Page 23 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1974
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tor se situam no enfoque da têm melhores condições para mercado começava a deman
sobrevivência no dia-a-dia. aumentar o índice de nacio dar e a Philips estava interes
Não dispõem dos mesmos re nalização de seus equipamen sada em investir no setor.
cursos que os competidores tos e assim atender o peso Consumou-se a incorporação e
estrangeiros, não podendo sa das taxações e da bu a companhia ingressou violen
crificar resultados imediatos rocracia alfandegária. Alguns tamente nos setores de micro
em benefício do longo prazo empresários nacionais esgri ondas, telefonia, Multiplex e
e têm fôlego menor para fi mem o argumento de que um UHF.
nanciar a expansão. A desenvolvimento calcado nes De qualquer maneira, com as
INTELCO, por exemplo, deu tas bases nada mais é do que dificuldades das empresas na
seu salto para frente em desenvolver a própria condi cionais os delicados proble
1966, quando lançou o bip ção de dependência. Não há mas de crescimento estão sen
no mercado nacional. Depois outra condição de desenvol- do enfrentados nas empresas,
disto, partiu para a diversifi ver-se neste campo senão pela com um conselho de oti
cação da linha de produtos, associação, afirma o diretor mismo no futuro do mercado.
vendendo no mercado brasi da Divisão Inbelsa da Philips, Jogo de armar, não tem ainda
leiro, desde equipamentos de que deve ter faturado 100 mi suas regras completamente
telefonia móvel e telefonia ru lhões de cruzeiros, no ano definidas, embora se perceba
ral até projetos para remode que passou. A Inbelsa era a intensão oficial recente de
lação dò controle de tráfego e uma empresa brasileira à qual deixar claros os seus limites.
aeroportos. Levadas pelas a Philips esteve associada mi- Em síntese, parece vigorar no
próprias limitações, as empre noritariam ente até pouco setor um clima de integração
sas nacionais tendem a ser tempo atrás, durante quatro para enfrentar os entraves do
menos eficientes do que as es décadas. Mas não tinha fôlego, presente e garantir sólidas po
trangeiras, no trabalho de fi para fazer sozinha o que o sições para o futuro.
xação da tecnologia importa
da. As grandes corporações (Transcrito do Jornal do Comércio de Porto Alegre).
TELEBRÁS PROMETE
A PRODUÇÃO DE EQUIPAMENTOS
O presidente da Telebrás, Ge “HOLDING”
neral Antônio de Alencastro e putadores, já tendo sido man
tidos contatos com um grupo
Silva, disse falando ao Jornal A participação acionária da japonês.
do Brasil, que onde as empre Telebrás nas empresas nacio
sas multinacionais não mani nais, segundo o General Alen O General Alencastro e Silva
festarem interesse para a castro e Silva, visa o fortaleci anunciou a aplicação de
fabricação de equipamentos mento das mesmas através de CrS 140 milhões na prepara
de telecomunicações, o Go um esquema já definido. Será ção de pessoal de nível médio
verno montará suas próprias f o r m a d a um a empresa que possa atuar em telecomu
indústrias, através da associa holding com o BNDE, Equi- nicações. Segundo ele, somen
ção com empresas nacionais p a m e n t o s Eletrônicos, te nos últimos 10 anos o Bra
— como já vem sendo feito Mocrolab e Telebrás para a fa sil conseguiu institucionalizar
para a produção de computa bricação de computadores, vi um sistema de telecomunica
dores. sando especialmente a aten ções, não tendo, portanto,
Anunciou também, a aplica der as necessidades do país tradição no setor e ressentin
ção de Cr$ 20 bilhões no se com a instalação das centrais do-se da existência de pessoal
tor de Telecomunicações, en telefônicas semi-eletrônicas. especializado.
tre 1975/79, com o objetivo
de triplicar o número de ter No Grupo Digibrás, serão Disse ainda que, no setor de
minais telefônicos hoje exis aplicados capitais do BNDE, fabricação de equipamentos,
tentes. Dentro desse plano os Serpro e Telebrás, com a essa deficiência é suprida pela
Estados do Rio e Guanabara Equipamentos Eletrônicos transferência de tecnologia
passarão de 630 mil terminais funcionando como a empresa que as empresas multinacio
para 1 milhão, dentro de um responsável na aquisição de nais fazem ao instalar aqui
período de cinco anos. know-how, no setor de com suas indústrias.