Page 15 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1979

Márcio Machado Kabello

Engenheiro de Telecomunicações (1966) e Mestre cm

Ciências em Engenharia Elétrica (1969) pela PUC/RJ.

trabalhou ile 1966 alé 1978 no Centro de Estudos em

Telecomunicações-CETUC, coordenando os projetos de

pesquisa e desenvolvimento na área de Antenas e

exercendo o cargo de Vice-Diretor (1972-1978).

Atualmente é Diretor Técnico da ( SE (umurgo Sistemas

e Engenharia Lida. e Diretor Técnico da Antenas Suuta

Rita.

C láudio Trigo de Loureiro

Engenheiro Eletrónico (UFRF-I971) e Mestre em

Ciências em 1 elccomunicaçõrs (INPE-1975). I rabulhou

como pesquisador no INPE (1972-1974) e como

professor assistente no CF.TUC-PUC/RJ (1974-1979).

Atualmente è Engenheiro da Divisão de Planejamento de

Telecomunicações de Furnas Centrais Elétricas S.A.

1. Introdução tre as estações conduz á utilização de Admitindo-se a iluminação da abertura

torres de grande altura, o sistema pe­ da antena excitadora com a forma (1)

Õ presente artigo tem como objetivo riscópico pode, se devidamente proje­

analisar as características do sistema tado, apresentai vuntagens técnicas e

periscópico e evidenciar suas vantagens econômicas com relação ao sistema Ea - E» (1 - Í!£J) (1)
pi

e desvantagens com relação ao sistema convencional. Destaque-se que o siste­

convencional, de modo a orientar o ma convencional apresenta, sob o pon­ onde é uma constante, e utilizando-se

projetista de sistema do rádio quanto à to de vista técnico, as deficiências ine­ as conhecidas expressões (2,3) para a

escolha da soluçào mais adequada. rentes à utilização de um longo trecho determinação do campo eletro­

de linha de transmissão, tais como: re­ magnético irradiado por uma abertura

0 sistema periscópico, usado como dução no ganho do sistema devido à em pontos situados na região de campo

opção ao sistema convencional mostra­ atenuação da linha, aumento do ruido próximo radiante (região de Fresnel),

do na figura la, consiste na combi­ de intermodulaçào cm decorrência das obtém-se a expressão (2) que represen­

nação de um refletor passivo situado reflexões que ocorrem ao longo da li­ ta a distribuição do campo elétrico so­

ao longo da torre e de uma antena exet- nha, bem como custos adicionais na bre a abertura equivalente do refletor

tadora, usualmente uma antena pa­ instalação e manutenção do sistema de passivo.

rabólica, localizada próxima ao solo, antena (antena + linha de transmis­

conforme ilustra a figura lb. são).

je jWe Ai>-'2d

E(y,o) =
A maioria dos sistemas periscópicos xd

utiliza refletor passivo plano com for­ 2. Determinação das Características de

ma elitica ou, em alguns casos, poligo­ Radiação ©e cos(o - o )

nal. A forma elitica apresenta como *(? dp do'

vantagem em relação à poligonal a ine­ Consideremos a geometria indicada na

xistência de cantos, o que resulta na re­ figura 2, que representa uma antena

dução do nível dos lóbulos secundá­ excitadora parabólica, de diâmetro 2P, onde k 27T , sendo X o comprimento

rios, bem como em uma .maior eficiên­ e um refletor passivo plano de forma
de onda. ^

cia da abertura. elitica, orientado a aproximadamente

45° (caso usual) com abertura equiva­ Com a introdução das variáveis e parâ

Nas situações em que a obtenção da lente (área projetada) suposta circular metros

folga exigida ao longo do percurso en- de diâmetro 2Q.

r ' = r = e

P Q

p = \d
m = _ ; u

Q 4Q -

a expressão (2) assume a forma

>

j 7rm:E0e M e i —

, 1
E (r) = •0

2u

d <1r ¦ :> jw IJ25EL ) e /"J-Vdr- (3)

2u

O campo produzido pelo sistema pe­

riscópico em um ponto (R, 0, p) mos­

trado na figura 3, e situado na região
*