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vimento desse mercado. Os principais
fabricantes de TV a cores e seu desem Mercado Brasileiro de Equipamentos Eletrônicos de Entretenimento
penho podem ser vistos no quadro 13. Milhões de dólares
E este o subsetor que determina a de-
inanda de componentes no Brasil.
Equipamento "* ----- 1977 1978 1979 1980
Qualquer fator, que modifique seu ( t
comportamento, tem como sequência a Rádio Transistor 58 71 74 77
alteração do fluxo de suprimento de in- Auto-Rádio 50 62 66 70
surnos ao setor eletrônico profissional. Fonógrafo & Radiofone 77 96 104 112
Receptor AM-FM HF 10 15 20 25
TV preto e branco 260 270 280 290
Para atender tal volume de produção, TV a cores 508 627 660 760
além da fabricação local de partes, de Total Geral 963 1141 1204 1334
peças e componentes, é necessário des
Obs.: 1) Valores em junho de 1979
pender uma parcela considerável de di
2) 1 dólar = CrS 27,00 (vinte e sete cruzeiros).
visas na importação desses itens.
Quadro 12
Esse setor de produção está sendo
V endas de TVCN
orientado de modo a se alcançar o mais
Valores em porcentagem (0/0)
rapidamente possível alto índice de na
cionalização, viabilizando a criação de
Fabricante 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978
novas fábricas de componentes, não só
para suprir o setor de volume de pro Philco 16.9 32.6 31.2 25.2 25.6 24.2 22.5
Philips 39.2 26.5 19.1 20.5 18.6 17.6 19.6
dução garantido, mas também a área
Tclefunken 21.1 17.2 13.9 15.0 16.3 16.8 14.8
profissional de menor poder de deman Colorado 7.5 5.1 7.6 5.0 3.9 — —
da. GE 6.0 4.0 4.2 1.9 — — —
Semp 3.0 5.0 6.2 5.2 4.6 5.8 7.5
Sylvania/Empire 2.3 1.7 3.1 — — — —
A produção de receptores de radiodifu
Sanyo — 2.3 3.8 8.5 10.1 8.7 9.2
são está principalmente localizada em Sharp 1.7 7.0 14.5 15.5 18.1 21.7
duas regiões do Brasil: Centro-Sul e National — — — 1.8 3.6 4.4 2.8
Manaus. Outros 15.0 3.9 3.9 2.5 1.8 4,4 1.9
Total (unidades x 1000) 68 153 323 559 645 766 958
Na região Centro-Sul está localizado o Previsüo para 1979 — 1.100.000 unidades
1980 — 1.300.000 unidades
maior peso de nossa indústria de ele
trônica e, em particular, a de equipa Quadro 13
mentos profissionais e a de componen rência que consideravam predatória; a — Garantia do mercado para a indús
tes. Ela se caracterizava até há pouco única solução que encontravam para tria de componentes nacionais
tempo atrás por um produto de menor combatê-la era a de também se transfe — Redução na pauta de importações
evolução tecnológica e grande indice de rirem para a Zona Franca de Manaus e — A indústria de componentes co
nacionalização, não tendo condições com isso utilizar todas as suas facilida meçou a produzir componentes mais
de competir com vantagens, no merca des. A situação tornou-se negra para os avançados, capazes de serem utilizados
do de exportação, nem com os produ fabricantes de componentes e suprido- no setor profissional
tos oriundos da Zona Franca de Ma res das empresas fabris da região Cen — As empresas aumentaram o seu co
naus, no mercado interno. tro-Sul, pois não podiam competir em nhecimento tecnológico possibilitando
Manaus com os componentes importa a formação de grupos industriais na
dos, de menos custo, desenho mais cionais capazes de ingressar no setor
Zona Franca de M anaus
avançado e de melhor qualidade, e era profissional
Não possuindo infra-estrutura indus lá que a grande indústria geradora da
trial, foi como centro de montagens demanda tendia a se concentrar. Os índices de nacionalização dos prin
que Manaus iniciou seu processo de in cipais produtos eletrônicos fabricados
dustrialização. A fixação pela SUFRAMA, em março na Zona Franca de Manaus podem ser
de 1976, de índices mínimos de nacio vistos no quadro 14. Estes índices são
0 baixo risco inerente a esse tipo de nalização foi de importância capital mais rígidos que os índices CD1, pois
indústria e o vulto dos incentivos locais nesse processo, pois criou uma deman só dizem respeito à relação entre insu-
lograram atrair grande número de no da de crescimento quase explosivo. Es mos importados e fornecidos local
vas empresas ligadas fortemente a gru ta demanda encontrou as indústrias de mente, não levando em consideração a
pos no exterior, dadas as facilidades componentes do sul despreparadas pa contribuição de mão-de-obra local.
para importação. Graças ao seu produ ra o atendimento imediato, mas gerou
to de maior atualidade tecnológica, a demanda que possibilitou o cresci Apesar desses fatores, como a obriga
não tardaram em ter a preferência do mento do setor de componentes, já que toriedade de alcançar os indices de na
mercado nacional e só não o conquista o setor de telecomunicações, o maior cionalização, cotas de importação limi
ram completamente porque a sua pro mercado profissional, estava em re tadas e outras medidas disciplinares da
dução não atendia à demanda. tração. produção, imposta pela SUFRAMA,
as últimas grandes indústrias de entre
Evidentemente, as indústrias do A fixação desses índices mínimos trou tenimento do Sul que ainda não o fize
Centro-Sul se ressentiam dessa concor xe as seguintes vantagens: ram estão se preparando para transfe-