirá tre­
mendamente o tempo de retirada de de­
feito.
3. Desenvolvimentos usando um Sis­
tema de Desenvolvimento de Micro­
processador (S.D.M.)
Um S.D.M. é basicamente um micro­
computador com periféricos especiais
um pacote de
Tais sistemas estão disponíveis no
mercado em diferentes graus de sofisti­
cação .
Três grupos principais podem ser
identificados:
— 0 sistema de desenvolvimento de
custo mínimo
— 0 cartão protótipo
— Microcomputadores com periféri­
cos especiais, por exemplo, o in-
circuit-emulator.
3.1.0 sistema de desenvolvimento de
custo mínimo
0 sistema é composto do próprio mi­
croprocessador, alguns chips de me­
mória, várias chaves ou botões para
entrada de dados e algumas lâmpadas
indicadoras de dados de saída. Cha­
ves e lâmpadas formam juntas um pai­
nel de controle simples. Tal sistema
pode ser construído a partir dos com­
ponentes. Software de suporte não é
fornecido pelo fabricante. O software
para operação deste sistema tem de ser
escrito pelo usuário. Embora construir
tal sistema seja bastante instrutivo para
aquele que se inicia, suas limitações
são tão grandes que não o recomendam
como ferramenta de suporte de desen­
volvimento. Deve ser considerado
como um kit de aprendizado para fazer
um microcomputador funcionar e fa­
zê-lo executar programas de testes
bem simples.
3.2. Cartão protótipo dores com periféricos especiais e siste
mas de programas para suporte de de­
Os cartões protótipos de muitos fabri­ senvolvimento. Eles são efetivamente
cantes, embora pequenos, contêm sis­ como minicomputadores mas, na mai­
temas de microcomputadores que in­ oria dos casos, são baseados em mi­
cluem um programa simples (monitor) crocomputadores. A maioria dos peri­
9 em uma ROM, que comunica-se atra­ féricos usados com minicomputadores
vés de um interface especial com um para dados de entrada e saída,-m e­
equipamento externo, por exemplo, mórias de massa, etc. são também ade­
uma teleimpressora ou uma CRT. O quados para S.D.M. Pode-se usar uma
monitor permite que através da teleim­ teleimpressora como único elemento
pressora modifiquemos o programa, de entrada de dados. Uma leitora de
conteúdos de memória e de registra­ fita de papel e uma perfuradora de pa­
dores. Normalmente, funções de re­ pel são conectadas à teleimpressora e
tirar defeitos simples são fornecidas permitem o uso de fita de papel como
tais como comando para controlar o um meio barato de armazenar infor­
fluxo do programa, para interromper o mação.
programa após instruções seleciona­
das, para verificar o estado do compu­ Esta combinação teleimpressora/mi-
tador, etc. crocomputador é a conf iguração mais
simples dos SI.)M grandes. 0/£reço
Utilizando a teleimpressora, uma do­ desta configuração é baixo, o quáfcsua
software de suporte.
cumentação de ilados mínima e garan­ principal vantagem, mas possui Aferias
tida: listagem de programa e o registro desvantagens. O impressor, a leitora
de todos os comandos para o monitor. de fita e a perfuradora de papel são len­
Fita de papel pode ser usada como um tos (10 caracteres por segundo). Por­
meio simples e permanente para arma­ tanto, a manipulação de programas de
zenar programas e dados. suporte e aplicação consomem muito
tempo. Um programa de suporte típico
Os cartões protótipos podem ser consi­ pode levar meia hora para ser carre­
derados como o mínimo absoluto para gado e isto tem de ser feito várias vezes
qualquer desenvolvimento de sistema. ao dia. A eficiência do desenvolvi­
Não existem facilidades nos cartões mento pode ser aumentada usando-se
mais simples para traduzir os progra­ unidades periféricas mais rápidas.
mas automaticamente; assim tem-se Uma leitora de fita de papel de alta
que codificar todos os programas na velocidade pode encurtar o carrega­
linguagem da máquina. mento do programa por um fator maior
que dez. Um equipamento de memória
Existem alguns cartões protótipos um de massa com acesso direto, tal como
pouco mais evoluídos, mas sugerimos um floppy disk, reduz este tempo por
que estes só devam ser usados como outra ordem de magnitude e, mais im­
ferramenta de desenvolvimento para portante, junto com o sistem a de
pequenos projetos.O tamanho do pro­ operação apropriado, perm ite dar
grama não deve exceder algumas cen­ nome e manejar arquivo de dados pro­
tenas de instruções quando utilizada a gram ados. Isto reduz em m uito a
linguagem de máquina e cerca de mil operação do computador, mantém o
instruções se um assembler simples controle das versões do programa e su­
for utilizado. O suporte para imple­ porta a produção de documentação
mentar, retirar defeitos e documentar adequada. A capacidade de armazena­
programas maiores não é adequado. gem de um diskette ou floppy disk
Cartões protótipos podem ser usados pode atingir a 2 megabits com,uma
para aumentar a velocidade do desen­ velocidade de transferência de dados
volvimento hardware. de 250 kbit/s, tempo de carga de siste­
mas grandes são reduzidos a cerca de
3.3. Microcomputadores com peri­ 10 segundos e sistemas de arquivos
féricos especiais grandes podem ser mantidos no dis­
kette.
Os maiores sistemas de desenvolvi­
mento de microprocessadores usados Floppy disks devem sempre ser usa­
em laboratórios são microcomputa­ dos em par facilitando cópias para do-