Page 14 - Telebrasil - Março 2002
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Instrumentação:
economia afetada
retraiu o mercado
As dificuldades econômicas nos EUA e Argentina, a alta do dólar e o adiamento de projetos de
antecipação de metas e a menor demanda pelas novas operadoras ceLulares GSM reduziram o
mercado de instrumentos entre 40% e 50%.
O mercado brasileiro de instrumentação de recuperação e o impacto da crise Ar As operadoras espelhos e “espelhinhos”,
foi fortemente impactado, em 2001, por gentina, que cresceu e levou a uma mu que eram uma expectativa em 2001, hoje
questões externas, como o agravamento dança cambial da moeda local, tende a ser são vistas com menor entusiasmo. Alguns
da desaceleração da economia norte-ame menor na economia brasileira. Interna- fornecedores não as consideram em suas
ricana, a crise argentina, que elevou a co mente, são esperados menores investi projeções. O mercado de tevê foi abalado,
tação do dólar, e os acontecimentos de 11 mentos das operadoras fixas na amplia em 2001, pelo adiamento da definição do
1 4 de setembro que contribuíram para con ção de suas redes, mas também um cres padrão digital a ser adotado no Brasil.
TELEBRASIL/março | dos principais fornecedores previa, inici rem uma maior produtividade das redes tam como tendências predominantes
solidar um menor volume de vendas. Um
cimento das compras em sistemas que ge
Os fornecedores entrevistados apon
almente, um mercado de USS 80 milhões
instaladas, visando a obtenção de resul
nos instrumentos de medição os siste
a USS 90 milhões, afirmando
mas voltados para IP, substi
que ele ficou entre USS 45 mi
lhões e US$ 55 milhões. tuindo o Frame Relay, apos
tam na consolidação dos apa
A desvalorização acentuada relhos para D W D N e na te
do real foi um fator relevante lefonia celular destacam os
nesta queda, já que os produtos para CDM A 1XRTT e GSM
são importados e em reais a que com GPRS.
da de receita não foi tão expres E les esp eram tam b ém
siva, na opinião de alguns forne mais sistem as para banda
cedores. O ano começou com larga. Instrum entos flexí
Dario Akao Mareio L. Mathias Adérito F. Souza
muitas encomendas, resultantes veis que trabalhem com vá
em parte dos planos de antecipação de tados financeiros mais positivos. Todas as rias tecnologias e que possam ser
metas das operadoras fixas principalmen operadoras fixas têm enfatizado esta pre atualizados tecnologicam ente são
te, que foram acelerados a partir de 2000. ocupação com a qualidade e produtivida uma tendência forte.
Havia também muitas expectativas em de das redes, e os instrumentos de medi Agilent
relação ao novo mercado celular das ope ção são fundamentais para uma análise Segundo D ario Akao, gerente de
radoras GSM. Com a conclusão dos pro correta destas questões. As operadoras ce Marketing da Agilent, a empresa é “a lí
jetos de antecipação de metas e o cance lulares igualmente demonstram maior der do mercado, com um faturamento de
lamento de um deles, o da Brasil Telecom, preocupação com a eficiência de suas re US$ 8,4 bilhões no ano fiscal de 2001.
e com o adiamento dos projetos das novas des já instaladas e os projetos das opera Verificando-se o faturamento de empre
operadoras GSM, agravado pelo desin doras GSM encontram-se em acelerada sas como Tektronix, Acterna e Anritsu,
teresse do mercado em algumas das ban implantação. Um outro filão promissor poderá se observar que o faturamento
das em licitação pela Anatei, o mercado para as empresas que atuam no segmen delas é da ordem de US$ 1,2 bilhão”. Os
interno deu a sua contribuição para a di to é a terceirização da manutenção das re principais clientes brasileiros da Agilent
minuição dos negócios. des das operadoras. Para este ano, os for no mercado de telecomunicações são os
Para 2002, as expectativas parecem necedores estimam um crescimento das fabricantes de equipamentos e as opera
mais realistas. No plano internacional, a vendas em torno de 10% a 15%. doras de telecomunicações, tanto fixas
economia norte-americana entrou em fase como celulares. Para 2002, “a expectativa