Page 38 - Telebrasil - Março/Abril 2001
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0 quadro das telecomunicações no Brasil está em processo de
0 jogo de negócios mudança e consolidação. Todos olham para l.° de janeiro de 2002,
para 2010++ quando começa a competição total em todo território nacional.
A futurologia geralmerte A longo prazo, o modelo poderá manter uma constelação de players
só acerta no passado
ou convergir para o duopólio de alguns poucos megagrupos.
Competição A tecnologia continuará a avançar nas que considerar o problema da balança de
3 Regiões Econômicas redes. Sobre um núcleo operando a altíssi pagamentos (o reflexo) e de uma política
5 Players por Região
ma velocidade, haverá uma camada inter industrial, tecnológica e de qualificação de
mediária de adaptação e outra de acessos. pessoal, a ser implementada com priorida
A mobilidade estará na ordem do dia e os de e em larga escala.
players *
A, B, C, D e atuais serviços de banda estreita (voz e A meta da universalização ou, em termos
poucos dados) conviverão os de banda lar simples, “meios de comunicação, informação e
ga (multimídia). A televisão digital trará a entretenimento disponíveis para todos”, não
imagem móvel ao reino dos bits, onde já se deverá ser relegada. No mesmo discurso (oti
encontram textos, voz e dados. mista), grandeza de escala, numa espiral vir
Convergência O mercado das aplicações das telecomu tuosa, tenderá a baratear os custos do serviço.
1 Rep:ao Geográfica nicações e da tecnologia da informação ten A tecnologia eletrônica deverá ser apro
2 Megaplayers
derá a modificar o tipo de vida de cada um. veitada para dar eficaz instrução às novas (e
As oportunidades para o mercado de hard nem tão novas) gerações. A ação do órgão
* Europacom
ware - cada vez mais commodity - , de regulador oscilará entre regular mais ou, en
consolidação de
players de origem aplicações de software e de implantação de tão, deixar o próprio mercado se auto-regular.
sistemas deverão continuar em alta.
Altos investimentos serão necessários
* Americom Agradecemos o prestimoso atendimento dado
para viver com plenitude a tecnologia de
consolidação de players ao jornalista 3. C. Fonseca por A. Rivière, B.
de origem americana informação. No caso do Brasil- com alta Sankievicz, C. Rômulo, F. Ceylão, M. Wholers, J.
++ Nota: Os cenários apresentados dependência de tecnologia externa - há de Queiroz Campos Jr. e Rogério Furtado.
são fictícios
Conheça um pouco mais sobre os Megagrupos
Quem? Características Perspectivas
União Ibérica Telefônica e * 9 milhões de celulares e 12 milhões de acessos fixos; * Presença em SP, RJ, ES, RS, BA, SE (Banda
Portugal Telefônica incorporou Telesp, CTBC e Ceterp na telefonia A) e PR, SC (Banda B), mas não cobre MG,
Telecom fixa; partiu na frente, com ativos existentes concentra Centro-Oeste, Norte e Nordeste; no fixo, tem
dos em regiões de alto PIB; tecnologia CDMA no celular; presença em São Paulo; não participou das
no exterior, prevista a união da Telefónica com a Portu Bandas C, D e E; grupo consoLidado, fixo e
gal Telecom. móvel, partindo para o mercado de dados.
Alca Telecom * 5,1 milhões de celulares na Banda B; tecnologia TDMA * Presença em SP, RJ, ES, RS, Centro-Oeste e
EUA Américas: que precisará evoluir; posição da BCP (Bell South) no Nordeste, mas não cobre MG e Norte; grupo
Canadá
México atl, Americei, Teiet, grun0) sendo estudada por ambas as partes; concentracão em consolidação em torno da Telecom Améri
Tess . , .
(BCP?) no serviço movei. cas, com estrutura societária complexa (EUA,
Canadá e México).
Italianos TIM * Quase 4 milhões de celulares; estrutura societária sim * Possuem empresas nas Bandas A, B, D e E;
Telecom Itália ples; presença em todo o País; tecnologia TDMA; rede concentração no serviço móvel; vão adotar tec
Mobile
Pan-Americana GSM (Brasil, Peru, Venezuela, Chile, Ar nologia GSM; participação italiana no fixo, na
gentina e Bolívia). na região II, com a Brasil Telecom, em rela
ção tumultuada com o Opportunity brasileiro.
Brasileiro Te[emar * 12,8 milhões de terminais fixos e vai ter celular na * Duplo desafio gerencial: implantar o SMP e
Banda D; presença na região I do Pais, com sinergia de partir para a planta IP; não tem presença na
serviços fixos e móveis; modernizando a planta fixa que América Latina; poderá estender o celular SMP
recebeu; tem herança de posição orbital para colocar para outras regiões; estrutura societária com
satélites Geos; mantém o discurso de não precisar do plexa; tem como sócio o BNDES.
know-how de sócio estrangeiro.
* Nota: Energia e Tevê: 0 setor de energia elétrica cobre o Brasil com infra-estrutura de alta tensão, boa para backbones ópticos com tecnologia OPGW/D-WDM; já o uso comercial
da rede para acesso domiciliar, está sendo estudado. A Eletronet, nascida em 96, tem 52 mil km de rede de transmissão e fibra acesa em 96 pontos de presença; a Globocabo
tem rede de 6,4 mil casas passadas, com 37% bidirecional; já partiu para o serviço móvel especializado de acesso à Internet; a TVA privilegia a bidirecionalidade, assimétrica,
via satélite; ambas são candidatas a competir no serviço móvel especializado, no serviço de comunicação multimídia e na área de conteúdo e entretenimento.