Page 25 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1979
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0 que é um terminal inteligente? Eis uma
pergunta cada vez mais difícil de ser respondida,
na medida em que funções nos equipamentos ter
minais vão sendo executadas por microprocessa
dores. Nas teleimpressoras, por exemplo, as fun
ções de controle de formatação e de edição de
mensagens podem ser exercidas por microproces
sadores e memória de semicondutores, assim co
mo as funções de diagnóstico e de simulação da
comunicação. Mas isso os torna terminais inteli
gentes? Alguns terminais CRT, utilizando tubo
de raios catódicos, estão equipados com facilida
des para teste de campo, para formatos de arma
zenamento e com várias facilidades convenientes
ao operador. Então reenfatizamos a pergunta: is
so torna os terminais inteligentes?
Pelo critério comumente utilizado, a resposta em
ambos os casos é não. Segundo essa'ótica, são
considerados terminais inteligentes apenas aque
les com possibilidades de serem programados pe
lo usuário. Por esse critério, pode-se estabelecer
o Q1 (Quociente de Inteligência) do terminal, ha
vendo então, uma gradação ilimitada. Devido a
isso, o custo de memória e de potência de proces
samento estão decrescendo rapidamente e os ter
minais maiores logo poderão ser vistos como mi
nicomputadores ou mesmo computadores de
porte médio operando na qualidade de terminais.
Sem entrar no mérito de seu tamanho, entretan
to, os terminais inteligentes utilizam os mesmos
constituintes básicos que os caracterizam como
dispositivos de comunicação entre o homem e a
máquina (vide figura). Em seu livro “ Intelligent
Terminais: Functions, Specifications and Aplica-
tions (Terminais Inteligentes: Funções, Especifi O terminal inteligente interliga o operador com o sistema de comunicações, através de um equipamen
cações e Aplicações), Georg B. Bernstein e Ar- to processador da informação.
nold S. Karshar detalham os componentes tradi
cionais de um terminal inteligente com teclado
manho da tela, o espaçamento e outros fatores, res ciclos mais rápidos de processamento e uma
alfa-numérico destinado a operar isoladamente
tais como a influência da cor do material (fósfo arquitetura mais desenvolvida, um maior poder
ou num sistema de unidades integradas.
ro) na inteligibilidade são decisivos no sucesso do de agrupamento de instruções e uma quantidade
a) Unidade de Teclado projeto. Normalmente, o display é um monitor maior de canais (entrada e saída).
de televisão de alta qualidade, utilizando um pro
Principal elemento operacional para progra cesso de varredura que cobre a área da tela numa d) Memórias Internas
mação e acesso interativo do operador e, em freqüência de 60 vezes por segundo, responden
muitos casos, o único dispositivo de entrada. A do periodicamente os dados que estão sendo ar Dois tipos de memórias são comumente utiliza
disposição do teclado pode ser o de uma máqui mazenados em um buffer interno (memória que das: de núcleos magnéticos e de estado sólido. A
na de escrever, o de uma teleimpressora ou de tem por objetivo servir de elemento de compen memória de acesso aleatório (RAM) é o principal
uma máquina perfuradora de papel, muito em sação entre a freqüência com que os dados che tipo onde os bits armazenados são trocados
bora o governo americano e muitas organizações gam à unidade e a com que eles saem para que se quando apagadas ou quando a eles são superpos
comerciais tenham padronizado o teclado da jam lançados no vídeo). Um feixe de elétrons tos outros. A memória permanente do tipo ROM
máquina de escrever. É o principal elemento na produz um pequeno foco luminoso sempre que a (memória para ser lida apenas) é usada de prefe
determinação da eficácia do operador e pode ser camada de fósforo da tela é ativada no interior rência para o armazenamento de seqüenciais de
destacada do resto do conjunto quando for con do tubo. Existem outras tecnologias alternativas, instruções fixas visto que os dados contidos não
veniente operacionalmente, oferecendo confor tais como as que se utilizam de LED’s (diodos possam ser alterados.
to, flexibilidade e possibilidade de melhor emissores de luz), cristais líquidos ou painéis de
utilização de espaço. A minimização da fadiga plasma. A memória do tipo PROM é uma versão pro
do operador é um fator chave para a redução da gramável da descrita anteriormente. Programas
taxa de erros nos dados de entrada. c) Processadores para as memórias PROM são geralmente desen
volvidos num computador que produz uma fita
b) “Display” (Unidade de vídeo) • Pode ser um simples microprocessador ou po de papel como saída; a fita é introduzida num
dem ser vários, cada qual controlando uma fun dispositivo marcador que imprime na memória o
Em segundo lugar na sua contribuição à eficácia ção específica do terminal. Mediante pequeno programa que se deseja, tornando-o permanente.
da operação (em primeiro lugar vem a unidade custo adicional, o microprocessador múltiplo
de teclado), o display pode conduzir à fadiga e à fornece um ganho em flexibilidade, em velocida Existem memórias PROM onde os dados podem
alta taxa de erros se for mal projetado. O tama de de processamento e em eficácia. Para os ser apagados ou retirados por superposição de
nho dos caracteres, a intensidade do brilho, o ta- próximos 5 anos espera-se dos microprocessado-