Page 11074 - Revista Telebrasil

Compondo essas duas variáveis, uma
administração européia concluiu que
os sistemas PCM até 3f ordem, sobre
meios físicos, impõem-se economi­
camente sobre os sistemas coaxiais
16 200
CO
o
2 como vimos, é a parte menos econômi­
<
o
CN
$ FD M -12M hz SOBRE
LU
CO
< (270 0 C A N A IS)
2
< deve-se considerar, ainda, que o porte
U
O 8100
Cd
LU
$ 5 400
O temas, maiores as câmaras, com
2
2 700
1 200
240
10
Fig. 8 — Faixas da aplicação econômica de sistemas PCM do ordens superiores.
Para os sistemas PCM de 4a ordem,
prevê-se um campo de aplicação nas
rotas acima de 50Km, com canali­
zações a longo prazo superiores a 3000
canais, até um limite de cerca de
200Km e 10 000 canais, a partir de on­
de os sistemas coaxiais FDM já se
mostram mais econômicos.
Obviamente, para que fique garantida a
economicidade de qualquer sistema de
transmissão, não apenas os custos de
implantação e expansão devem ser
considerados, mas também os custos
operacionais envolvidos e aspectos
tais como a própria vulnerabilidade da
rota no tocante a falhas acidentais e de
operação normal.
Por exemplo, numa rede de grande
porte, cumprindo-se um plano de trans­
missão previamente estabelecido, o
FDM de 4M H z/960
12MHz/2700 canais em rotas de até,
pelo menos, 100Km, com capacidades
de até cerca de 4000 canais a longo
prazo (fig. 8).
V IP C M -140 M b it/s SO­
MBRE CABO C O A XIA L
k (1920 CANAIS)
PC M -34M bit/s SOBRE
CABO M ICROCOAXIAL
(480 CANAIS)
PCM 8M b it/s SOBRE
CABO M ICROCOAXIAL
(120 CANAIS)
50 100 200
COM PRIM ENTO DA ROTA - KM
uso de sistemas PCM acaba por se im­
por devido a razões técnicas e eco­
nômicas, considerando as canaliza­
ções e as distâncias envolvidas em
muitas rotas ponto-a-ponto. O uso de
cabos-tronco existentes na rede como
suporte para sistemas PCM de 1!1 or­
dem é uma possibilidade que, como
vimos, só vem ampliar o interesse por
tais sistemas, e tal solução é, efeti­
vamente, adotada em todo o mundo.
Entretanto, ela não deve ser gene­
ralizada ao ponto de se chegar a ter
rotas de grande capacidade utilizando
essa mesma técnica, pelos motivos a
seguir apontados:
de ordem técnica:o número de sis­
temas PCM de 1f ordem que podem
coexistir num mesmo cabo de pares
comum, como já foi visto, deve ser
limitado por problemas de diafonia.
canais e Com o aumento do número de sis.
temas, diminuem as seções de re-
generação e aumentam as dificuldades
na seleção de pares apropriados.
de ordem econômica: com a redu­
ção das seções de regeneração, au­
mentam os custos da linha PCM, que,
ca do sistema. Além disso, mais pontos
de regeneração acarretafri maiores cus­
tos de infraestrutura, com a necessida­
CABO C O A X IA L de de construção de um maior número
de câmaras subterrâneas. Por fim,
das câmaras subterrâneas a sererr
construídas é função do número de sis­
temas que coexistirão a longo prazo na
mesma rota. Maior o número de sis­
aumento dos custos e das dificuldades
de construção numa área metropo­
litana de grande porte.
de ordem estratégica: cabos exis­
tentes na rede de troncos, usados como
suporte de sistemas PCM de 1a ordem,
continuam sendo utilizados para es­
tabelecimento de circuitos em fre-
qüència de voz. Remanejamentos de
circuitos, localização de defeitos,
pupinização de pares, etc, são ope­
rações normalmente executadas em
tais cabos, pondo em risco a seguran­
ça dos sistemas, seja pela interrupção
acidental de pares PCM, seja pela in­
trodução de defeitos nesses mesmos
pares.
de ordem operacional: o número de
300 400
regeneradores de sistema PCM de V
ordem necessários a uma rota de gran­
de capacidade por si só sugere dificul­
dades operacionais consideráveis. Por
exemplo, suponha-se uma rota de
20Km de extensão e capacidade de 200
sistemas. Nas câmaras subterrâneas,
espaçadas a cada 1500m, existirão 2I
regeneradores bidirecionais, alojados
em 7 a 10 "containers", fazendo dessas
câmaras verdadeiras estações. Por is­
so, cada sistema de linha de 2048Kbit/s
assim constituído teria um MTBF da
ordem de 6 meses, o que significaria
um MTBF da ordem de 1 dia para toda
a rota. Como o reparo de um defeito
num regenerador de linha não è tarefa
de execução rápida, provavelmente
uma rota desse tipo teria que dispor de
uma equipe de reparo própria, o que
tornaria os custos operacionais ele­
vados. Isto sem contar com a maior
necessidade de unidades de reposição
e os custos de reparo das unidades
com defeito, seja em laboratório
próprio, seja através do fabricante