Page 19 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1978

Aplicando em (8) os valores de ho
mostrados na Tabela I, pode-se cal­
cular a altura equivalente para cada
clima e percentagem de tempo. Os
resultados obtidos através desta
formulação são relacionados na
Tabela II, onde para percentagens
de 10-3 e 10-2 foi tomado b -= 1,4,
enquanto que para 10'1% utilizou-
se o valor 1,6. Rigorosamente, no
cájcuio da atenuação dever-se-ia
usar o valor de he correspondente
à percentagem de tempo conside­
rada. Entretanto, tendo em vista as
aproxinrlações introduzidas no de­
senvolvimento acima, este proce­
dimento é perfeitamente dispen­
sável. Conforme será visto na pró­
xima seção, pode-se elaborar os
cálculos com valores médios para
uma dada faixa de altura sem qra
isto acarrete erros apreciáveis.
Tabela II — Altura Equivalente he (km)
Percentagem de tempo
Cíima
1 5.6
3,4,5
3. Cálculo da Atenuação
O método de cálculo aqui proposto
é similar ao descrito por Assis e
Einloft Hl para ligações terrestres.
Primeiramente determina-se a pro­
jeção horizontal do percurso con­
forme mostra a figura 2. A seguir,
aplica-se a esta distância horizon­
tal o método de cálculo desenvol­
vido para ligações terrestres, cujos
passos básicos são indicados a
seguir:
(i) Para uma taxa de precipitação
p, correspondente a-uma percenta­
gem de tempo P’, calcula-se o diâ­
metro da célula de chuva através de
D (km) = 2,2
p (mm/h)
(ii) Para a freqüência de operação
f determina-se os valores de a e
k através de
a = 1,47-0,09 V f (GHz)'
k = 5,1 x IO’5
(iii) A atenuação horizontal corres­
pondente à taxa de precipitação p
é avaliada por
A quantidade de resultados experi­
ah (dB( = k [ p (mm/h)] “ d (km) (12) mentais relativos a ligações espa­
ciais é bastante reduzida. Entretan­
to, foram selecionadas algumas
(io) Esta atenuação será ultrapas­ experiências na literatura técnica
sada em uma percentagem de tem- com o objetivo de exemplificar o
po P calculada por. método de cálculo proposto neste
trabalho. As Tabelas III é IV apre­
P = dh P’ se dh > D (13a) sentam resultados teóricos e expe­
D n rimentais obtidos a partir de dados
provenientes do Japãol6) e da Fran­
P = P’ sedh < D (13b) ça t7l. No Japão, as medidas foram
feitas nas frequências de 11 e 18
A atenuação no percurso inclinado GHz, utilizando o sol como fonte
de ângulo e0 , ultrapassada na simuladora do satélite e sendo os
mesma percentagem de tempo P dados experimentais referidos a
(item iv), será um ângulo de elevação 60 = 45°.
Neste caso, o cálculo teórico foi
Ah feito com alturas equivalentes de
A = _ i _ (14) 5,1 e 4,2 km que correspondem,
cos0Q
respectivamente, às percentagens
Repetindo este procedimento para de 10-3 e 10-2 no clima 2 da figura
outros valores de p obtém-se a 3. Na França, medidas similares
distribuição estatística da atenua­ foram realizadas na freqüência de
ção para a ligação em estudo. Cum­ 20 GHz, sendo usada na estimativa
pre ressaltar que neste cálculo teórica uma altura equivalente de
não foi considerada a parcela da 3,4 km que corresponde à percen­
10'3 10-2 10-1 célula de chuva correspondente à tagem de 10-2 no clima 3. Em ambos
5,1 4,4 precipitação residual utilizada nas os casos, observa-se uma concor­
5,1 4,2 3,6 ligações terrestres. A razão disto dância bastante satisfatória entre
4,2 3,4 2,4 é que em um trajeto inclinado a os cálculos teóricos e as medidas
contribuição desta parcela seria experimentais. Nota-se também
insignificante e se a mesma fosse que, no caso das medidas realiza­
introduzida na projeção horizontal das no Japão, não há uma depen­
poderia acarretar um valor de ate­ dência critica com o valor da altu­
nuação completamente falso. ra equivalente de precipitação.
TABELA IV — Comparação com Medidas Experimentais da Referência (7)
- 1_________ ____ _____ . * _____ » »* * •• _ - ^ « y * V A •
•
Percentagem de tempo
Angulo : : -T ... - ¦ . • "
de 2 x 10~2 5 x 10 -2 ; ; \ : 10-
Elevação
(10)
• • * . „ , a x . C":
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