Page 22 - Telebrasil - Julho/Agosto 1978

carga, sofre uma certa perda de massa mamente fraca. Ela representa a resis­ positiva, eletrólito e placa negativa.

ativa provocada principalmente duran­ tência das placas e do eletrólito entre Esta tensão independe das dimensões

te o desprendimento de gases. Cada as placas. Ela é evidentemente tanto do elemento.

material que sai da grade provoca um menor quanto as placas estejam mais

aumento de resistência interna do próximas e possuam maior superfície. 8. Capacidade

acumulador, diminui sua capacidade e A natureza do separador liga igual­

seu aproveitamento. mente um papel que é muitas vezes Conforme já definimos, a capacidade

desprezível na resistência interna. de um acumulador é a quantidade de

6. Resistência Interna eletricidade que ela pode restituir

A resistência será sempre mais elevada durante a sua descarga.

A resistência elétrica interna de um no fim de descarga que no fim da car­

acumulador chumbo-ácido é extre­ ga, devido aos seguintes fatos: De uma maneira geral podemos es­

crever:

W:- Q = /ld t
-V

2,8
!• «V
g_ . f . • e para uma descarga com a intensi­
* i t* 2.7
1/ dade constante temos:

2,6
&
«>:
> d 2,H
Q - lt

& 2.4

2,3<

2,2 As análises das placas feitas no fim

2.1i das descargas mostram que uma

grande parte das matérias ativas
2.0

(peróxido de chumbo e chumbo es­
1.9
ir
ponjoso) não foi utilizada nas
1.8
* #
reações. A capacidade de um acu­

1,7
mulador ê sempre limitada pela ra­
1,6

r refação do ácido nos poros das pla­
1.5
cas, dada a dificuldade de sua di­

fusão á medida que progride a des­

carga. Deve-se a este fato anexar que

a resistência interna crece muito ra­

pidamente quando a proporção de sul­
12 Hor88

fato de chumbo ultrapassa a 50%.

Fíg.8 9. Variação da Capacidade em Fun­

ção da Intensidade de Descarga

1? — a resistividade de uma solução 7. Diferença de Potencial dos Pólos

de ácido sulfúrico é mínima para um do Acumulador Levando em consideração o que se

peso específico em volta de 1,22, o disse anteriormente, deve-se concluir

que corresponde a uma concentração A força eletromotriz de um acumu­ que a capacidade diminui quando se

habitualmente medida nos acumu­ lador chumbo-ácido depende de vários aumenta a intensidade de descarga.

ladores carregados. fatores, sendo o mais importante a Com efeito, crescendo-se a intensi­

concentração do ácido. Os valores ob­ dade de descarga a difusão torna-se

2? — A sulfatação que se produz tidos variam de 1,90 a 2,20V, quando a insuficiente e a queda de tensão do

durante a descarga aumenta a resis­ densidade do eletrólito for de 1,075 a elemento aumenta.

tência das placas. 1,453.

A fig. 8, curva D, exprime a variação

A figura 9 mostra a condutibilidade As variações em função da tempe­ da capacidade em função de descarg8.

elétrica do eletrólito em função da ratura e pressão são de ordem des­

densidade e numa temperatura de prezível. Somente a variação de con­ 10. Influência da Matéria Ativa

25°C. centração influi realmente e e esta

variação que explica as variações de Parece evidente que a capacidade

tensão observadas durante a carga e aumenta com a espessura da matéria

descarga (nos poros das placas o ativa, porém, é bom saber que quanto

ácido è muito concentrado durante a maior for esta espessura a capacidade

carga, enquanto que o teor de água é ê influenciada pelo regime de descarga

muito elevado durante a descarga). (difusão insuficiente do eletrólito das

camadas profundas das placas). Isto

Permita-nos lembrar que o importante convêm para os acumuladores des­

e prático é considerar que a tensão do tinados a fornecer uma fraca energia

elemento ê fornecida pela diferença de durante várias dezenas de horas, en­

F,g. 9 potencial existente entre a placa quanto que os acumuladores desti