Page 4 - Telebrasil - Novembro-Dezembro 1965
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A TELECENTRO não pode afirmar que os dados obtidos são completos e
absolutamente corretos, isso porque a estatística no Brasil ainda não merece
plena atenção de todos.

     Todavia, a TELECENTRO procurou apresentar o resultado de seus esfor­
ços — embora incompletos — certa de estar, assim, contribuindo com uma in­
formação útil a ser considerada pelos órgãos estatais responsáveis pela for­
mação do nosso Sistema Nacional de Telecomunicações.

      E’ de notar-se que, no quadro organizado, a expressão “terminais exis­
 tentes”, constante de uma das colunas do trabalho elaborado e que publica­
 mos na íntegra, indica o número de terminais ou linhas existentes nos equi­
 pamentos automáticos ou o número de “jacks” existentes nos equipamentos
 manuais, de magneto ou de bateria central e nunca o número de telefones
 existentes, o qual, de um modo geral, é sempre muito maior do que o numero
 de terminais existentes, em virtude da existência de extensões e ramais dc
 mesas de ligações particulares (PBX ou PABX).

       O caso de Belo Horizonte, por exemplo, onde o serviço é operado pela
 Companhia Telefônica de Minas Gerais, a cujos quadros pertenço, é típico:
 — existem, hoje, na Capital, 20.000 terminais instalados, mas funcionam, na
 realidade, 32.989 telefones. No restante do Estado, onde a Companhia opera
 serviço local em algumas dezenas de localidades, existem 14.945 terminais
  (5.832 automáticos, 1.245 de bateria central e 7.868 de magneto), mas fun­
 cionam, na realidade, 18.828 telefones.

       Num natural desabafo, ousaríamos perguntar as nossas autoridades: —
 seria legitimo, democrático e representaria uma boa politica de defesa da
  livre emprêsa aniquilar-se todo êsse esforço e caminhar-se, de olhos vendados,
 surdos aos mais respeitáveis argumentos, para o monopólio estatal já repudiado
  pelas nações civilizadas do mundo de hoje?

       A relação das Redes Telefónicas Locais e Rurais no Estado de Minas Gerais,
  está publicada a partir da página 6.

 O GOVÊRNO DOS ESTADOS UNIDOS ABOLE EM QUATRO ETAPAS

        O IMPÔSTO DE CONSUMO COBRADO DOS ASSINANTES

        O imposto federal de consumo cobrado nos Estados Unidos de
 todos os assinantes de seiviço telefônico, que era de 10% (DEZ POR
 CENTO), será reduzido para 3% (TRÊS POR CENTO), a partir de ja­
 neiro de 1966. Daí por diante, em cada ano. êsse imposto será reduzido
 dc um terço, SENDO ELIMINADO TOTALMENTE em janeiro de 1969.

        A eliminação do imposto de consumo sôbre o serviço telefónico
 que pesava sôbre os assinantes é uma vitória do Sistema Bell. que
 representa 70 milhões de usuários e da USITA (Associação das 2.500
  Empresas Independentes) que, por sua vez, representa 14 milhões
 e trezentos mil assinantes.

        Tanto o Sistema Bell quanto a USITA vinham, de há longos
 anos, trabalhando junto aos Congressistas e perante o Executivo pela
 eliminação do imposto referido.
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