Page 52 - Telebrasil - Julho/Agosto 2001
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Operadoras  STFC  -  receita  bruta  2001                  Operadoras  do  SMC  -  receita  bruta  2001
























                  Falando  menos             usuário  de  R$  44,78  para  R$  18,21,  que   A  continuaram com pouco mais de 2/3 do
           O  acréscimo do número de clientes não   especialistas  consideram  preocupante.  Os   mercado e a Banda B  manteve 33,01%  de
         foi suficiente para melhorar o faturamento   celulares pré-pagos, tradicionalmente res­  participação.  Cerca  de  93,61%   (24,1  mi­
         das  operadoras  celulares.  Em  junho,  eles   ponsáveis por receitas reduzidas, represen­  lhões)  são  acessos  digitais,  e  o  padrão
         chegaram a 25,8 milhões, 2 milhões a mais   taram em junho  de 2001  63,73%  dos ter­  T D M A  predomina  com  mais  de  16  mi­
         do que em janeiro. Este aumento de 8,40%    minais operando. Em  junho de 2000, eles   lhões de celulares em serviço, e cerca de 8
         no  total  de  clientes  não  impediu  a  queda   eram 50,32%  do total de celulares em ope­  milhões  de  aparelhos  operam  no  sistema
         de 54,36%  entre a receita bruta do primei­  ração. Este crescimento dos pré-pagos es­  C D M A .  U m   m ilhão  e  seiscentos  mil
         ro e do sexto mês de 2001. Estes números   taria afetando a remuneração média. Já em   (6,39% )  são  analógicos,  utilizando  o  pa­
         indicariam uma redução da tarifa média por  junho  deste  ano,  as  operadoras  da Banda  drão A M P S, apenas na Banda A.





            ECONOMIA

            Enquanto a  luz não volta a  brilhar


            Svdnev A.  Latini
             Segundo o  IBGE, o PIB  cresceu 4,13%   Visivelmente, a expansão das atividades econô­  pazes de gerar um milhão de empregos.
            no primeiro trimestre (RS 279,6 bilhões), sen­  micas, desde o segundo semestre de 1999 até ago­  Há um  certo  consenso  de que  esses  novos
            do 5,09% na indústria, 2,76% em comércio e   ra, vinha comandada pela entrada de investimen­  investimentos  não serão  suficientes  para neu­
            serviços e 1,82% na agropecuária. Para o ano,   tos externos, que chegaram a US$ 33,4 bilhões, no   tralizar a queda da produção industrial e as ven­
            o Ipea estima uma expansão do PIB de 3% e   ano passado. Neste ano, segundo reconhece o BC,   das do comércio, até 2003. Assim sendo, fica­
            o Banco Central, apenas 2,8%.    esses investimentos vão cair à metade, diminuin­  rão prejudicadas  as  taxas  de  crescimentos  do
             De acordo com o Boletim de 20 de junho   do as chances de crescimento do PIB, a partir do   PIB  nacional, que poderão oscilar entre 2% e
            do Banco Central -  Copom —, os indicadores   segundo semestre.       3%, neste período.
            do nível de atividade, divulgados recentemen­  Com  a retração  desses  investimentos, o nível   O setor automobilístico, carro-chefe da in­
            te, mostram que mesmo antes do conhecimen­  das atividades econômicas vai sofrer redução, ain­  dústria nacional, registrou uma queda de 6,28%
            to da crise energética o ritmo de crescimento   da mais agravado pela crise energética e a elevação   em junho, em relação a maio, sendo 8,07% em
            da  economia  já  apresentava  sinais  de   das  taxas  de juros. Ao  que tudo indica, a maior   automóveis de passageiros, o que se deve mais
            desaceleração.  Esse comportamento deve ser   queda será na indústria eletrônica. No entanto, pelo   à  retração  dos  consumidores  do  que  à  crise
            atribuído ao próprio patamar produtivo, bas­  menos a curto prazo (segundo semestre de 2001),   energética. O mesmo está acontecendo na in­
            tante elevado, ao aumento da inadimplência e   haverá  uma  certa  compensação  com  o   dústria eletrônica, cuja produção já havia caí­
            das taxas de juros, bem como aos efeitos do   revigoramento das indústrias pesadas dedicadas à   do  1,7% em maio e cerca de 15% no mês se­
            cenário político interno e da conjuntura eco­  produção de turbinas, além de luminárias, cuja de­  guinte. Mas a meta das montadoras, para este
            nômica internacional desfavoráveis.  manda está fortemente estimulada.  ano, continua sendo de crescer 13%.
             As expectativas atuais, influenciadas pelas   A médio prazo vamos  ter,  também,  segundo
            restrições impostas pelo programa de racio­  tudo indica, substanciais investimentos nas 21 usi­
            namento de energia, reforçam a perspectiva   nas hidroelétricas, 49 termoelétricas e 5 mil quilô­  Sydney A.  Latini  é  economista  e  colaborador
            de arrefecimento da expansão econômica nos   metros de linhas de transmissão que estão sendo   permanente  da  TELEBRASIL.
            próximos meses.                  licitadas, num total de mais de R$ 30 bilhões, ca­  salfls@homeshopping.com.br
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