Page 35 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1979
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GERHARD SENGBERG
Prof, da área de Telecomunicações da Es
cola Politécnica da Universidade do São
Paulo. Gerente Geral de Telecomunica
ções da Siemons S/A.
1. Introdução da. Com certa freqüência vêem-se persistem. A diferença entre os siste
argumentos que pecam inclusive mas CPA e ESK, neste caso, é que
A opção de um entre vários sistemas por não correlacionarem causa e nos primeiros a mudança do progra
de (»mutação telefônica disponíveis efeito corretamente. A seguir só três ma è feita através de terminais de
é uma decisão complexa e de pro exemplos: processamento de dados usuais e no
fundo alcance. Os investimentos segundo a alteração é feita mudan-
vinculados aos equipamentos de co 19 Argumento: Nas grandes cidades do-se uma fiação na memória semi-
mutação são extremamente eleva do Brasil, a introdução de centrais permanente do comando (30 minu
dos, só amortizáveis em períodos CPA é necessária porque asCrossbar tos por reprogramação, inclusive
longos. O sistema escolhido deverá não permitem equacionar os proble teste).
ter uma vida útil compatível comes mas das grandes redes urbanas.
te período, não só quanto à durabi 39 Argumento; Com as centrais
lidade dos equipamentos, mas tam É fato que o sistema Crossbar não CPA , os custos de manutenção são
bém quanto à flexibilidade dos seus atende às necessidades destas redes, menores porque as falhas são auto
recursos, para fazer face às exigên não por não ser CPA, mas porque a maticamente indicadas, em um tele-
cias do futuro. sua capacidade de processar e enca impressor e eliminadas por substi
minhar tráfego é insuficiente. Evi tuição de módulos.
Ao lado dos aspectos econômicos e denciar-se-á adiante que outro siste
operacionais, que afetam diretamen ma, como por exemplo o sistema Os menores custos de manutenção
te a rentabilidade das companhias Crosspoint ESK, embora não CPA, decorrem do sistema de supervisão
concessionárias, deveriam ser ponde atende a todos os requisitos. e teste automáticos incorporado ao
rados outros efeitos indiretos, tais sistema e de sua construção modu
como: formação da mão-de-obra uti 29 Argumento: Os frequentes rema- lar, e não de sua filosofia CPA. Os
lizada nas concessionárias e nas in nejamentos e ampliações de rotas sistemas concebidos a partir da déca
dústrias, bem como eventuais refle nas redes urbanas são confortavel da de 60, mesmo os não CPA, apre
xos sociais, influência sobre o desen mente executados nos sistemas CPA. sentam, via de regra, estas vantagens
volvimento tecnológico do país, in quanto à manutenção.
fluência no balanço de pagamentos O que reduz substancialmente o tra
do comércio exterior, etc. 0 Brasil balho nos remanejamentos e amplia 2. Recursos dos Sistemas de Comu
se encontra numa destas fases de ções é.a inexistência das gradações, tação Telefônica
processo decisório em relação à in ou seja, a seleção com acessibilidade
trodução dos sistemas CPA. é pri plena, o que não depende do sistema Apresentamos a seguir uma compa
mordial que a análise dos diversos ser CPA. Qualquer que seja o siste ração entre os recursos inerentes a
aspectos seja objetiva e desapaixona ma, os trabalhos nos distribuidores algumas filosofias de comutação