Page 64 - Telebrasil - Maio/Junho 1981

A E C O N O M
A s c o m p a n h i a s o p e r a d o r a s
t o r i a s d e l i s t a s s â o
p r e s t a ç ã o d e s e r v i ç o s .
n a m e n t o e n t r e e s s e s
d o m e r c a d o . A l e r t a
q u e p o d e r ã o o c o r r e r n o
u t i l i z a ç ã o d e t e r m i n a i s
Lista Básica de Assinantes
O funcionamento dos servi­
ços de telefonia pressupõe
que cada assinante possa co­
nhecer o número do telefone
dos demais, a fim de poder
realizar suas ligações.
O serviço de telefonia com­
preende, portanto, o forne­
cim en to aos u su ários de
uma lista básica de assinan­
tes que contenha seus no­
mes e respectivos números
de telefone.
A lista básica de assinantes
se destina, portanto, a divul­
gar para todos os usuários os
dados do cadastro da com­
panhia telefônica. Não con­
tém outras informações so­
bre cada assinante além das
constantes desse cadastro.
Sua produção requer a re­
produção dos dados do ca­
dastro da companhia telefô­
nica, a ordenação dos assi­
nantes por ordem alfabética,
a composição gráfica e a dis­
tribuição dos exemplares aos
assinantes.
Se a companhia concessio­
nária não cobrar pelo forne­
cimento da lista básica de as­
sina ntes, sua produção e
distribuição não se tornam
atividades econômicas dis­
tintas da prestação do ser­
viço telefônico — o custo da
lista fará parte do custo des­
se serviço, que é pago pelo
preço tarifado da assinatura
e das ligações telefônicas.
Seja qual for a orientação
adotada, o usuário do tele­
fone pagaria o custo da lista
básica de assinantes — atra­
vés da tarifa, se fornecida
gratuitamente, ou de preço
distinto cobrado pela com­
panhia telefónica.
I A D A E D I Ç A O D E L I S T A S
T E L E F Ô N I C A S
e a s e m p r e s a s e d i - gem de nom es e núm eros, culação de informações co­
por requerer desenhos, arte merciais, mas até a metade
p a r c e i r o s e c o n ô m i c o s e n a
de composição gráfica, im­ deste século se destacavam
O a r t i g o a n a l i s a o r e l a c i o ­ pressão e distribuição em entre os meios alternativos
p a r c e i r o s f r e n t e à s f o r ç a s tempo hábil; de divulgação, pois que:
t a m b é m s o b r e a s m u d a n ç a s
d. organização capaz de ad­ a. competiam apenas com
f u t u r o , i n c l u s i v e c o m a ministrar grande número de os jo rn a is , que atingem
d e v í d e o . co n trato s e p ag am en to s, quantidade de pessoas bem
normalmente parcelados. m enor, e com revistas, em
núm ero relativamente pe­
L istas T elefô n icas com o q u en o e de circulação li­
Como se vê, a organização
V eículos de Inform ações mitada;
necessária para produzir e
Comerciais e Profissionais vender esses serviços de vei-*
Como publicações periódi­ culação de informações é es­ b. a distribuição por todos
cas que são distribuídas a to­ sencialm ente distinta dos os assin an tes — imposta
dos os assinantes de cada serviços típicos de uma com­ pela necessidade do serviço
sistema de telefonia, as listas panhia telefônica. A única de telefonia — assegurava o
?elefônicas prestam-se a ser­ acesso a uma massa poten­
parte das atividades dessa
vir de veículo para a divulga­ organização que pode ser in­ cial de leitores maior do que
ção de informações comer­ tegrada nos serviços de tele­ o s v e í c u l o s c o m q u e
ciais ou profissionais. Para
fonia é a cobrança de inser­ competia;
usar esta virtualidade das ções ou anúncios nas contas
listas, generalizou-se a edi­ mensais dos assinantes. c. a cobrança de anúncios
ção — ao lado da lista de as­ em prestações através da
sinantes — da lista classifi­ conta telefônica facilitava a
cada, tam bém conhecida Do ponto de vista econô­
mico, a distinção mais im­ venda de anúncios e inser­
como "Páginas Amarelas", ções a pequenas empresas e
portante, todavia, está no re­
na qual os assinantes são or­ gime em que é criada a recei­ profissionais.
denados segundo produtos,
atividades ou profissões. ta necessária para tornar a
atividade financeiram ente Nas ú l t i m a s três décadas,
com a extraordinária expan­
viável:
A veiculaçáo de informações são de veículos alternativos
com erciais e profissionais de informação (rádio, televi­
a. o serviço de telefonia não
através dessas listas não se são, revistas etc.), as listas
decorre de negócios contra­
confunde com a simples di­ telefônicas passaram a ter
tados voluntariamente, em
vulgação dos dados dos assi­ menor poder de competição.
regime de competição, mas
nantes constantes do cadas­
da aplicação de tarifa apro­
tro da companhia telefônica, O desenvolvimento econô­
vada pelo Governo, que os
para constituir-se em ativi­ mico e o aumento da escala
assinantes sâo obrigados a
dade econômica de produ­ das eéonom ias modernas
pagar, sob pena de terem seu
ção de serv iço s, entre os conduziu à especialização de
telefone desligado;
quais destacamos: a t i v i d a d e s , t o r n a n d o - s e
b. os serviços de veiculaçáo a t r a t i v a a p u b l i c a ç ã o d e
a. as informações não se re­ de informações comerciais e g u i a s e s p e c i a l i z a d o s
sumem a esses dados cadas­ profissionais acham -se na ( c o m e r c i a i s , industriais,
trais, incluem a captação de área de liberdade de inicia­ p r o f i s s i o n a i s , de serviços
anúncios ou inserções, con­ tiva e são explorados em re­ etc) que fornecem outras in­
tratados individualm ente gime de competição; a recei­ form ações além do nome,
com o assinante, para cada ta de anúncios e inserções, endereço e número de tele­
lista editada, mediante pa­ em que se baseia a economia fone.
gamento de preço conven­ das em presas de edição de
cionado; listas telefônicas, tem ori­ Por suas características de
gem em preços livrem ente vigência — um ano, no mí­
b. seleção e contratação de co n tra ta d o s p elo s an u n ­ nimo — as listas telefônicas
vendedores em número su­ ciantes. são o principal veículo de di­
ficiente para visitar os anun­ vulgação de pequenas em­
ciantes em potencial durante presas e de profissionais,
o prazo de elaboração de Mercado de Serviços de Vei- que não têm condições e c o ­
cada lista, a fim de tornar culação de Informações Co­ nômicas para usar veículos
econom icam ente viável a merciais de divulgação de massa. As
atividade; empresas médias e grandes
O ferta d os Serviços utilizam também outros veí­
c. a editoração da lista, que As listas telefônicas jamais culos, reservando o uso das
não se resume à mera lista­ tiveram monopólio da vei- listas telefônicas à sua fun-