Page 17 - Telebrasil - Julho/Agosto 1978
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integrada recebe trens de bites das As fibras óticas são tipos especiais de grama extingüível. de tal modo aue ele
suas vizinhas, que consistem em infor guias de onda, dimensionadas para a atinja um aetetor de luz, como p.ex.
mação digital modulada por divisão de transmissão da luz. Um cabo com 1 cm um fotodiodo. A comutação por divi
tempo. Na central estes trens de bites de diâmetro, composto de fibras com são de espaço também pode ser com
são novamente divididos em elemen pactas de 15 u m de diâmetro, possui binada com divisão de tempo, onde
tos de informação. Estes elementos uma capacidade potencial de 100.000 certo número de detetores de luz ê ras-
são rearranjados e reunidos em novos canais de TV, correspondente a 100 treado de forma cíclica.
trens de bites, que são enviados às milhões de canais telefônicos. Na prá
centrais adjacentes. O funcionamento tica porém, a capacidade é limitada A vantagem dos sistemas óticos sobre
de uma central é controlado pelo seu pelos moduladores e detetores no a versão eletrônica reside na sua sim
relógio interno. Como os relógios, por transmissor, receptor e repetidores. plicidade. A estrutura da rede é simples
motivos de fabricação, não podem ser e o número de componentes é básico.
construídos de forma exata mente Está sendo desenvolvida uma nova A aplicação à telefonia pública é bas
igual, decorre que centrais distintas tecnologia, relacionada com estes tante remota, porém uma aplicação
irão operar em razões distintas. Por componentes, chamada tecnologia de não muito distante poderá ser o em
tanto o intercâmbio de informações ótica integrada, conduzindo a circuitos prego de comutação ótica em redes de
entre duas centrais fica sujeito a per óticos integrados. Neste contexto há dados e na ligação de computadores
das, pelo fato de que uma delas não interesse especial no laser semicon com unidades periféricas.
poderá receber todas as informações dutor e em diodos emissores de luz
transmitidas pelas outras. Esta perda como fontes emissoras de luz, e foto- 7. Resumo
poderá ser evitada se os relógios de diodos que atuam como detetores de
uma mesma rede forem forçados a um luz. Em futuro a telefonia digital pode ser
mesmo desempenho médio, com auxi vista por um lado através da introdu
lio de um sistema de controle. O futuro desenvolvido de guias de ção gradual de equipamento digital na
onda e sistemas óticos vai depender da atual rede telefônica e por outro lado
necessidade de sistemas de faixas ultra através de um desenvolvimento contí
6. Desenvolvimentos Futuros largas. Assim, há interesse especial no nuo da tecnologia digital. Os desenvol
desenvolvimento da telefonia visual, vimentos tecnológicos no campo da
?
6 . 1 . T r a n s m i s s ã o d i g i t a i que requer uma largura de faixa cor transmissão parecem levar a sistemas
respondente a cerca de 100 canais te de faixas ultra largas de guias de onda
Os meios de transmissão futura para lefônicos. Até lá, entretanto, os meios e de tipos óticos. Os sistemas óticos
de transmissão já existentes, como consistem de fibras óticas e com po
sinais digitais são as guias de onda e as
fibras óticas. Os sistemas de guia de cabo coaxial e sistemas de rádio, uti nentes óticos integrados.
lizarão a transmissão digital em escala
onda têm uma capacidade de faixa
crescente. O mesmo é válido para a Devido ao progresso no campo de cir
correspondente a cerca de 100.000 ca
comunicacão via satélite. cuitos eletrônicos integrados, as redes
nais de voz. Elas vêm sendo estudadas
de comutação podem ser projetadas
desde a década de 50, mas têm havido para centrais extremamente grandes.
grandes problemas práticos. Os pro 6 . 2 . C o m u t a ç ã o d i g i t a i
O limite superior pode ser estabelecido
blemas iniciais referiam-se a compo mais pela complexibilidade de controle
nentes, p.ex., para repetidores, porém Uma rede de comutação digital consis do que pela tecnologia dos circuitos de
foram em grande parte contornados te em grande parte de memórias inte comutação. Em termos de prazo longo
pelos modernos componentes de m i gradas de semicondutores. Os projetos deverá ser empregada a com utação
croondas, de estado sólido. Atualm en podem ser influenciados p o r. novos ótica.
te o obstáculo principal reside no pro componentes de memória, p.ex. me
cesso de instalação, que deve ser exe mórias de dispositivos de acoplamento A conversão analógico/digital deverá
cutado com grande exatidão, tornan por cargas. Estas, combinadas com ser realizada nos aparelhos telefônicos
do o seu manuseio m uito dispendioso. maior velocidade interna e maior inte individuais dos assinantes e a com uta
gração, irão possibilitar o projeto de
ção e transmissão digitais utilizadas
comutadores de grande capacidade e
Os sistemas de transmissão óticos es em todas as hierarquias de uma rede.
peqiieno volume. O fator limitador não
tão no estágio inicial de desenvolvi
será a tecnologia da rede de comu
mento. Entretanto a sua capacidade As áreas de centrais deverão crescer
tação, mas a capacidade do sistema de
potencial referente à largura de faixa, em tamanho, e a hierarquia da rede
controle da central.
manuseio, imunidade à diafonia, di deverá ser comprimida.
mensão etc, os tornam cada vez mais
A futura geração de chaves digitais
atrativos.
poderá comutar sinais óticos em lugar R e d e s d i g i t a i s
de sinais elétricos. Os sinais de luz en-
Um sistema de transmissão ótica com trante, transmitidos por meio de fibras A comutação digital, ao longo do tem
pleto consiste de um transmissor, um óticas, são comutados diretamente, po, deve ser introduzida em todos os
enlace de transmissão com repetidores enquanto sinais elétricos entrantes são escalões da hierarquia, sendo os con-v
e um receptor. Para o enlace de trans primeiramente convertidos em sinais centradores utilizados o mais próxim o
missão, as fibras óticas representam óticos por intermédio de conversores possível dos assinantes e a transm is
interesse especial, sobretudo pelo fato opto-eletrônicos. A comutação ô reali são digital utilizada em linhas de assi
de jô terem sido desenvolvidas fibras zada fletindo o feixe de luz p.ex. atra nante, junções e troncos com m ulti-
com perdas aceitáveis na prática. vés de uma rede aplicada à um holo plexação de ordem superior nos esca-