Page 26 - Telebrasil - Março/Abril 1979

Fig. 9 — Resistência de isolação entre o condutor "A"
Fig. 8 — Resistência de iso!ação entre os condutores "A "e
3.3. Isolação entre o condutor "A "
ou "B " e "terra"
Ligamos um dos condutores (pode
ser " A " ou "B ") ao terminal " L " e
o outro condutor aos terminais "R "
e "E ". Os terminais "R " e "E " são
Método Karlson
Em. entrevista concedida a Carlos Pe-
l reira de Souza, na edição do Jornal do
Brasil de 25.11.78, o engenheiro da
Ericsson, Antônio Martins Ferrari,
discorreu sobre o Método Karlson,
• para medição de chamadas telefôni-
fv cas.
• Devido o interesse do tema, transcreve­
mos para nossos leitores o aspecto téc­
nico abordado pelo autor que é, tam-
l bém, membro
r Redação da Revista Telebrasil.
• #
l O método de multimedição "Karlson
puro" é utilizado atualmente no Brasil
apenas para o cálculo das tarifas de
\ ligações interurbanas em distâncias in­
feriores a 200 quilômetros da central
£ telefônica.
F As ligações locais não são medidas ain-
£ da pelo Método Karlson nas grandes ci­
dades brasileiras. Independente da du-
; ração da chamada, cada ligação que o
assinante faz, equivale a um pulso. A
partir das 90 chamadas, que é a fran­
quia mensal de cada assinante o consu­
midor passa a pagar os pulsos registra­
dos pela central telefônica. O valor
'Unitário do pulso, no Rio e em São
Paulo, é de Cr$ 0,81, sem se conside­
rar as taxas e o FNT (Fundo Nacional
de Telecomunicações). A medição das
ligações locais não é uniforme em todo
o país. ;•
.V . • V t V \ - •
"B".
interligados entre si e ligados a um
ponto de '"terra", por exemplo,no
próprio "terra" da estação através
de um fio grosso e curto (figura 9).
Para medir-se a isolação de um dos
condutores para a terra, abrimos a
ligação entre os terminais "R " e
Karlson Puro (quadro 1)
Explica o engenheiro Antônio Martins
Ferrari que o tempo a pagar pelo assi­
nante chamador é sempre o intervalo
entre o momento em que o telefone
chamado atendeu (atendimento) e o
instante em que o assinante que cha­
mou repõe seu fone no gancho (des­
ligamento). Este intervalo é chamado
Tc (tempo de conversação). Na central
telefônica, o equipamento envia uma
sequência de pulsos ao contador do as­
sinante originador da chamada. Estes
pulsos sucedem-se a intervalos de tem ­
po (R).
do .Conselho de
atendimento
R
Y = tempo remunerado pelo assinante
sem desfrutar o serviço.
X = tempo desfrutado pelo assinante
sem remunerar o serviço
• . • - * * •
e o ponto "terra".
"E " (ponto x da figura 9),deixando
só o terminal "E " ligado ao terra da
estação. Para medir-se a resistência
de isolação do outro condutor em
relação ao "terra", basta inverter a
ligação dos condutores nos termi­
nais " L " com "R ".
O valor R é estabelecido em função
da tarifa unitária fixada em portaria do
Ministério das Comunicações (reajusta­
da periodicamente) e o preço de um
pulso. Quanto maior a tarifa (tem fun­
ção da distância geodésica), menor o
intervalo R. O pulso é, pois, uma uni­
dade de débito ao assinante, totalizado
no seu contador individual de pulsos.
Cada pulso debitado ao assinante, cor­
responde ao seu pré-pagamento para
usufruir do período de tempo R que se
segue ao pulso (ver gráfico I).
desligamento
chamada
pulsos