Page 18 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1979

diferencial, bem como o ganho do sis­
O comportamento do diagrama de ra­
diação para o caso da figura 6 é facil­
mente compreendido, pois associa-se o
mínimo de radiação na direção axial às
contribuições opostas das duas zonas
de Fresnel, enquanto que o máximo de
radiação para 0
combinação construtiva destas duas
zonas. Por outro lado, o diagrama da
figura 4 parece a princípio conduzir a
uma contradição, pois ele se apresenta
bastante alargado exatamente na si­
tuação de máximo ganho diferencial.
Na realidade, tal contradição inexiste,
podendo-se fisicamente explicar o
comportamento observado como de­
corrente dos efeitos combinados do
transbordamento (spillover) no refletor
passivo c da presença de erros de fase
em sua iluminação.
Cumpre destacar que a situação da fi­
gura 5 não ocorre na prática, e sua in­
clusão como exemplo buscou tão so­
mente contribuir para a interpretação
física do funcionamento do sistema pe-
riscópico.
* 0 ° resulta de uma
3. Comparação entre o Sistema Pe-
riscópico e o Sistema Convencional
Para efeito de comparação foram sele­
cionadas as freqüências de 7,5 e 11
GHz, consideradas antenas e linhas de
transmissão encontradas comercial­
mente, assim como refletores passivos
de dimensões realizáveis. As curvas das
figuras 7 e.8 mostram para as freqüên­
cias de 7,5 e 11 GHz o ganho do siste­
ma periscópico, isto é, o ganho da an­
tena parabólica adicionado ao ganho
tema convencional no qual foram com­ j
putadas as perdas nas linhas de trans­
missão. Em conseqüência, é possível
efetuar-se a comparação entre os ga­
nhos oferecidos por cada sistema e, em
conjunto com o levantamento de cus­
tos dos mesmos, selecionar o mais ade­
quado. Como orientação geral pode­
mos dizer que a aplicação do sistema
periscópico deve ser analisada sempre
que a altura do elemento irradiante for
na faixa de 7,5 GHz superior a 80m, e
na faixa de 11 GHz superior a 50.
Consideremos, por exemplo, a si­ I
tuação de um enlace em 7,5 GHz, no
qual o ganho líquido necessário para o
sistema de antena em uma das estações
é de 43 dB, devendo o elemento irra­
diante situar-se a 100 metros de altura
com relação ao solo. Observando-se as
curvas da figura 7, verificamos que as
alternativas são:
a) usarmos a configuração convencio­
nal com uma antena de 12' de diâme­
tro, que forneceria um ganho de 41,3
dB.
b) usarmos um sistema periscópico
com antena de 6' e refletor elíticode
12', que forneceria 43 dB.
c) usarmos a configuração convencio­
nal com uma antena de 15', que forne
ceria 43,1 dB.
Comparando-se as alternativas (a) e (c)
com a alternativa (b) vemos que:
1 ?) os custos das alternativas (a) e (b)
são equivalentes, sendo que a alternati
va (b) fornece 1,7 dB a mais. Assumi
mos iguais os custos (inclusive de insta
lação) de uma antena parabólica de 12
e de um refletor elítico de 12' (projeta
do). Assumimos também que os custo
da linha de transmissão com respecti
vas ferragens de fixação e sua insta
lação são iguais aos de uma antena pa
\ rabólica de 6 '. Na realidade, um cál­
culo preciso dos custos das alternativas
(a) e (b) revelaria ser o sistema pe*
nscopico mais economico
2?) a alternativa (c), embora íortf
cendo o mesmo ganho que a alter*
nativa (b), é aproximadamente
C ri 200.000,00 (base julho/79)mais dis­
pendiosa. Em resumo, no exemplo em
questão, a alternativa com sistema pe­
riscópico é a mais atrativa, não apen^
pelo aspecto ganho, mas também p^°
aspecto custo.