Page 1 - Telebrasil - Junho/Julho 1961
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ANO lí          DIVULGADO PELA                                                N*. 17

        FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES DE KMPRÊSAS DE TELECOMUNICAÇÕES IX) BRASIL

RIO DE JANEIRO  J U N H O DE 1961                    DISTRIBUIÇÃO INTERNA

                Diretor responsável: Hugo P. Soares

                                                      BILHETE AO LEITOR

                        A situação do p aís, no que concernq ao seu s a c r ific a d o , sistema de ta le
comunicações, apesar da sequencia de fa to s _ fa v o ra v e is ocorrid os nossúltimos meses, -
não nos o fe re c e , ainda, motivos de convicção para afirm ar estarmos as vesperas da so
lução que todos almejamos. Ela se nos apresenta, ao re v e s , cheia de a lto s e b aixos,-
com certas reg iõ es mais favorecidas que outras e determinadas autoridades melhor es­
clarecidas que as demais - tudo is t o indicando absoluta f a l t a de entro sarnento no sen
tid o da sistem atização de normas e c r lt e ç io s a serem observados, capazes de acelerar
a obra de regularização do serviço te le fô n ic o no pais.

                        Forçoso é reconhecer, entretan to, a boa in ten çãoAdas autoridades fede­
r a is , decididamente empenhadas na elaboração de um Plano T e le fô n ic o Nacional - plano
que representa, realmente, a mais acalentada aspiração de quantos se interessam pelo
problema, ^lspostos a con trib u ir para a formação de um sistema nacional de comunica­
ções te le fô n ic a s adequado e e fic ie n te #

                        A criação 4o Conselho Nacional de Telecomunicações, paçalelamente a -
 toda uma série de providencias destinadas a elaboração do Plano Telefonico^N acional,
 evidencia, positivam ente, çs bons propositos do Governo e a firm e disposição em que
 se encontra o Presidente Janio Quadros de e n fre n ta r,_despido de precon ceitos e de re
 calques, o problema decorrente da v e rtig in o s a elevação da demanda dq te lç fo n e s , parã
 s o lv ê -lo definitivam ente. A boa intenção do Chefe do Governo v a i alem, nesse deside-
 ratun: reclama dadçs que permitam a Nação tomar parte no programa experimental de co
 municações via s a t e lit e , com transmissões de voz e de te le v is ã o - missão atrib u íd a i
 um Grupo de Trabalho de que fa z parte o Sr. Jorge A. Lemgruber Emerick, D iretor Exe­
 cutivo da TELELRASIL e técnico dos mais experimentados nesse campo de atividade#

                      A Ainda ha pouco, na I I I Reunião de Governadores re a liza d a em Joqo Pes—
 soa, o a r. Janio Quadros dava prova de sua c la r iv id ê n c ia e^de seus bons propositos -
 ao aprovar um Plano de Telecomunicações re g io n a l que lhe fo ra encaminhado pelo Sr. -
 Aluis^o de O liv e ira Monteiro, um dos fundadores da TELEBRASIL^e da TELENORDESJE, da
 qual e D iretçr-E xecutivo. D ito plano assegura completa a s s is tê n c ia do Estado as ^em-
 presas te le fô n ic a s radicadas no n ojd este, de maior expressão - a Companhia T elefô n i­
 ca de Pernambuco e a Empresa T elefôn ica de fa ra ib a . Essa a s s is tê n c ia v a i da conces—
 são de vultosos,financiam entos em dinhelro^a e fe t iv a colaboração do DCT, com suas -
 verbas orçamentarias e s p e c ific a s , visando a incrementação do serviço de Telex na r e -
 gião nordestina#

                          0 Governo sabe quq somente apoiando e a ssistin d o as experimentadas o-
  peradoras existq n tes, conseguira vencer o dique das d ific u ld a d e s que cada vez mais -
  se qgravam - e e is to que procura fa z e r , não se deixando e n le ia r pela doutrinação de
  magogica e destruidora de quantçs procuram le v a r ao "paredão" a in ic ia t iv a particular
  conduzindo-a, inapelavelmente, a ruina t o t a l.

                          Foi autorizada, muito recentemente, à Western operar o serviço telegrá
  f ic o e r a d io te le g r a fic o em diversas cidades b r a s ile ir a s , t a is como João Pessoa, Belõ
  Horizonte, C u ritiba, Campinas, Paranagua, P elotas e Campina Grande, o que representa
  um largo passo no_sentido de_minorar as graves d e fic iê n c ia s Ijoje ex isten tes no setor
  das telecomunicações em re g iõ e s das mais s a c rific a d a s . Esse e um outro elemento de
  cçmprovação aqu ilo que antes afirmamos, is t o e, ao fa to de estar o Presidente da Re­
  publica decidido a re s o lv e r os problemas que nos a flig e m , sem preconceitos de qual-
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