Page 7387 - Revista Telebrasil
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Qual a vantagem de interligar um micro O surgimento dessas redes confirma o O país tem a tecnologia, tem a capacida
na rede VOT? A resposta resume-se numa pensamento da Embratel de que “a deman de operativa e tem o mercado para imple
só palavra: tele-software, isto é, o micro da de informações cresce cada vez mais e o mentar a teleinformática. O emprego deste
passa a ter acesso à biblioteca de programas custo dos sistemas é cada vez menor. Em novo ferramental aumenta a eficiência do in
da central de VDT, trazendo para casa, via breve a teleinformática estará presente em divíduo, economiza energia e tempo e pode
rede telefônica, a possibilidade de videojo- todos os aspectos de vida diária e a direção contribuir para a melhoria da qualidade de
gos, cálculos financeiros e de contabilidade desta revolução dependerá da familiaridade vida da população como seus antecessores,
doméstica, tudo já programado. i jue tivermos com a tecnologia e o controle o correio e o telefone, já vêm fazendo.
Mas as idéias do tele-software e da cai dos efeitos sociais daí decorrentes”. Permanece, porém, a eterna interrogação
xa postal eletrônica são também comuns ao da introdução de novas tecnologias num país
Projeto Ciranda, cuja demonstração também A Telebrãs neste contexto também não de fortes contrastes econômicos e sociais, co
despertou grande interesse dos visitantes, faz por menos e determinou que até o final mo advertiu Gabriel Priolli Netto, por oca
adultos e crianças, no estande da Embratel de 85 deverão estar instalados centros de sião do 2? Seminário de Videotexto em São
localizado ao lado do da Telesp. O Ciranda VDT em Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Paulo, ao dizer que ‘‘o VOT culmina a sofis
conta hoje com mais de 2.300 terminais es Rio de Janeiro e São Paulo, com uma estima ticação informativa dos centros urbanos bra
palhados pelo Brasil e forma a 1 .a comuni tiva de 42 mil assinantes em serviços. E a so sileiros que contrasta brutalmente com ou
dade de teleinformática interligada a nível ciedade informatizada em marcha, apesar da tras regiões ainda não servidas por correios,
nacional. crise. jornal e telefone”.
Os fornecedores nacionais do videotexto
Uma empresa de tamanho médio e ou
tra de menor porte foram selecionadas pa
ra suprir o mercado nacional de videotexto,
completando o triângulo: operadora, indús
tria e usuário. Um pouco da história e do per
fil destas indústrias são representativos de
uma nova tendência, bem conhecida no ex
terior e enfatizada agora no Brasil - tecnolo
gia paga dividendos ao investidor.
A Splice
A Splice, uma firma originariamente ins
taladora de redes, é baseada em Sorocaba-
SP, onde sé vale da tecnologia disponível na
Faculdade de Engenharia local. Há doze O SpliceVision,
vendo-se o cartucho
anos a empresa apresentava, como primei contendo os jogos;
ro produto, uma emenda ventilada para ca aplicações na
bos, passando depois ao desenvolvimento de educação são
um conversor de sinalização telefônica, oca possíveis com este
sião em que importou seis engenheiros do sistema.
Japão (só um permaneceu), para adquirir a
necessária tecnologia digital, relata Antonio Segundo Santana, a tecnologia adquiri to e à fabricação de modems e mais recem
Santana Netto, da gerência comercial da da em torno do Z-80 permitiu à Splice o de temente de multiplexadores estatísticos.
empresa. senvolvimento e a comercialização de diver O Statmux, que é nome comercial do
Ostentando cerca de 1.500 funcionários, sos equipamentos digitais como o detector multiplexador estatístico da Digitei, é um
com 30 engenheiros, alguns com nível de MFC, o medidor de rapidez de tráfego e um concentrador que permite compartilhar um
mestrado e doutorado, a Splice se dedica aos microprocessador pessoal, o Micro-byte, que canahde saída com 4 canais de entrada e que
produtos digitais, tendo lançado a algum opera com 52 KB abrigando as linguagens tem acrescido uma lógica para otimizar es
tempo um xadrez eletrônico (um grande su Basic, Pascal e Fortran. Em conjunto com a tatisticamente (e daí o nome) este compar
cesso na Feira da Sucesu e partindo daí pa Embratel, a empresa está desenvolvendo um tilhamento. O Statmux opera com Protoco
ra a área dos VDJ (videojogos) com o conversor de sinalização para o sistema bra lo X.25, nível 2 do CCITT, e aceita velocida
SpliceVision. sileiro via satélite e que utiliza 18 micropro des de 50 a 9600 Bps.
Este vídeojogo é constituído de um mi cessadores.
cro que aceita um cartucho contendo a pro O terminal videotexto da Splice foi desen Clóvis Bittencourt atirmou por ocasião
gramação dos jogos (poderá ser também um volvido em tomo do microprocessador 8039 da Feira Internacional, no Anhembi, que a
cartucho educacional que é complementado e é compatível com padrões CEPT e DRCS empresa já está aceitando pedidos para o
por dois comandos para os jogadores consul adotados pela Telesp (vide box - os padrões Statmux cujo preço deverá se situar em tor
tarem os sinais que aparecerão na tela do te do víodeotexto). no de 760 ORTNs. Bastante satisfeito pelo
levisor doméstico, ao sintonizá-lo nos canais fato da empresa ter sido distinguida pela
3 ou 4.0 SpliceVision está sendo comercia A Digitei FIERGS, devido a qualidade apresentada
lizado a Cr$ 250 mil (preços de novembro) pelo Step 1, um equipamento portátil para
com direito a 1 cartucho, cuja aquisição adi Concorrendo com empresas do porte de teste de circuitos de comunicações de dados,
cional fica na faixa de Cr$ 40 mil e deverá uma Itautec e de uma Gradiente, a Digitei, Bittencourt mostrou, na ocasião, os primei
competir com a Polimax, com os jogos da com sede em Porto Alegre, foi um dos dois ros terminais videotexto desenvolvidos pé
Philips; com a Gradiente com o Atari e ou fabricantes selecionados pela Tèlesp para de la Digitei.
tras empresas semelhantes da área do entre senvolver um terminal VDT (videotexto), Os terminais serão de dois tipos: VOT-R
tenimento doméstico eletrônico. afirma com orgulho Clóvis Bitencourt, da par uso residencial e VOT-I para emprego co
A Splice também comercializa o micro área comercial. A Digitei possui 150 funcio mercial ou institucional, ambos permitinde
processador didático SED-80, aprovado pela nários, com uma relação de 15 engenheiros, a discagem automática para a central video
SEI e que agora encontra um novo compe e benificia-se do contato que mantém com a texto (disca-se 148). Ainda que preços defi
tidor no micro da Standard Eletrônica, o SE- Universidade Federal do Rio Grande do Sul. nitivos não estejam fixados, o terminal ins
SA Z-80, aprovado pela portaria 125, de A empresa vem se dedicando ao longo dos titucional se situará numa faixa de aproxi
11.10.83, da SEI. 5 anos de sua existência ao desenvolvimen madamente 75 ORTNs. #
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