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IN F O R M E
econOmico
Salomão Wajnberg
A indústria Litgrnhciro npcciiil/ail« em Lirlróiik» e
Telccomunicaçõe:». Assumiu a Chefia de KnjtenharU de
eletrônica nacional Microondas na Standard Electric*, de 1972 a 1974; em
meados de 1974 foi convidado peia fKLKHRAS para
fa/er parle do grupo encarregado de elaborar o
Anteprojeto do Laboratório de Pesquisa e
Desenvolvimento do Setor de rdetomunicavóes; em
1975 foi convocado pelo Ministério de Comunicações e
Ministério da Indústria c do Comércio para partkipar
do GEICOM (t.rupo é xecufivo Intermmisleriai de
Componentes e Materiais). Atualmente, continua no
(jLICOM, onde eserce a função de Secretário
Executivo.
A meta prioritária de um pais em de vista a ampla utilização das técnicas interrupção do fluxo de informações
senvolvimento é chegar ao nível de país eletrônicas em todos os setores da vida tecnológicas do exterior pode também,
desenvolvido, ultrapassando as fases humana. a médio prazo, tornar o produto fabri
necessárias a esse desenvolvimento no cado localmente e dependente dela,
menor prazo possível, a taxas de cresci Tendo cm vista esses fatores, uma não competitivo nesses mesmos merca
mento aceleradas e viabilizáveis, acom nação em desenvolvimento que queira dos.
panhado de gradual redistribute de criar uma indústria eletrônica sadia,
renda, de modo a alcançar simultanea baseada em leis econômicas naturais, São de vital importância, para a manu-1
mente o progresso econômico c social. deve primeiro implantar a indústria de tenção desse mercado, tanto a previsão
equipamentos que necessita, mesmo dos novos tipos de componentes a se
Tal taxa de crescimento não pode ser que numa etapa inicial os insumos se rem utilizados a médio e longo prazo
sustentada somente pela poupança in jam importados. Ou seja, em primeiro nos equipamentos que serão fabrica
terna ou pela capacidade interna de lugar, deve conquistar seu próprio dos, quanto os investimentos em pes
formação de capital; é preciso manter- mercado interno para que ele, através quisas e desenvolvimento desses dispo
se uma taxa de crescimento das expor de demanda adequada, venha a forne sitivos e seus insumos em laboratórios
tações, diminuir as importações de for cer a escala industrial que viabilize a nacionais, de modo a se obterem so
ma racional, de modo a não diminuir a implantação da indústria de compo luções que utilizem matérias-primas e
eficiência da produção interna, e ab nentes, necessária à sua verticalizaçào. tecnologias disponíveis, adaptadas ou
sorver poupança externa na forma de desenvolvidas no Brasil. Desse modo,
capital de risco ou empréstimos quan Conquistando o mercado interno, a se para se implantar e fortalecer um par
do houver viabilidade econômica, tec gunda etapa será a substituição do su que industrial de componentes e equi
nológica e estratégia em função dos re primento externo e o início de desen pamentos eletrônicos, é necessário le
cursos naturais, tecnológicos, huma volvimentos locais de projetos de equi var em consideração uma série de me
nos e produtivos existentes no pais. pamentos, com a finalidade de se redu didas, tais como:
zir a dependência de ordem económi
O crescimento das exportações no cam co-financeira e económico-estratégica. — Conhecer profundamente o setor
po industrial, essencial para o nosso em referência, interna e externamente;
desenvolvimento econômico, depende Económico-financeira quando esse su — Dimensionar detalhadamente o
do crescimento acelerado de nossa pro primento externo onera em demasia a mercado;
dução, da produtividade, atualidade balança de pagamentos, obrigando a — Avaliar os fatores que determinam
tecnológica e custos para poder compe nação a retribuir com um volume subs seu comportamento;
tir no mercado exterior. Tais fatores só tancial de produtos de baixo valor tec — Efetuar investimentos maciços em
são atingidos através da experiência ne nológico e, consequentemente, de formação de pessoal;
cessária adquirida e da qualidade grande produção mundial e preço avil — Investir em laboratórios de pesquisa
alcançada nos produtos produzidos lo tado, exigindo grandes esforços de pro básica e industrial;
calmente em grande escala para o su dução, em detrimento do bem-estar na — Conceder os incentivos governa
primento do mercado interno. cional. mentais às empresas fabris interessa
das, dentro dos critérios de uma
No campo industrial mundial, atual Dependência económico-estratégica política elaborada em parâmetros téc
mente a eletrônica desponta como uma quando a ausência do insumo pode ge nicos, econômicos e estratégicos;
das principais indústrias. Nenhuma rar paralização da indústria ou onerar — Investir em laboratórios de desen
nação pode aspirar ao seu pleno desen os custos de produção, diminuindo a volvimento que disponham de linhas
volvimento econômico sem uma competitividade do produto nacional de produção-piloto para a fabricação
indústria eletrônica sadia e própria, do mercado interno e de exportação. A de pequenas séries de componentes de