Page 54 - Telebrasil - Abril/Maio 2002

E-commerce:
AT&T aposta em IP U S $ 2 , 1 bilhões

no País
corporativo O comércio eletrônico no Brasil já dei­
xou de engatinhar e movimentou cerca
de US$ 2,1 bilhões no ano passado. O
De olho no aumento pela deman­ resultado foi aferido através de um estu­
da por soluções IP no B rasil, a do da Fundação Getúlio Vargas - SP, que
AT& T Latin America criou o pro­ revelou ainda que, do total, US$ 1,6 bi­
jeto “Comunidades”, que consiste em lhão circularam entre empresas (B2B),
oferecer ao mesmo tempo serviços de enquanto os US$ 500 milhões restantes
conexão, conteúdo e aplicações IP advieram de vendas para consumidores
para o mercado corporativo, especi­ (B2C). Os valores representam, respec­
almente às pequenas e médias em­ tivamente, 1,18% e 0,35% do total movi­
presas. Entre os parceiros da AT& T mentado nos dois segmentos e tendem a
na empreitada estão a ADP Syste­ apresentar crescimento expressivo, de
ms, que atua na área de recursos hu­ acordo com Alberto Luiz Albertini, co­
manos; a Eversystems, criadora de aplicativos para o setor financeiro; e a A gên­ ordenador da análise e professor da FGV.
cia Reuters, fornecedora de conteúdo. A proposta inclui ainda um programa “Os índices podem parecer pequenos, se
>r olhados isoladamente, mas representam
LD de cursos para ajudar os clientes a lidarem com a tecnologia, realizado a partir
de abril, através de um acordo com aTelecon Consultoria. “Esperamos, assim, grande avanço. O perfil dos investidores
ASI L/a b ri L - maio presidente da AT& T Latin America no Brasil. Apesar de não revelar o valor so, de olho no retorno”, avaliou Albertini.
é que mudou e tende a ser mais cautelo­
combater um dos principais entraves à expansão do IP, que é a falta de conhe­
cimento sobre a tecnologia e sua aplicabilidade prática”, explicou Carlos André,
Os produtos mais negociados foram ma­
investido no “Comunidades”, a A T& T Latin Am erica apresenta números
TE LE B R estimulantes sobre sua presença na região: o faturamento no continente cres­ teriais de escritório, passagens aéreas, su­
primentos e equipamentos de tecnologia
da informação. A pesquisa foi realizada
ceu 69% em dólares em 2001. Os investimentos previstos na região são de
entre 310 empresas dos segmentos indus­
US$ 100 milhões este ano, cerca de 30% deste total aplicado no Brasil. “Que­
trial — o que mais utilizou o e-commerce ,
remos ampliar este percentual para 50%”, observou Carlos André. Paralela­
comercial e de serviços. Também segun­
mente, a A T& T pleiteia junto à Anatei autorização para operar telefonia lo­
do Albertini, o caminho para a evolução
cal corporativa em São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Brasília, Belo H ori­
do comércio eletrônico no Brasil passa
zonte, Curitiba e Porto Alegre, além de prestar serviços de longa distância
pela integração entre os processos inter­
nacional e internacional nas cidades citadas.
nos e externos das empresas, até agora
relativamente raro no País.
— Notebook
¦ Uma parceria para o mercado de terceira geração wireless foi anunciada, em abril, pela Siemens e Motorola. Pelo
acordo, a partir do quarto trimestre deste ano a Motorola começaria a fornecer à Siemens handsets compatíveis com a
platafoma i.300 (3G UMTS). A aliança deve encontrar rivais de peso, como a Nokia, a Samsung e a jo in t venture Sony
Ericsson Mobile Communications.
a A Tnext, subsidiária do grupo Telemar para a área de dados, inaugurou em março seu data center em Tamboré (SP). A
unidade, que exigiu investimentos de R$ 20 milhões em equipamentos, marca a entrada “de fato” da empresa no mercado, dez
meses após ter sido criada. Conforme Fábio Costa, diretor de Operações da Tnext, o data center já conta com 15 clientes.
a A Promon IP fechou acordo com a norte-americana Aspect para distribuir soluções de hardware e software para contact
centers. Pelo contrato, a Promon IP cuidará da integração das plataformas da Aspect ligadas à infra-estrutura de equipa­
mentos e aplicativos. Para Pedro Ripper, diretor-geral da Promon IP, a aliança pode render um aumento de R$ 4 milhões*
no faturamento da empresa.
b O provedor de acesso Net Site, de Ribeirão Preto (SP), teve 56% de seu capital adquiridos pela Algar. A direção da
empresa explicou que a compra, de valor não-divulgado, foi motivada principalmente pela localização estratégica da região e
pelo fato de que algumas cidades da área de atuação da CTBC já utilizavam os serviços da Net Site, que conta com cerca de
40 mil clientes.