Page 18 - Telebrasil - Março/Abril 2000

modidadc como hoje é a rede dc água ou
de energia elétrica.
Os altos lucros na Internet residem, po­
rém, nas aplicações. Negócios, como a ven­
da m un d ial de livros (amazon.com)
através da Internet, constituem um case
de sucesso repentino e já são o sonho dc
todo candidato a milionário. Para Roberto
Heinrich, do Instituto Brasileiro para o
Desenvolvimento da Comunicação, o am­
biente do cliente evolui para soluções ba­
seadas em IP e na Web.
- Uma das dificuldades da Internet é
que os prestadores dc serviços querem ofe­
recer um serviço estável, com um substrato
instável - observou José Waltcrjr., daTdec,
ao defender o Service Levei Management
que permite mensurar e cobrar os aspec­
tos técnicos e empresariais da Internet.
Mensagens curtas
0 Jussi Koria, da Nokia
0
0 A Anatei, sempre que possível, regula­
ril/2 menta serviços c não tecnologias, manten­
b do o foco no usuário. É o caso dos serviços
março - a sendo estendidos à plataforma do serviço
de mensagens curtas (SMC) que estão
móvel celular. O serviço, referenciado na
Norma Geral de Telecomunicações n.°23/
Telebrasil zembro de 1999, e liberado (experimen-
96, foi objeto dc consulta pública, em de­
talmente) pela Agencia.
Na Europa, o SMC nasceu em 1994
para notificar correio de voz e fax, gerando
agora Ibilhão de mensagens mensais.
Enviada por um PC, a mensagem curta -
Da telefonia para a multimídia
As telecomunicações, com o acréscimo da informática,
evoluíram da Era da Telefonia - dos fios de cobre e do
chaveamento eletromecãnico - para a da Telemática, com
digitalização dos sinais e da comutação dc pacotes. Em
breve, o tráfego de dados (cresce 100% ao ano) irá ultra­
passar o de voz (cresce de 10 a 15% a.a.).
Com a introdução do entretenimento nesse modelo, a
Telemática vai se tornar multimídia com o transporte, cm
banda larga de voz, de dados e imagens usando técnicas
ópticas. O conceito de qualidade dc serviço (QpS) contro­
da ordem de 160 caracteres alfanuméricos depender da sua tarifação e da sua in­
- chega via Internet a um centro especi­ fluência sobre serviços como o pager.
alizado (SMCC) e daí para o centro de
0 multisserviço
comunicação e controle (CCC) do siste­
ma celular. As redes estão mudando (veja box).
- A mensagem irradiada para o aparc- Sobre redes metálicas, são oferecidas fa­
cilidades de modems, V.90 a 56 Kbit/s;
RDSI (Rede Digital de Serviços Inte­
grados), a 128 K bit/s; e ADSL
(Assymetric Digital Subscriber Line), a 2
Mbit/s. Com meios ópticos dedicados e
soluções SD H (Synchronous Digita!
Hierarchy), disponibilizam-se acessos a
2 Mbit/s, 34 Mbit/s e até 155 Mbit/s.
Como referencial, é bom lembrar que,
em termos amplos, a telefonia requer 10
Kbit/s; a videoconferência, 100 Kbit/s; o
vídeo, 1 Mbit/s; a interconexão dc redes
de computadores, 10 Mbit/s; c as ima­
gens de alta resolução, 100 Mbit/s.
Para Marcelo Rodrigues, da Telefôni­
ca, a rede multisserviço IP (Internet Pro­
lho celular a que se destina pode gerar tocol) vai permitir avanços massificados
um núm ero de retorno - explicou na educação, saúde e cultura, bem como
da Global Telecom, operadora da Banda A SDHNct da operadora irá prover a 60
alavancagem do crescimento económico.
Rcinaldo Camargo, gerente de Negócios
B (tecnologia CDMA), cm Santa Catari­
mil circuitos a 2 Mbit/s, com 300 pontos
na. Testes do SMC foram iniciados, cm de presença, oferecendo capilaridade a
agosto dc 1998, com 4 mil usuários.
alta velocidade, via anéis ópticos. A dis­
cagem direta a ramal (DDR) também
Na área de correio eletrônico, a Global
Telecom lançou o Cell Messagc (14 mil está nos planos da operadora.
mensagens com texto dc Natal), restrito
Com a tecnologia disponível, a Telefô­
ao grupo da empresa; o Cell News; o Cell nica já tem 28 pontos de presença de
Mail (notifica que há e-mail); c o Cell sua rede IP que permitem o acesso co­
Banking. A bidirecionalidade do SMC vai mutado. A operadora oferece o serviço
lada na Internet é um passo importante para a chegada da
multimídia. Neste cenário, as redes de telecomunicações
exigem grandes investimentos das operadoras e afianças
estratégicas.
O backbone para o transporte da informação está mudan­
do do modelo de vias separadas - com tecnologias analógi­
ca, X.25, Frame Relay, IP, ATM e outras mais - para uma
rede única, multisserviço. E os acessos ao backbone se mo­
vem para velocidades cada vez mais altas.
Fonte: M. Rodrigues -Telefónica/IIR.